quarta-feira, junho 08, 2016

Triste!

Nosso comentário:

O Brasil e Portugal são dois dos países que partilham a mesma língua, todavia os cidadãos dos respetivos países mal se entendem na sua própria língua.
Triste!
Estava a ver o programa televisivo do Rui Unas na RTP1 em que participava uma atriz/cantora brasileira de nome Clarisse Falcão, um nome de sucesso do conhecido programa "Porta dos fundos".
A atriz confessou-se cansada, pois estava no nosso país chegadinha de fresco.
Também disse, ao contrário do que estamos normalmente habituados a ouvir na nossa praça, que era burra. E disse-o com uma descontração que achei uma delícia.
Ah, também disse que não percebia nada do que o Rui Unas dizia, mesmo esforçando-se por seguir os lábios dele com toda a atenção.
Ora bem, eu sou português, falo razoavelmente a minha língua, mas reconheço igualmente como a jovem brasileira Clarisse Falcão que me via em papos de aranha para acompanhar os "textos" debitados a uma velocidade espantosa e também confusa pelo apresentador e animador do programa "5 para a meia-noite".
Ora aqui é que eu queria dizer o seguinte: quem comunica, em princípio deve fazer um esforço por fazer passar a sua mensagem, ou seja, fazer com que ela seja clara e percetível para quem ouve.
Isto aplica-se, ou deveria aplicar-se, não só ao Rui Unas em particular, mas aos comunicadores profissionais em geral.
É que alguma coisa está mal na nossa pronúncia do português. Eu vejo programas, ouço palestras, videos, etc. brasileiros e entendo otimamente o que eles dizem.
O mesmo não sucede com filmes, séries, alguns programas feitos e ditos por portugueses.
Que fazer?
Para já aconselhava que se tentasse falar mais devagar, sobretudo que se tentasse dizer as sílabas todas das palavras, uma de cada vez.
Creio que seria um primeiro hábito interessante. A princípio iria custar mas como todos os hábitos, com o tempo ia-se entranhar.
Creio que seria ótimo. Os falantes de português entender-se-iam melhor. A Língua Portuguesa, língua global que é, ganharia contornos internacionais mais percetíveis.
A  Clarisse Falcão não teria certamente de dizer no programa do talentoso Rui Unas "5 para a meia-noite" que não entendia "coisa nenhuma" do que se dizia.



PS. Se quiserem passar os olhos pelo programa que refiro no texto, basta clicar no link:


5 Para a Meia-Noite

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