sexta-feira, janeiro 25, 2008

imagem amor que cura

Tento esquecer o almoço que comi
de qualidade breve e rasca
num restaurante onde sem querer fui ter

então recorro a ti
real
mas em imaginação

tento inspirar-te na respiração
como coisa boa que és e de que gosto
espero aliviar assim a digestão difícil
o queixar espasmódico do intestino

absorvo o teu amplexo divinal
corpo em sorriso olhar brilhante
e deixo entrar

entras no teu tamanho natural
que para mim é o ideal
e é como sentir saúde lufada de ar
banho de mar
cada parte de ti tão encaixada

só paro de imaginar
quando ficas em bicos de pés
e os teus lábios olhos face cabeleira solta
me completam
se fundem no meu rosto

não sei momentaneamente quem sou
se eu se tu num instante breve
quase entro em transe
na fusão perfeita
há um efeito choque eléctrico
susto
próprio do desatino bom que por o ser acaba

a verdade é que o corpo fica aliviado
e passa o incómodo do tubo digestivo
irritado pelo almoço rasca

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