domingo, janeiro 06, 2008

Inverno deserto

Que posso fazer
se o eco resposta
do nome que chamo
já não responde
e o olhar que busco
já não me acolhe?

algazarra risinhos combinações
encontros fortuitos ou não
que sangue que jorra no mundo
em que estou
sem estar

passos que vejo passar
vidas inquietas promessas
futuro?
sim não talvez

e eu?
sonhei até aqui?
será que gelei?

inverno avalanche de neve
deserto espelhado
no triste dos olhos
no corpo agastado
no fogo perdido
na derrocada que espreita

na ameaça latente
da encosta que a pique
me mostra o abismo
da desistência

eu que sou forte
encaro esse abismo
como um aviso
mas com um sorriso
resisto
e não desisto

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