quinta-feira, junho 11, 2020

Evoquei assim o 10 de Junho em 2011



TGV, Aeroporto e 10 de Junho

É sempre mau
há sempre quem se encolha
quando neste país o sonho tem dimensão grande

é coisa demais logo se diz
apequenamos
criticamos receamos amaldiçoamos

ficamos tolos
maldizentes
as coisas que dizemos
de quem ousa de quem quer

enfermamos de males de mesquinhez
quando o que se quer é avançar
sair da pequenez
a que o retardar de tantos anos
nos levou

estranho povo grande
que gosta de chorar gemer
desanimar
antes mesmo de tentar

e o tempo que se perde
com os que não querem avançar
que se assustam quando surge
uma avalanche força que não para
que não dá para travar

é por entre olhares desconfiados
palavras duras de caciques
escaramuças acesas à mudança
que a obra enfim irrompe

ainda bem que o futuro mostra sempre
que o que deslumbra mesmo
é a obra grande
o valor que temos
a ousadia de que somos capazes

e quando a obra enfim se cumpre
é vê-la admirada pelo futuro e pelo mundo

cumpra-se pois um Portugal sem medo
e que os oceanos e as vidas que ceifaram
quando os transpusemos
os feitos que trouxeram
sejam exemplo
para outros feitos á nossa medida

GRANDES

calem-se de vez os velhos do Restelo
calem-se os cínicos os provincianos
para que Portugal se cumpra
de vez

(Escrito por mim em Junho de 2007, incluído na minha coletânea de poemas "PORTUGAL PERIFÉRICO OU O CENTRO DO MUNDO?")

Fiquem bem, sigam as regras da Direção-Geral de Saúde

De-Dentro-De-Nos-Compilacao-de-Poemas://www.bubok.pt/livros/120

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...