Às vezes as costas
sinto-as doer
os olhos fogem receosos
do que é tanto e tanta a cor
que já nem conseguem ver
fixo então lugares estáticos
parados
um edifício um arbusto um telhado
uma torre de uma igreja
uma água furtada
qualquer coisa que me afaste
do incómodo disperso
movimento caótico
consigo quando o faço
aliviar a dor nas costas
sorrir até da ousadia que é
deixar de ligar ao que mexe
para me dedicar o quanto posso
ao inerte
abandonado
ao que toda a gente esquece
claro que é só uma ousadia
pouco o tempo em que o faço
porque logo andam
desandam cirandam
à frente atrás ao lado de mim
olhos ansiosos frenesim
que depressa desafiam
o hábito de monge que vesti
para abrandar a dor do stress
que nos põe histéricos
e nos enlouquece
sinto-as doer
os olhos fogem receosos
do que é tanto e tanta a cor
que já nem conseguem ver
fixo então lugares estáticos
parados
um edifício um arbusto um telhado
uma torre de uma igreja
uma água furtada
qualquer coisa que me afaste
do incómodo disperso
movimento caótico
consigo quando o faço
aliviar a dor nas costas
sorrir até da ousadia que é
deixar de ligar ao que mexe
para me dedicar o quanto posso
ao inerte
abandonado
ao que toda a gente esquece
claro que é só uma ousadia
pouco o tempo em que o faço
porque logo andam
desandam cirandam
à frente atrás ao lado de mim
olhos ansiosos frenesim
que depressa desafiam
o hábito de monge que vesti
para abrandar a dor do stress
que nos põe histéricos
e nos enlouquece
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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