
Quem vê de sua casa só mazelas
as mima como quem mima flores
amores
não quer decerto
libertar-se delas!
acorda Camões vive de novo
incendeia os olhos cegos
os corações descrentes
mostra aos que pregam sermos pequenos
que se enganam
que não merecem o país que têm
que mudem de vez de atitude
ou que se calem por traidores
defensores de alheias longínquas virtudes
que não passam de fracassos ampliados
pântanos criados
pelos que eles dizem ser maiores
se vêem só neles grandeza sem enxergarem
os defeitos crassos por tamanhos
eu vos digo almas do meu povo
que nossos feitos quando comparados
a tão graves e prolíficas atrocidades
nos torna incomparáveis por melhores
abram os olhos sombrias consciências
cépticas nefastas apátridas
púlpitos de vozes velhas pálidas
não sei de que interesses intermediárias
mudem avancem como o tempo
que exige soluções inteligentes
adaptadas modernas competentes
se não forem capazes
de modernizar-se de ver de evoluir
de perceber que o mundo avança inexoravelmente
calem-se de vez
dêem lugar às novas descobertas
aos barcos de hoje
novos timoneiros
com rumos incertos mas ambiciosos
e que ao menos no silêncio
de quem prefere ficar assim do que aceitar
novos ventos novos tempos
possam perceber
o chão a graça a casa
a mãe o tecto
o afecto
a falta que faz…
esta doce terra nossa
dada amiga
cheirosa clara azul atlântica
amorosa
lusa pátria ímpar
pátria amada!
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