Nosso comentário:
Fim de uma sexta-feira aqui em Lisboa, fresquinha mas soalheira.
Sexta-feira esta em que o mote principal das notícias tem ido direitinho para os "êxitos" da governação em exercício.
Na verdade, entre todos os maus indicadores conhecidos para o nosso país a saque, um houve que encheu as bocas dos noticiários oficiais:
A saída oficial de Portugal do mais longo período recessivo da sua história. E assim porque segundo nos informam, se conseguiram dois trimestres seguidos com o PIB (Produto Interno Bruto) a subir.
Esta parece ser a razão técnica para se considerar uma tal saída de recessão.
Seja como for, bem podem as más línguas dizer que se rouba aqui e acolá, que se descem os salários e as pensões, que o turismo sazonal e os emigrantes saídos aos montes ajudam nas décimas do êxito, que um país que já bateu no fundo, só poderia mesmo crescer alguma coisita...
Mas o certo, digam as más línguas o que disserem, é que na nossa democracia de um só sentido e de um só ideal, se vive uma quase euforia de números com base nas tais 2 décimas (0,2) de crescimento do PIB.
De todo o lado parecem surgir Amálias e Eusébios*, quiçá erguer-se a maior bandeira nacional de sempre montada no Estádio Nacional (perdão, Estádio da Luz) amanhã, dia do jogo de futebol Portugal-Suécia.
Há que mostrar ao mundo que Portugal vai de vento em popa.
Estamos bem, prósperos, o entusiasmo sente-se em cada português e a acreditar nas bocas dos senhores que mandam, o futuro sorri, eu diria mesmo que há que comprar foguetes, participar em um foguetório de dimensões faraónicas à medida dos êxitos que enxergamos nos noticiários oficiais.
*Nota: Para separar as águas devo dizer o seguinte: sou um admirador da Amália Rodrigues e da sua inconfundível voz; sou um fã incondicional do enorme futebolista Eusébio. Não fui fã do aproveitamento fascizante dos mesmos pelo regime anterior ao 25 de Abril de 1974.
Muito a propósito e bem atual, partilho abaixo um mail com a voz de Luís Aguilé, tal como me foi enviado.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
"Eles" não gostaram da canção de Luís Aguilé.
Aplicável a quase todos os presidentes de todos os países do mundo.
Não deixem de escutar. Não tem desperdício. ¿
Quem diria que Luís Aguilé escreviria esta canção?
A letra e música foi escrita no ano 2007, 2 anos antes da sua morte.
Embora a cantasse em Buenos Aires, creio que *pode servir para muitos países*. *Por algo, não o velaram* Não permitiram velar o cadáver de Luis Aguilé na Sede da Sociedade de Autores de España
-*SGAE*
Há várias semanas que esta canção de Luis Aguilé circula na net que,
apesar de ser conhecida há muito tempo, a sua difusão é negada pelas rádios nacionais.
*O motivo:* O governo ameaçou as rádios que, se passarem este tema, a publicidade oficial seria reduzida. É por isso que não há difusão deste tema e só circula em cadeias de E-mails e foros on-line. POR FAVOR, DIVULGUE ENTRE OS SEUS AMIGOS |
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