quarta-feira, dezembro 30, 2015

Chimarrão, tradição gaúcha!


Nosso comentário:


Numa altura em que as chuvas torrenciais e outras intempéries se fazem sentir um pouco por todo o mundo, designadamente algumas regiões da América do Sul, vêm mesmo a propósito umas palavrinhas sobre o Rio Grande do Sul (Brasil).
Recebi via e-mail umas notas simples em formato de texto, mas suficientemente evocativas desse Estado Brasileiro que, para quem não sabe, é especialmente admirado pela sua riqueza cultural.
Para além de uma cozinha riquíssima, o seu povo é também admirado em política pelos seus sentimentos de igualdade e liberdade.
Hoje as notas que apresento e que recebi em formato de texto, referem uma das múltiplas tradições gaúchas:

O Chimarrão

Trata-se de um mate amargo (sem açúcar) que tem propriedades desintoxicantes, o que assume particular relevância nestas paragens já que a alimentação do Rio Grande do Sul assenta fundamentalmente no consumo de carne.
A tradição do Chimarrão é muito antiga, numa cozinha (a gaúcha) que conta por mais de uma centena de pratos típicos.
O Chimarrão chegou a ser proibido no sul do Brasil durante o século XVI, sendo considerado "erva do diabo" pelos padres jesuítas das reduções do Guairá. 
A partir do século XVII, no entanto, os mesmos mudaram sua atitude para com a bebida e passaram a incentivar seu uso com o objetivo de afastar a população local do consumo de bebidas alcoólicas.
Análises e estudos sobre a erva-mate têm revelado uma composição que identifica diversas propriedades benéficas ao ser humano, pois estão contidos, nas folhas da erva-mate, alcaloides (cafeína, teofilina, teobromina, etc.), 
O consumo da erva-mate está relacionado também ao poder que ela tem de estimular a atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos, combatendo a fadiga, proporcionando a sensação de saciedade, sem provocar efeitos colaterais como insónia e irritabilidade (apenas pessoas sensíveis aos estimulantes contidos na erva-mate podem sofrer algum efeito colateral). A erva também atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmonizando o funcionamento bulbo medular. Age sobre o tubo digestivo, facilitando a digestão sendo diurética e laxativa. É considerada ainda um ótimo remédio para a pele e reguladora das funções cardíacas e respiratórias, além de exercer importante papel na regeneração celular.


Desejo um excelente Ano Novo,

António Esperança Pereira

sábado, dezembro 26, 2015

Boas Festas


Deixo dois poemas alusivos ao NATAL 
Um dos poemas é de autoria do enorme Fernando Pessoa, o outro, de autoria do mentor deste blog.
O natal é uma época excitada, excitante, também vazia, problemática, nostálgica. Lembra-se quem não está, festeja-se com quem está.
Seja como for, NATAL é NATAL, com gripe ou sem gripe, mais farto ou menos farto, o NATAL é mesmo para celebrar.
Afinal é a data de nascimento de Jesus Cristo!
A todos os que de uma maneira ou de outra são presentes na minha vida, os desejos sinceros de "FESTAS FELIZES" 

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira




Fernando Pessoa

Chove. É Dia de Natal



Chove. É dia de Natal. 
Lá para o Norte é melhor: 
Há a neve que faz mal, 
E o frio que ainda é pior. 

E toda a gente é contente 
Porque é dia de o ficar. 
Chove no Natal presente. 
Antes isso que nevar. 

Pois apesar de ser esse 
O Natal da convenção, 
Quando o corpo me arrefece 
Tenho o frio e Natal não. 

Deixo sentir a quem quadra 
E o Natal a quem o fez, 
Pois se escrevo ainda outra quadra 
Fico gelado dos pés. 

Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro' 


António Esperança Pereira

Um dia de natal

Corpo dorido mal dormido

remeloso entupido
acordo
entre a angústia e a gripe

o frio incomoda
o aquecedor irrita
o espírito de natal sufoca

peço ajuda na farmácia
para me suportar

tento animar
mas não é fácil
com os olhos a chorar
uma vontade enorme de tossir
e de espirrar

há pessoas à porta
outras a chegar

o natal não se pode adiar!

um que vomita
outro que tosse
outro que grita
a festa aquece

a comer a beber a falar
a garganta a entupir
a febre sempre a aumentar

há família
há presentes
há luzinhas a brilhar
há conversa a entreter
aspirinas a ajudar

mesmo com gripe
natal é para celebrar! 

António Esperança Pereira 
In "DEUS A VIDA E NÓS", Bubok editora
http://lusito.bubok.pt/ 
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segunda-feira, dezembro 21, 2015

Jantar de Confraternização


Nosso comentário:

Como estamos em época de confraternização, seja por motivos que se prendem com o Natal, seja com os habituais festejos da Entrada no Ano Novo, vem a propósito divulgar o texto "Jantar de Confraternização".
Mais um momento em que predomina o humor aqui no blog que, em tempos de crise, é sempre bem vindo.
Em vez deste texto bem humorado, confesso que era para publicar um de dois assuntos sérios que tinha em agenda mas acabei por achar qualquer dos dois um tanto deprimentes face à época de "Festas" que se vive. 
Ficarão para outra altura.
Entretanto, e antes que seja tarde, desejo "Boas Festas" a todos os leitores independentemente do lugar do Planeta em que se encontrem.
Um obrigado a todos por me lerem.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira





JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO

Um grupo de amigos de 50 anos discutia para escolher o restaurante onde iriam jantar.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque as empregadas eram jeitosas e usavam mini-saia e blusas muito decotadas.

10 anos mais tarde, aos 60 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque a comida era muito boa e havia uma excelente carta de vinhos.

10 anos mais tarde, aos 70 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante.
Decidiram-se pelo Restaurante Tropical porque tinha uma rampa para cadeiras de rodas e até um pequeno elevador....

10 anos mais tarde, aos 80 anos, o grupo reuniu-se novamente e mais uma vez discutiram para escolher o restaurante.
Finalmente decidiram-se pelo Restaurante Tropical. Todos acharam que era uma grande ideia porque nunca lá tinham ido...


Vai-te rindo vai...

sexta-feira, dezembro 18, 2015

Madre Teresa cura brasileiro e será santa



Nosso comentário:


Recebi um texto breve de alguém que acompanha sabiamente temas religiosos.
Sinceramente, temas religiosos não são o meu forte pelo que gosto sempre de ler críticas e textos que versem uma tal temática.
Raramente os publicito já que na sua maioria geram polémicas e animosidades diversas, coisa de que não sou grande simpatizante.
Felizmente, não é o caso do inofensivo texto que hoje vos apresento, sobre a "promoção a santa" da madre Teresa de Calcutá. 
Pelo que o partilharei mais abaixo, não sem antes fazer uma mini pesquisa introdutória da famosa Madre Teresa, retirada da Wikipédia. 

Um óptimo Fim de Semana para todos,

António Esperança Pereira



Madre Teresa de Calcutá
(Dados retirados da Wikipédia)

Anjezë Gonxhe Bojaxhiu (Skopje, 26 de Agosto de 1910 - Calcutá, 5 de Setembro de 1997), conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma religiosa católica de etnia albanesa, nascida no Império Otomano, na capital da atual República da Macedónia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".
Muito elogiada por inúmeras pessoas, governos e organizações, Madre Teresa também foi duramente criticada, especialmente por suas posições acerca do controle da natalidade, do aborto e da contracepção. Christopher Hitchens, Michael Parenti, Aroup Chatterjee e o Conselho Mundial Hindu se destacam nas críticas a Madre Teresa. Alguns estudos sugerem que a sua imagem de pessoa caridosa e humanitária é um mito.

Beatificação e canonização

Foi beatificada em 19 de Outubro de 2003, com a ocorrência de um milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana, que foi curada de um tumor no estômago de forma inexplicável e cuja cura foi atribuída a Madre Teresa.
Dr. Ranjan Mustafi que havia tratado de Monica Besra, disse ao The New York Times que era um cisto e não câncer. Ele insistiu: "Não foi um milagre .... Ela tomou medicamentos de nove meses a um ano". De acordo com o marido de Besra: "Minha esposa foi curada pelos médicos e não por um milagre".
O papa Francisco vai proclamar santa a Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) no próximo "Jubileu da Misericórdia", em 4 de Setembro de 2016. A canonização acontece depois de a Igreja Católica ter aprovado, por unanimidade, a "cura extraordinária" de um homem brasileiro em 2008, que se encontrava em fase terminal por graves problemas cerebrais.
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PROMOÇÃO A SANTA


Todos devem recordar-se daquela velhinha "simpática" que dava pelo nome de Madre Teresa de Calcutá. Segundo consta, fundou uma ordem de freiras que, como ela, têm por missão acudir, na medida do possível, aos mais carenciados. Até aqui tudo bem e, a ser assim, merecem o nosso apreço.
Também consta que terá intercedido por um doente incurável, obtendo do Senhor o deferimento  do pedido. Até aqui... tudo bem, pese embora a má vontade de alguns ateus que para aí andam, em aceitar a veracidade destes fenómenos!
Eis senão quando a Madre Teresa decide endereçar novo pedido ao Mestre, que também foi deferido. E dois pedidos satisfeitos dão lugar a promoção.
Nada de novo e tudo processado de acordo com as normas do Vaticano e as Celestiais. A beata Teresa vai brevemente ter a honra de engrossar o já vasto exército de santos, que tão prestimosos são à Humanidade.
O que espanta, Deus queira que os ateus não me plagiem, é o facto de a Santa Teresa ter lidado com milhares de doentes indianos, seguramente necessitados da ajuda divina, e optar por um doente brasileiro! 
De qualquer modo o Brasil está de parabéns, os brasileiros sabem agora que podem contar com a Santa Teresa; a Presidenta bem precisa!!!
LP 

quinta-feira, dezembro 17, 2015

A língua chinesa também é traiçoeira


Nosso comentário:


Como estamos em plena época natalícia vou optar hoje por partilhar mais uma anedotazinha "a língua chinesa também é traiçoeira", que se lê num instante e não chateia ninguém.
Aliás quanto ao resto parece tudo estar mais ou menos bem encaminhado. O governo de António Costa já está a governar, até parece que surpreende pela positiva.
Juros da dívida baixos, a PaF (Coligação de direita) foi à vida, candidatos a Presidente da República felizmente não faltam, Sócrates recomeça a falar em liberdade, e assim por diante.
Como que há uma Primavera a nascer depois de um longo e triste inverno de Troika e Pàf.
Só realmente o frio parece indicar-nos que estamos a entrar na estação que dá pelo nome de Inverno. Um tempo sempre de alguma dureza para todos embora por razões diversas.
Mas como é época de Natal com as luzinhas a brilhar por aí, as pessoas a animarem-se com encontros e reencontros, algum consumismo mais ou menos deslumbrado à mistura, nem se dá pelo frio.

PS. Deixo então a prometida anedota.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira



A língua chinesa também é traiçoeira


A empresa chinesa que comprou a EDP enviou para Portugal um engenheiro para uma ação formativa de índole técnica.
Passados alguns dias, o chinês foi ter com o presidente da empresa e reclamou
:
- Chinês muito chateado com portugueses!
- Mas porquê, o que é que aconteceu?
- Chinês não gostar do alcunha que colocaram nele!
- Mas que alcunha foi essa?
- Hemorróida!
- Mas isso é uma vergonha, vou já resolver isso.
Convoca todos os funcionários para uma reunião e...

- Vocês não têm vergonha de fazer uma coisa dessas! Chamar a este senhor hemorróida. Eu não quero ouvir mais isso aqui. De hoje em diante chamem-no pelo nome
. Aliás, como é mesmo seu nome?

- SAI SANG DU KU

terça-feira, dezembro 15, 2015

Alemanha, refugiados e filosofia budista


Nosso comentário:

Hoje quebro um pouco as temáticas que vêm ocupando mais espaço no blog, para partilhar duas "Piadas" que chegaram até à minha caixa de e-mail.
Longe de mim pactuar com qualquer xenofobia, racismo ou anti qualquer coisa de índole primária e obsoleta.
Sou definitivamente pela integração, pela miscigenação, pela harmonia e paz plenas entre todos os povos do mundo.
De qualquer forma pela actualidade que as ditas anedotas têm e até alguma razão de ser de um ponto de vista humorístico, não vejo qualquer mal divulgá-las.  
São realmente duas piadas inofensivas, como aliás outras que se contam de quaisquer outros povos e situações específicas.
Por isso e pela sua leitura breve resolvi partilhá-las. Oxalá o humor esteja sempre acima dessas malditas guerras e violências diversas que, em boa verdade se diga, essas sim, são ofensivas e matam mesmo.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira




Piada que circula na Alemanha


Refugiados aceites sem pestanejar pela Alemanha.
Um deles encontra uma fada que lhe oferece a realização de três desejos.

"OK", diz o sírio que recém escapou de ser degolado pelo Estado Islâmico.
 "Desejo uma bonita casa..."
Plufft..., no mesmo momento uma bela mansão aparece na frente do flagelado.

"É sua", diz a loura fada.

"Uauh, agora e para preencher a garagem, quero um daqueles carrões que só tem na Alemanha...

"Plufft... e um encorpado BMW da série 8 aparece estacionado dentro da garagem.

"Por Allah..., e agora o meu terceiro desejo: quero que você me transforme num alemão...!"
Plufft..., a casa e o carrão desaparecem.

O asilante:
"Ei fada, pelas barbas do profeta..., o que é feito da minha casa e do meu carrão, hein, hein?"
"Você agora é alemão; precisa trabalhar...!"


Filosofia Budista

- Mestre, qual é o segredo da longevidade? –  perguntou o discípulo ao Mestre budista.
- Só comer verdura, deitar cedo e renunciar ao sexo e à bebida  – respondeu o Mestre.
- Assim garantimos uma vida longa?
- Não é garantido… mas vai parecer uma eternidade…

sábado, dezembro 12, 2015

Frank Sinatra, 100 anos de um ídolo


Breve nota do autor do blog: Apenas para homenagear uma das melhores vozes que nos chegaram dos EUA (USA)
Grandes sucessos musicais de Frank Sinatra  chegaram a todo o mundo, recordo o My Way, Strangers in the night, e tantos, tantos outros.
Ouvia familiares meus um tanto mais velhos falarem dele como "A VOZ". Foi por isso para mim um ídolo antes de o conhecer.
Mais tarde sim ouvi belas canções que não paravam de chegar.
Em sua homenagem deixo umas notas biográficas que transcrevi ao acaso da Internet.
Frank Sinatra, um cantor imortal, uma voz única.
Ouvia na rádio hoje aqui em Lisboa o My Way e ainda emociona como o caraças!!!

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira





Date of Birth12 December 1915Hoboken, New Jersey, USA
Date of Death14 May 1998Los Angeles, California, USA  (bladder cancer, and heart and kidney disease)
Birth NameFrancis Albert Sinatra
NicknamesThe Voice
Chairman of the Board
Ol' Blue Eyes
Swoonatra
The Sultan of Swoon
La Voz
Height5' 7" (1,7 m) 

O livro de Kaplan é único entre as biografias de Sinatra, não só por dedicar 752 páginas apenas à primeira metade de sua vida. Seus outros biógrafos escolheram entre dois caminhos: a celebridade, entre relacionamentos amorosos difíceis e flertes com o crime organizado, e o artista, aspecto esgotado pelo aclamado livro Sinatra! The song is you, do crítico americano Wall Friedwald. O mérito de Kaplan é traçar o caminho do meio. Ele explica Sinatra por meio das pessoas que forjaram seu caráter e sua excelência musical.

quarta-feira, dezembro 09, 2015

Donald Trump a direita e os muros


Nosso comentário: 

O candidato Donald Trump vem-nos habituando a declarações que nós aqui na linguagem política europeia, classificaríamos de declarações de uma "extrema direita" perigosa.
Que o mundo e os deuses parecem estar loucos já ninguém duvida, agora que sejam os supostos futuros líderes mundiais a dizer coisas que até arrepiam... 
Cuidado!
Trata-se de mais um líder que, à semelhança de outros que se vêm afirmando em solo europeu, está impregnado de elevado grau de perigosidade para a humanidade dita civilizada.
Que ao menos esta, a tal humanidade dita civilizada, não ande para trás.
Numa altura em que se esperaria que aparecessem homens invulgares, gente capaz de enfrentar de maneira sábia e eloquente situações difíceis como as actuais, não.
Aparecem homens como Donald Trump, os americanos que me desculpem, no que diz respeito a este americano, a defender coisas absurdas. Isto tendo em conta sobretudo o que foi, é, e deverá ser a América no tocante à defesa de alguns princípios base que a notabilizam ainda e lhe dão inegável prestígio e destaque.
A América (EUA) tem defeitos como todas as grandes e pequenas potências têm, mas por amor da santa, era só o que faltava: xenofobia em elevado grau, muros e cortes na liberdade de expressão? fechar a Internet?
Todo este caldinho vindo do país mais poderoso do mundo, do campeão das liberdades e do conceito de democracia ocidental?
Nem quero acreditar...

PS. Deixo-lhes a notícia que transcrevi de declarações de Donald Trump que muitos devem ter lido, assim ou com mais molho, e que deu o mote para este meu desabafo.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira


Donald Trump quer falar com Bill Gates para "fechar" a Internet 


O candidato à nomeação para as presidenciais dos EUA quer banir "partes" da Internet para evitar radicalização de jovens
No mesmo discurso controverso em que apelou ao fecho das fronteiras norte-americanas a todos os muçulmanos, o candidato à nomeação presidencial republicana Donald Trump disse ainda que a Internet deveria ser "fechada" para que as crianças deixassem de ter acesso a ela.
"Temos talvez que fazer alguma coisa em relação à Internet", anunciou Trump. "Estamos a perder muitas pessoas por causa da Internet. Temos que falar com Bill Gates e outras pessoas que percebem o que está a acontecer. Temos que falar com elas sobre talvez, nalgumas áreas, fechar a Internet".

O empresário é candidato à nomeação do partido republicano para a Casa Branca, e tem apelado a medidas radicais como impedir muçulmanos de entrar nos Estados Unidos e construir um muro ao longo de toda a fronteira com o México.

sábado, dezembro 05, 2015

A "almofada financeira" e a minha!


Desde que me conheço nunca gostei de dormir com a cabeça baixa.
Não sei porquê, mas acho que desenvolvi uma espécie de medo provocado por um certo desamparo que sentia com a cabeça completamente esticada e desamparada no colchão da cama.
Talvez o síndroma do desamparo se tivesse agravado com um sintoma número dois que me perturbava os níveis de segurança e estabilidade naquela posição: uma espécie de tontura com que não lidava bem.
Dito isto, acabo de vos confessar, que sempre fui daqueles que precisavam de almofadas que dessem altura à postura da cabeça.
Precisava de almofada como de pão para a boca. Acreditava que ficando com alguma altura, assim uma espécie de “deitado mas de cabeça levantada”, a noite me parecia menos enfadonha.
Mantenho hoje essa convicção, pelo que continuo a sentir-me melhor com alguma almofada debaixo da cabeça do que sem almofada nenhuma.
Ora bem, porquê conto eu uma coisa tão simplória e sem dignidade para fazer parte de uma boa confissão pessoal aqui no blog?
Passo a explicar em poucas palavras para não maçar, já que é minha convicção que textos muito extensos são maçudos e arriscam-se a não ser lidos.
A razão é simples: falou-se muito em almofadas nos últimos dias. Não essas almofadas das minhas noites, as quais sempre me ajudaram na correcção da postura, mas outras almofadas.
Dizia o governo de Portugal que agora caiu ter uma almofada de dinheiro bem sólida para o que desse e viesse. Que nunca mais Troika nenhuma viria assim de repente cuidar de Portugal, pois haveria dinheiro mais que suficiente para enfrentar uma qualquer necessidade mais avantajada.
Por outras palavras, a “almofada financeira” que teria sido urdida “sabiamente” pelo ex-governo seria assim um amparo para o nosso país em caso de um eventual susto.
Afinal, uma almofada/amparo que serviria de seguro a Portugal caso este receasse pela sua suficiência.
Tal como eu com as almofadas da cama. Com elas sentia-me mais seguro. Ter-me-iam feito falta se as não tivesse para me levantarem a cabeça nas difíceis e escuras noites.
Bom, agora os leitores já perceberam a relação da minha história com a dita “almofada financeira” do ex-governo de Portugal que afinal parece não existir.
E isso é que não se compreende. 
Como é que uma coisa tão sólida como nos diziam ser, desaparece assim num piscar de olhos?
Aqui há coisa...

Temos que esperar pelas cenas dos próximos capítulos.


Fiquem bem, 

António Esperança Pereira


terça-feira, dezembro 01, 2015

Dezembro sempre, em 1640 e hoje.


Acabo de ler que a direita extremada pela voz do seu chefe, saída de má vontade do poleiro, levará por diante uma moção de censura ao governo atual.
Tanto mau perder, tantas as dúvidas também que isso causa no cidadão, esta incrível dificuldade de deixar o poder, porquê?
Li essa notícia, a da moção de censura exatamente hoje, num dia que não é um dia qualquer. 
Trata-se do 1.ºde Dezembro, dia que foi feriado nacional, até que essa mesma direita resolveu em 2012 acabar com ele.
Não é que admire tamanha borrada feita, tamanha destruição. Eles talvez nem soubessem o que faziam. Porque se soubessem, terá que perguntar-se o porquê de tanta poeira atirada aos olhos das gentes, só para enganar os portugueses. 
Tantas inverdades e outras tantas falsidades.
Nelas poderia incluir-se a abolição deste feriado de hoje que simboliza tão somente a comemoração de Dezembro de 1640, quando os portugueses de então terminaram com a dominação castelhana em Portugal.
Uma dominação que durava havia 60 longos anos, de fome, de contrariedades, de cobrança exagerada de impostos, de empobrecimento, de perda de dignidade. 
Mas o que importa isso para esta gente? essas partes da história, essas sementes da nação, essa raíz deste tronco que teima em prosseguir, o nosso país?
Pouco ou nada.
Números avulso envoltos na poeira de que falei. Números que enganam, números que só servem para driblar o incauto cidadão. Isso sim, importa-lhes e muito, vá-se lá a saber porquê...
Vale hoje, 1 de Dezembro de 2015, tal como valeu em 1 de Dezembro de 1640 falar de libertar este nosso Portugal.
Dar valor aos que não se rendem a uma qualquer duquesa de Mântua, a uma qualquer Troika. Hoje é o dia de enaltecer os que sonham, os audazes, os que querem progredir e estar no lugar que Portugal merece: 
Na frente.
Não tenho por Espanha qualquer sentimento de animosidade, antes pelo contrário. Mas sobretudo tenho amor e gratidão à terra que me viu nascer, a mim e aos meus, a este grande povo.
Esta terra merece que 1640 seja lembrado, que não seja votado ao esquecimento por meia dúzia de "senhores" que tanto se lhes dá como se lhes deu, 
Tanto se lhes dá como se lhes deu que os portugueses nela tenham lugar, como não. Que nela fiquem ou que se vão embora.
Fica hoje sobretudo o meu tributo ao que a história de Portugal me ensinou. Um tributo aqui aos heróis e patriotas de 1640.
Fica também a minha rejeição para os que querem apagar as sementes, as memórias mais significativas da lusa gente.
Para estes sim, a minha moção de rejeição.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira





sexta-feira, novembro 27, 2015

Ao colo, e à pala da Troika


Se dúvidas tínhamos de que havia mais que um caminho, apesar da lavagem ao cérebro feita sobre os portugueses nestes últimos quatro anos, o novo governo que agora tomou posse desfez essas dúvidas.
Poderia aventar-se que apenas o discurso mudaria. Como normalmente se diz quando um "novo alguém" toma posse. 
E já não seria pouco se tal acontecesse.
Mas não. Não mudou só o discurso.
Mudaram também as pessoas, E com elas, a afirmação de um novo rumo e tratamento que se podem dar à sociedade como ela na realidade existe.
Um Portugal de Pessoas, não um Portugal de números avulsos. 
Portugal somos todos, não apenas alguns, como essa suposta elite de direita extremada a todo o custo queria fazer crer.
Com eles apenas alguns teriam direito a "SER" num caminho obrigatório, sem esperança, sem futuro, sem progresso, sem dignidade, sem melhor e mais equidade. 
Um país rendido e ajoelhado.
Medo, medo, medo.
Esta a divisa aplicada por eles às molhadas a um povo que se foi conformando (rendendo não) consentindo assim que tal gente pudesse com a sua governação maltratar o país durante tanto tempo.
Uma sociedade espartilhada e assente em velhas práticas de antanho, apenas adaptadas e mal, aos tempos de hoje.
Um era negro, o outro branco, um era novo o outro velho, um pobre o outro rico, um filho de deus o outro do diabo e assim sucessivamente.
Caridade, pobreza, emigração, eram a constante de um tal "caminho".
Nunca julguei no século XXI ver o meu país com tais e tantos factores de divisão, de segregação. 
Factores esses injectados e propagados na população pelo poder instalado para nele tentar perpetuar-se.
Era o "dividir para reinar". 
O PARECER em vez de SER.
Mas a vontade do povo foi mais forte e as tais minorias elitistas, divisionistas, de direita extremada tiveram que abandonar o poleiro.
O dia deles chegara. Aves de mau agoiro trazidas à ribalta da governação ao colo e à pala de uma Troika de má memória.
Constato hoje e para terminar, que não foi por acaso que ficou tão célebre uma frase gritada nas ruas no pós 25 de Abril de 1974:
"O povo unido jamais será vencido".

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira


quarta-feira, novembro 25, 2015

Fumo branco em Belém!


Finalmente houve fumo branco para os lados de Belém. 
Para quem não sabe e é falante de português, Belém é a zona de Lisboa onde, entre muitas outras coisas, se situa o Palácio de Belém que é a sede da Presidência da República Portuguesa.
Neste momento e em fase terminal esse Palácio é ocupado por Cavaco Silva. 
Digo em fase terminal porque cada chefe de Estado eleito só pode exercer os poderes presidenciais durante dois mandatos. Dado Cavaco Silva se encontrar em finais do segundo mandato,  terá de deixar o palácio de Belém dentro em breve.
Para que tal aconteça, estão já marcadas eleições para finais de Janeiro próximo, que darão lugar ao "senhor que se segue" ou à "senhora que se segue". 
Sim, que desta feita, há que salientar o facto, estão na corrida a Belém pelo menos duas candidatas, o que pode, caso uma de entre elas vença as eleições, dar lugar ao primeiro "Presidente da República Portuguesa"do sexo feminino.
Portanto, para além do fumo branco que Cavaco finalmente se dignou largar ao decidir-se pela aceitação do novo primeiro ministro, António Costa, existe a animação das eleições presidenciais que se avizinham.
Novo governo por um lado, renovação presidencial e parlamentar por outro, conferem a Portugal uma novidade e esperança políticas nunca antes vividas desta maneira após o 25 de Abril de 1974.
Quem havia de dizer?
Parecia tudo rolar sobre rodas para os que detinham o poder e, de repente, zás.
Surge assim para eles como que uma potente trovoada, relâmpagos e nuvens grossas carregadas de electricidade poderosa surgindo de todos os lados.
Quando tudo parecia votado ao ostracismo, a um caminho morno e insípido de "caminho único" sob a batuta de uma direita submissa, empobrecedora, nada inspirada nem inspiradora, eis que muita coisa acaba por acontecer.
Muita coisa acaba por acontecer e por isso mesmo se espera que muita coisa mude.
A esperança renasce enfim, após um tempo de sonambulismo político, de infelicidade nacional, de ausência de progresso, de soluções para Portugal.
Um tempo que a mim próprio, apesar de não me considerar um céptico assumido, me parecia por vezes ter vindo para ficar.
Mas não. 
Os portugueses estão aí de novo, cheios de vontade. 
Apesar de tanta asneirada feita, poderá ainda ser possível salvar muita coisa. Recuperar com empenho e querer da estagnação e do servilismo que vinham minando este nobre povo, esta nação valente que não pode soçobrar por dá cá aquela palha.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira



sábado, novembro 21, 2015

Que ganhe o melhor, de preferência...


Nada como um Sporting-Benfica em futebol para fazer parar Portugal. 
Diria mesmo que todos os problemas ficam adiados, as excitações compensadas, o povo esquece-se por um tempo que há coisas mais importantes que o futebol.
Há um Sporting-Benfica, desta vez para a Taça de Portugal, o país praticamente pára para saber qual será o vencedor e o vencido.
Trata-se de um jogo a eliminar, pelo que não há uma 2.ª chance de compensar um mau resultado. As equipas sabem isso, os adeptos também.
Por um tempo, enquanto as expectativas duram, enquanto a ilusão permanece, enquanto a clubite fala mais alto, nada mais existe para além do derby.
Por mim, que sou adepto mas não doente, só o policiamento feito à molhada me traz permanentemente à lembrança o mundo perigoso em que se vive.
Tenho pena que assim seja, pois quem como eu gosta de desporto, dispensaria certamente tanto aparato policial, mais fazendo lembrar uma guerra e não de uma "festa de futebol".
Tudo em nome de uma segurança reforçada e ante uma permanente ameaça dos maus.
Considerações à parte, estou a escrever isto mesmo à tangente, pois não quero dentro de alguns minutos faltar à partida de futebol.
Está frio em Lisboa, mas se não chover poderão estar reunidas todas as condições favoráveis para um bom espectáculo.
Há animosidades entre os dois clubes, é sabido, mas isso não constitui novidade.
Desde que me conheço que uma tal rivalidade sempre existiu e nunca totalmente pacífica.
Em garoto vi-me muitas vezes e desejei-me para me equilibrar em paz e com pouca porrada aderindo a um dos lados, Benfica ou Sporting, clubes maioritários na minha terra.
Pertencendo a um dos grupos, Benfica ou Sporting, presentes maioritariamente na garotada do meu tempo estaria mais a salvo de um isolamento incompreensível pelos demais garotos, logo perigoso para a minha segurança individual.
Termino, pois faltam dez minutos para o início da contenda.
Oxalá tudo corra bem e que este interregno faça bem aos portugueses e a Portugal numa altura em que a tensão e a crispação entre a população, são mais que evidentes.
Que ganhe o melhor, de preferência o Benfica. 


Fiquem bem, 

António Esperança Pereira


quarta-feira, novembro 18, 2015

Guerra, Paz, Palavras...


Hoje queria escrever mas não consigo escrever nada de jeito. 
Como o mundo está, da maneira que chega em catadupa informação aberrante de todos os quadrantes, parece impossível não conseguir dizer nada. Não escrever nada de jeito. Nada que seja pelo menos uma revisão da matéria sobre a situação deste mundo actual. 
Mas na verdade, cruza-se na minha mente o politicamente correcto de se dizer, com o politicamente incorrecto de se dizer. Essa dualidade anula-me a vontade.
Parece de quando em vez surgirem algumas ideias claras, um despertar para algo claro, transparente, minimamente racional, capaz de formar uma mensagem digna desse nome, que nem mereça da minha parte qualquer reparo ou contestação. 
Mas logo se esvai uma tal clareza, uma tal racionalidade, esfumada na bruma da enxurrada da informação e contra-informação.
Somos assediados permanentemente com duas coisas: a realidade ela mesma, por um lado, a realidade escrita na nossa mente (herdada, fabricada, armazenada, encrostada) por outro.
E perante os desafios diários, permanentes, difíceis, contraditórios, em que ficamos?
É o que aquele diz que é correcto? é o que eu penso que é correcto? ou nada é correcto, tudo vale o que vale, nada mais, tudo não passará de um conjunto de conceitos a que damos nomes de conveniência para efeitos de arrumação mental?
Porque, seja aqui ou em outra parte da geografia, lá estão as pessoas, a vida, os usos e costumes, a imitação, os julgamentos, as escolhas, a paz, a guerra, o inevitável confronto, a miséria, a fartura, a organização, o deserto, o oásis, palavras e mais palavras, conceitos e mais conceitos, chavões e mais chavões.
Nomes, conceitos, saber, que se encaixam nos egos do mundo de acordo com as coordenadas dos sítios e dos tempos em que esses egos habitam.
Será tudo apenas para se atribuir um sentido à existência, nada mais? 
Porém são essas palavras, esses conceitos, esses usos e costumes, essa imitação, esses chavões, essa miséria, essa fartura, esse deserto, esse oásis, que acentuam as diferenças que mal entendidas, mal aproveitadas, dividem a vida, separam as gentes. 
Em vez de gerarem riqueza, diversidade, pluralidade, pelo contrário geram ódio, medo, vaidade, frustração, racismo, animosidade.
As palavras deveriam existir apenas para serem palavras, para que a humanidade se entendesse, para que fosse capaz de criar, de progredir, nada mais que isso.
Mas não.

Fiquem bem, 

António Esperança Pereira





segunda-feira, novembro 16, 2015

Pressa nenhuma, vontade ainda menos


Numa altura em que o mundo parece louco, que tudo perdeu ou anda a perder a cabeça, há um homem sereno a passar uns dias na Ilha da Madeira: Cavaco Silva.
O país em que ele é o Presidente da República está à espera de uma decisão sua sobre a governação do país, mas até à data...
Nada.
A pressa não é nenhuma, a vontade ainda menos.
Eu digo que anda sereno mas também não sei sobre a veracidade da minha afirmação. Sabe-se que vai fugindo de confusões, o que não denota serenidade nenhuma.
Denota pelo contrário medo.
O desmaio em público e outras contrariedades, devem ter acicatado esta vertente da "miaúfa presidencial".
Depois, a simples ideia que lhe deve martelar a cabeça de ter que dar posse ao governo eleito pela maioria de deputados que, segundo ouço dizer, ele considera de 2.ª e de 3.ª, deve arrasar a sua visão pouco aberta e ampla de estadista.
Tais deputados de 2.ª e de 3.ª, já se vê, não são uns deputados quaisquer, uma vez que, tendo assento parlamentar, isso lhes confere uma representação popular efectiva.
E tal assento parlamentar, há que sublinhar isto, é maioritário em relação à ex-maioria da preferência ideológica de Cavaco Silva.
61%  versus 38%
Onde está a dúvida? 
Bom, as eleições havidas parecem não ter tido a mínima importância. Houve-as realmente mas haveria que repeti-las (opinião dos perdedores PáF) até à exaustão, até darem o resultado pretendido pelo regime ainda em exercício.
Infelizmente, pelas últimas afirmações que li do PR proferidas na Ribeira Brava (R.A. Madeira) até parece agora inclinar-se para a opção de governo que ele próprio (PR) alvitrara como sendo a pior de todas as opções possíveis: 
-Um governo de gestão.
Valha-nos Santo Ambrósio e que todos os santos nos protejam destas democracias dos mesmos.
Porque caros leitores uma democracia dos mesmos não é uma democracia. 
Quando muito será uma autocracia que diz tolerar "minorias políticas" apenas visando com tal tolerância o enfeite dos boletins de voto de partidos e partidecos que nunca poderão governar.
Poderão assim encher a boca de que são "democratas assumidos" mas com a hipócrita convicção de que "os outros" nunca poderão governar.
O mundo parece louco, Portugal não foge à regra.


Fiquem bem, 

António Esperança Pereira




Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...