sábado, janeiro 19, 2008

jardineiro coração de poeta


Tão macia suave
flor de um quintal onde cabias
onde te poria quiçá no sítio principal

eu seria o jardineiro em botas velhas
cara rude
maneiras desajeitadas
num coração de poeta

porque eras flor não me verias
nos trapos
na falta de cultura
no sentimento sem convicção
de merecer-te
na falta de dinheiro e de luxos
para oferecer-te

poderia olhar cuidar de ti
tocar-te
dar-te o que tinha
água amor
toda a atenção que se dá à flor
mais querida mais bonita

luz esplendor do sol reflectida
no amor natural dos olhos
no caule corpo balouçante e doce
em dança musical

vento do norte
por favor
pergunta a quem me conhece
porquê com tanto amor
por esta flor
me sinto fraco e forte
ao mesmo tempo

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