segunda-feira, agosto 31, 2015

Liberdade na Europa ergue muros?


Nosso comentário: 

Para quem viveu os tempos da guerra fria, lembra-se do famigerado Muro de Berlim". Por tais memórias, esta apenas uma entre muitas outras, só pode ficar chocado, horrorizado, com o que se está a passar neste momento.
Com a frieza, o calculismo, a desistência com que a Europa, sobretudo alguns lideres europeus, estão a tratar um assunto que lhe é tão vital para a sua sobrevivência como Espaço Europeu.
Daí eu hoje dar relevo a uma notícia que transcrevi do Jornal Público.
O que se está a passar é assim como se um qualquer de nós estivesse a fugir de um assassino, de um gigante medonho, qual pesadelo de verdade, e o mundo dos humanos em vez de estender a mão, de abrir a porta, de dar protecção contra o perigo, não. 
Deixa-o morrer, ergue-lhe muros entre a sua possível salvação e a besta. 
Ficam multidões desesperadas, homens, mulheres, crianças, entre o abismo e a esperança.
Triste!
Daí eu hoje dar relevo a uma notícia que transcrevi do Jornal Público, que é obrigatório ler.

Fiquem bem,
António Esperança Pereira

Quando caiu o muro de Berlim havia mais 16 a separar fronteiras no mundo, agora há 65

Fronteira entre a Hungria e a Sérvia
A mundialização aboliu as fronteiras para os mercados, mas para os seres humanos foram erguidos muros em todo o mundo, por causa das preocupações com a segurança e o desejo de conter a imigração ilegal, apesar de os especialistas duvidarem da sua eficácia a longo prazo. Há um quarto de século, quando caiu o muro de Berlim, havia 16 muros a defender fronteiras no mundo. Hoje há 65, construídos ou em vias de ficarem prontos, diz Elisabeth Vallet, da Universidade do Quebeque.
Do muro de separação israelita (a que os palestinianos chamam “muro do apartheid”), à barreira de arame farpado de quatro mil quilómetros que a Índia construiu na fronteira com o Bangladesh, ou ao enorme dique de areia que separa Marrocos das regiões detidas pela rebelião da Polisário no Sara, os muros e as barreiras são cada vez mais populares entre os políticos desejosos de parecerem firmes em matérias de migração e segurança.
Em Julho, o governo conservador húngaro iniciou a construção de uma barreira de quatro metros de altura ao longo da sua fronteira com a Sérvia, para tentar travar a entrada dos refugiados que fogem da Síria, do Iraque e do Afeganistão. “Derrubámos os muros da Europa, não devíamos erguê-los de novo”, disse na altura um porta-voz da União Europeia.
Três outros países — o Quénia, a Arábia Saudita e a Turquia — fortificaram as suas fronteiras para impedir a infiltração de jihadistas vindos dos países vizinhos, da Somália, do Iraque e da Síria.
Apesar de serem símbolos agressivos, a sua eficácia tem sido relativa, dizem os especialistas. “A única coisa que estes muros têm em comum é que são sobretudo cenários de teatro”, defende Marcello Di Cintio, autor do livro Murs, voyage le long des barricades. “Eles dão uma ilusão de segurança mas não uma verdadeira segurança”.
Apesar destes obstáculos, os migrantes conseguem passar, a cocaína nunca faltou nas ruas de Manhattan ou os cigarros de contrabando em Montmartre. Nem o muro de Berlim conseguiu ser totalmente estanque, apesar dos sentinelas que disparavam a matar.
Os que defendem os muros dizem que é preferível haver fugas do que inundações, mas para Marcello Di Cintio as consequências psicológicas da edificação destas barreiras não podem ser ignoradas. Fala na tribo de índios americanos Tohono O’odham, onde morreram pessoas, aparentemente de tristeza, quando o muro que separa o México dos Estados Unidos lhe cortou o acesso a lugares sagrados.
Foi nos anos de 1970 que o psicólogo berlinense Dietfried Muller-Hegemann falou na “doença do muro” — fortes taxas de depressão, alcoolismo e violência familiar em famílias que viviam coladas ao muro que separou a cidade em duas.
Na verdade, os muros nada mudam nas causas profundas da insegurança ou da imigração: a construção de todas estas barreiras não diminuiu os números de asilo ou os ataques terrorista. Levaram, apenas, os grupos a adaptar-se.
Segundo Reece Jones, professor na Universidade do Hawai e autor de Border Walls: Security and the War on Terror in the United States, India, and Israel, “o encerramento das fronteiras só faz deslocar o problema, levando os migrantes através de desertos terríveis ou para embarcações no Mediterrâneo. E isso só aumenta o número de vítimas”.
Mais de 40 mil pessoas morreram desde 2000 ao tentarem imigrar, diz a Organização Mundial de Migrações.
Para Emmanuel Brunet-Jailly, da universidade canadiana de Victoria, “a actual vaga de migrantes diz aos políticos que os muros são necessários”. “Porque apelam aos velhos mitos das fronteiras, à linha traçada na areia. O que torna mais difícil que a opinião pública aceite o facto de a cooperação, a diplomacia e a partilha de informação, serem mais eficazes a longo prazo”.


Algumas barreiras 


Hungria — É o muro mais recente, obra que o Governo conservador quer ter concluída amanhã. São 177 km ao longo da fronteira com a Sérvia.
Espanha/Marrocos — Os enclaves espanhóis de Ceuta e Melilla, na costa marroquina, estão cercados por barreiras. Muitos morreram ao tentar saltá-las, outros foram mortos pelas tropas marroquinas.
Grécia/Turquia — A melhoria das relações bilaterais e o levantamento das minas na fronteira levou a que a zona se tornasse num dos principais pontos de entrada de migrantes na União Europeia. O muro de Evros foi edificado em 2012.
Arábia Saudita/ Iraque — Perante a ameaça do Estado Islâmico, os sauditas estão a alargar uma barreira que já existia, de sete metros de altura, para 900 quilómetros; terá 78 postos de observação, oito centros de comandos e 32 postos de reacção rápida.

sexta-feira, agosto 28, 2015

Jornalismo sensacionalista


Nota prévia:

Hoje mesmo coloquei no Youtube mais um poema. Tem como título "Pseudojornalista" e serve como que para apresentar um livro meu intitulado "Mais poemas que vos deixo". 
Livro que contém 67 poemas que podem ser descobertos clicando neste link http://www.bubok.pt/livros/9531/Mais-...
Este poema dito no video e transcrito mais abaixo, "Pseudojornalista", é uma crítica ao jornalismo sensacionalista, medíocre, de fraca qualidade. 
Ouçam, leiam, espero que gostem!

António Esperança Pereira




Pseudojornalista



Perdido na obrigação no desempenho
Do ter que ganhar a vida a qualquer preço
Jornalista descobre ou inventa o arremesso
Procura chocar sem reflectir com todo o empenho

Descobre o inverosímil que depois semeia
Aumenta no título nas palavras e no tema
Faz parecer verdade uma qualquer teia
Sem pudor nem compostura como lema

Ganha um público um nicho de mercado
É mercadoria o que vende não escritos
Deixa de ser livre e são o seu recado

Pois um político ou milionário por detrás
É quem lhe paga o que escreve e o que diz

É quem manda na caneta do rapaz.

terça-feira, agosto 25, 2015

Conversas em Família e Debates em Família


Nosso comentário:

Acabei de chegar aqui ao blog vindo de mais um "debate em família" entre um partidário do PSD (direita) e um deputado/Presidente de Câmara do PCP (comunista)
Ambos diziam umas coisas, tem que ser, já que a televisão que os contrata, pelo menos isso lhes deve exigir.
Em outro tempo, antes do 25 de Abril, criticava-se muito a monotonia das "Conversas em Família" do prof. Marcelo Caetano.
Lembram-se delas? os que se lembram, sabem do que falo.
Caros leitores do blog, em plena época de campanha eleitoral para as eleições do Parlamento em Portugal, numa altura decisiva para o destino do país, que tresanda em carência de tudo, quase se adormece a ouvir tais interlocutores.
Interlocutores estes que, em tempos idos, talvez proporcionassem uma troca acesa e interessante de pontos de vista.
Qual quê? Uma tristeza e um deserto de ideias.
Acabam por falar de coisas supérfluas, por trocar sorrisos amistosos, depois para justificarem o tempo de antena que lhes pagam, e por mútua conveniência, decidem ambos dizer mal do PS (que não está no debate) e do Syriza (que é aquele "maldito" partido esquerdista grego)
Eu chamaria a isto, sem qualquer interesse pessoal na matéria, a vitória assumida e apadrinhada do "caminho único" que nem sabemos ainda qual é.
Por isso referi as "Conversas em Família" do Prof. Marcelo Caetano, de antes do 25 de Abril. Monótonas, previsíveis, e de um só caminho. O caminho de então: o Salazarismo.
Uma paz podre que espanta quando anda tudo nervoso por esse mundo: os mercados bolsistas chineses, o mundo árabe, os migrantes, a xenofobia ante os refugiados de guerra, países destruídos, etc etc.
Tal e qual como acontecia com o Prof. Marcelo na altura. Portugal em várias frentes de guerra, mortos, estropiados, juventude sacrificada, famílias separadas pela emigração e ele, o 1.º ministro de então, a dar-nos baile pela televisão em conversas de família.
Afinal, tal como agora, só que agora tudo pia mais fino. Dão-nos baile em democracia, e em múltiplos canais televisivos para não nos faltar nada.

Fiquem bem,
António Esperança Pereira

quinta-feira, agosto 20, 2015

A bisavó Germana, Jau e Camões...


Nosso comentário:

Acabo de editar um livro de poemas intitulado "Mais poemas que vos deixo". 
O livro pode ser visto, consultado e/ou adquirido aqui, clicando neste link: 
Nem a propósito, um familiar meu bem próximo, fez-me chegar um texto que referencia o escravo Jau. 
Este homem, de nome Jau, teria servido fielmente o enorme poeta português que dá pelo nome de Luís Vaz de Camões.
Por isso mesmo, porque de um poeta se trata, porque o grande Camões é um nome incontornável da nossa cultura, o nome da rua Jau em Lisboa, a que foi atribuído o nome do seu fiel servidor, Jau, ajudou a evocar não só o ilustre poeta mas também o sentimento bonito de Jau para com o seu amo, a fidelidade, 
Afinal toda esta evocação por conta de uma tal bisavó Germana que morava na rua Jau em Lisboa e que eu próprio tive o elevado prazer de conhecer.
Deixo-lhes, pois, a breve evocação de Jau, da bisavó Germana e de Camões.


Fiquem bem,
António Esperança Pereira




Desde muito jovem o nome "JAU" era-me muito familiar. 
Era o nome da rua onde morava a minha bisavó Germana. 


E ela com toda a sua paciência contava-me a história de Jau...
Agora fui relembrar e aprofundar um pouco mais o que então me ficou na memória.
Jau era um escravo javanês, natural da ilha de Java, que teria sido um fiel escravo do nosso CAMÕES.
Foi batizado com o nome cristão de António. Nunca abandonou CAMÕES. Mesmo nos momentos mais difíceis.
Sempre esteve ao seu lado. 
Quando CAMÕES ficou doente e na miséria, diz a tradição que Jau, saía à noite pelas ruas de Lisboa, mendigando, para dar ao seu amo o que recebia de esmola.


Grande  lição de amizade sem limites...

segunda-feira, agosto 17, 2015

Livro "Mais poemas que vos deixo"


Breve comentário:

Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados pelo mundo, que nasceu mais um livro.
Como podem verificar, chama-se "Mais poemas que vos deixo"
Não é bem mais um filho que nasce, mas quase. Sobretudo para alguém que, como eu, encontra na escrita uma maneira de estar na vida, uma forma privilegiada de comunicar com os outros.
Faço-o amiúde, seja através de textos que publico no blogue, seja por meio de simples comentários em redes sociais, seja escrevendo poemas.
Chego a escrever coisas que rasgo. Desabafos do momento. Escrevo memórias de sítios que visito. Coisas diversas que aguardam num qualquer documento word do computador o dia de lá saírem e eventualmente se tornarem públicas.
O livro que ora publico através da Editora Bubok é um conjunto de 67 poemas, que podem visitar clicando no link:

PS. Mais abaixo transcrevo a comunicação da Bubok sobre a revisão do livro com detalhes para os quais chamo a vossa atenção.


Sinopse:

Esta colectânea de poemas traduz sobretudo a variedade de temas que o dia-a-dia sugere. Aqui se encontra o poema que cada um de nós pode escrever. Basta tantas vezes começar por coisa nenhuma e fazer nascer o poema de um qualquer nada. Todavia trata-se de um “nada” que abre as portas a algo que quer sair e mora bem no fundo do ser. Nem sempre a inspiração nos leva para onde imaginávamos que fosse, nem sempre se escreve sobre o que se queria escrever, nem sempre se fica contente ou descontente.  



Desejo uma óptima semana para todos,

António Esperança Pereira




Olá, lusito.

Revisamos o seu livro "Mais poemas que vos deixo" para incluí-lo no Programa de livrarias  e este é o resultado:

Revisão da capa: Sim
Paginação do miolo: Sim
Revisão ortográfica: Sim
ISBN: Sim
Depósito Legal: %10%
Código de barras: Sim
PVP: Sim

Lembre-se que os 30% de desconto oferecido às livrarias na compra do seu livro se subtrai do beneficio obtido, portanto seu beneficio e o da Bubok serão menores para estas vendas:
Parabéns! Seu livro e ebook foram aprovados na revisão e agora serão incluídos em nosso Programa de livrarias físicas.
Pode seguir o estado da revisão em:
http://www.bubok.pt/livros/9531/Mais-poemas-que-vos-deixo

Equipa Bubok
http://www.bubok.pt/
Publica sem limites

sexta-feira, agosto 14, 2015

Cartazes de campanha e mensagens de Jesus


Nosso comentário:


Não podia deixar de dar realce a duas das notícias mais bizarras de que há memória neste país. 
-Uma prende-se com a política, outra com esse desporto a que chamamos rei, o futebol.
No primeiro caso, a política, fomos acossados um dia destes com falsidades nunca antes imaginadas: o caso dos cartazes.
Ora bem, a campanha da oposição, designadamente o PS apresentou um cartaz em que a luz da esperança era tão intensa e espiritual, a fazer lembrar cartazes de seitas religiosas, que acabou por ser retirado. 
Claro que, alguém que viu o cartaz e muito antes de saber o que se viria a passar de seguida, disse logo: "mas que cartaz tão fora do contexto político atual... não acredito que a direção do PS tenha a responsabilidade do dito objeto, acrescentou".
Realmente, as cores de um Céu divino com amarelos e azuis mais próprios de imagens bíblicas de catecismos não condiziam com uma realidade terrena e nacional que é bem outra.
Há quase três milhões de pobres em Portugal, ainda hoje uma televisão insuspeita o reportava, os desempregados não param de crescer, a emigração é um autêntico cancro nacional, a dívida desde o governo de Sócrates que não pára de aumentar, etc.etc.
Assim sendo, claro que a mensagem não pode ser azul celeste nem cor de rosa. Se o PS (Partido Socialista) quer estar à altura das responsabilidades para as quais pode ser chamado após as eleições, não pode dar-se ao luxo de ter uma campanha que mais parece "coisa de amadores" ou "coisa de gente distraída".
A somar a este cartaz bíblico, ainda apareceram outros da mesma campanha em que eram mostradas imagens de pessoas supostamente reais que proferiam frases dramáticas mas que não correspondiam à realidade dessas mesmas pessoas.
Insólito e triste!
A outra campanha, a do governo dos partidos de direita PSD e CDS coligados não fizeram muito melhor.
Pasme-se só que para transmitirem uma imagem de felicidade, foram buscar ao estrangeiro, a uma denominada base de dados de imagens, caras e pessoas transbordando alegria e bonomia.
Uma dessas imagens fazia já parte de um anúncio de placas de dentes, um senhor com ar bem sucedido, de sorriso bem escancarado e uma boca feliz de alva dentadura. 
Autêntico "sorriso Pepsodent" importado.
Também uma foto de uma jovem australiana com ar limpo e super-feliz, aparecia em outro cartaz da coligação de direita para impingir aos portugueses, que nada têm a ver com a Austrália, uma imagem de confiança no tocante ao futuro e ao emprego.
Imagens falsas, mensagens falsas.
Como se o povo português fosse parvo e não soubesse destrinçar a falsa propaganda e a realidade nua e crua.
Insólito e triste!
Aguardamos por algo mais assertivo e sério vindo da parte dos "políticos" com ambições de governação. 
-Já me estiquei um pouco, para não maçar os leitores, direi apenas meia dúzia de palavras sobre a outra das notícias a que chamei de bizarras logo no início deste comentário e que se prende com o mundo do futebol: refiro-me claro está às "mensagens de Jesus".
Não de Jesus Cristo mas de Jorge Jesus, treinador do Sporting. 
Só para dizer que fiquei perplexo ao ler que o treinador dos leões teria enviado a jogadores da equipa do Benfica, sua antiga equipa, mensagens com o suposto intuito de os desestabilizar. 
Isto antes do jogo da Supertaça que o Sporting acabaria por ganhar. A ser verdade, e não vi qualquer desmentido, é caso para dizer: 
Que mais irá acontecer neste nosso Portugal?

Fiquem bem,
António Esperança Pereira


quarta-feira, agosto 12, 2015

Jonas-Jesus e os migrantes de Kos


Nosso comentário:


É caso para dizer, perante a invasão de migrantes que arribam às costas gregas devido à instabilidade do Médio Oriente, que mais irá acontecer à Grécia?
Grécia esta que se prepara para receber um 3.º resgate carregado de má vontade dos parceiros europeus, no valor de quase 100 mil milhões de euros e ainda para cúmulo a ter que levar com esta praga de migrantes (como diria o 1,º ministro britânico) a "enxamearem" o continente e as ilhas do território grego.
É azar a mais para este martirizado e humilhado país helénico da zona euro.
Uma Europa sem ideias, sem respostas ante um mundo, salvo raras excepções, quase todo em queda livre, em recessão ou lá perto.
Por cá, apesar de cada vez ser mais difícil ter as contas em dia, refiro-me à água, eletricidade e gás, que muita gente já tem que ir pagando a prestações, apesar de o Estado Islâmico ameaçar ocupar a Península Ibérica até 2020, apesar de os sacrifícios para os mais carenciados não pararem de aumentar...
vamos-nos entretendo com bola e mais bola, telenovelas e mais telenovelas. 
A última dessas telenovelas é o desentendimento Jonas-Jesus (o 1.º, jogador do Benfica, o 2.º, treinador do Sporting) 
Quem provocou? se o empurrão de Jesus no seu ex-jogador foi amigável, apesar da força usada? se Jonas tem reagido ao cumprimento/empurrão de Jesus, se estaria o caldo entornado? 
Eu sei lá!
Paralelamente as televisões vão-nos entretendo com as desgraças do dia a dia, incêndios, crimes, políticos enfastiados e cansados com o que dizem, comentadores desportivos exacerbados que mais parecem arruaceiros...
Dir-se-ia que se vive um período estranho, com a vida faustosa de uns poucos (casamentos principescos, compra de ilhas gregas, etc.) a encher os olhos dos outros (os tais sem dinheiro para pagar as contas da vida) que reflete contradições difíceis de perceber num mundo que se desejava de maior equidade, mais transparente e mais solidário.

PS. Deixo-lhes abaixo a notícia DN sobre a situação numa ilha grega pejada de migrantes em dificuldades extremas.

Fiquem bem,
António Esperança Pereira


Mais de mil refugiados e migrantes que chegaram de barco à ilha grega de Kos foram trancados num estádio durante a noite, e a polícia de choque usou uma arma sónica, bastões e extintores para manter a ordem no interior do recinto.
Os migrantes que tinham chegado recentemente à ilha foram retirados de acampamentos improvisados noutros locais da ilha e colocados no estádio, onde deveriam esperar até serem registados. Mas de acordo com Julie Kourafa, porta-voz dos Médicos Sem Fronteiras que falou ao jornal The Guardian, só havia três polícias presentes para efetuar esse registo, o que levou a tensões devido à lentidão do processo.

Julie Kourafa disse ainda ao Guardian que os refugiados, que são na sua maioria sírios e afegãos, permaneceram presos dentro do estádio até esta manhã. Alguns desmaiaram devido ao calor e ao sol, e um teve um ataque epilético, e de acordo com Kourafa a quantidade de água e comida fornecida pelo governo grego eram insuficientes. "É a primeira vez que vemos algo assim na Grécia, pessoas trancadas dentro de um estádio e controladas pela polícia de choque", disse Kourafa. "E são mães com filhos, e pessoas idosas".

A Grécia tem tido dificuldade em responder às ondas de migrantes e refugiados que têm chegado às suas costas, tanto no continente como nas ilhas, ao longo deste ano, motivadas pela instabilidade no Médio Oriente. Acredita-se que desde o princípio do ano tenham chegado mais de 120 mil refugiados às costas gregas, em comparação com cerca de 30 mil que chegaram durante todo o ano de 2014.

"A situação na ilha está fora de controlo", disse à televisão grega o presidente de Kos, Yorgos Krystsis, citado pela Reuters. "Há um verdadeiro perigo de situações impossíveis de controlar. Sangue vai ser derramado".

domingo, agosto 09, 2015

Jesus e o seu tabuleiro de xadrez



Nosso comentário:


Hoje a notícia importante deste país, que ocupa a quase totalidade dos órgãos de comunicação social é uma vez mais o futebol.
Porquê?
Joga-se a Supertaça entre dois dos ditos clubes grandes de Portugal: SLB (Sport Lisboa e Benfica) e SCP (Sporting Clube de Portugal)
Este troféu, a disputar na cidade algarvia de Faro, suscita mais do que é habitual as atenções de toda a gente pelas controvérsias geradas em torno de transferências polémicas de jogadores e treinadores.
Como é sabido pela maioria dos leitores do blogue, esta contenda de Faro opõe os vencedores do Campeonato Nacional de futebol (Benfica) e o vencedor da Taça de Portugal de futebol (Sporting) da época transata. 
Por estranho que pareça,  pode afirmar-se que um mesmo treinador é o treinador de ambas as equipas, facto invulgar, talvez inédito na nossa praça: esse treinador dá pelo nome de Jorge Jesus.
Deixando o Benfica, onde permaneceu 6 épocas que lhe deram a visibilidade que tem hoje, ingressou no Sporting, clube que diz ser o do seu coração e também, ao que consta, aquele que mais dinheiro conseguiu amealhar para o contratar.
Seja como for, polémicas à parte, Jesus é o ainda "o dono" das duas equipas. Ou seja, mais se assemelha a um jogador de xadrez que conhece como a palma das suas mãos as pedras de ambos os lados.
Isto porque o treinador do Benfica recentemente contratado, que por acaso não se chama Jesus, mas Vitória, mal teve tempo de se coçar, de se adaptar, quanto mais de construir um Benfica à altura dos seus pergaminhos.
Situação bizarra esta, pelo menos eu acho, mas como a gente se vem habituando a ver de tudo um pouco nestes últimos tempos, já nada espanta.
Talvez o ano em que fica mais a nu aquilo em que o futebol se está a tornar: um negócio de milhões. Para trás vão ficando o amor à camisola, a honra, o brio desportivo, a fidelidade clubística. 
O adepto mais apaixonado e até o menos apaixonado vêem-se de um momento para o outro privados dos seus craques, dos seus ídolos da modalidade o que não deixa de ser triste.
Os cifrões falam mais alto e não há ninguém que lhes resista. Nem direcções, nem treinadores, nem jogadores.
O dinheiro é rei e apoderou-se das actividades desportivas mais mediáticas.
Longe vão os tempos em que qualquer jovem gostaria de jogar futebol só para que as gentes da terra, do clube, do bairro, o vissem jogar e o aplaudissem pelo seu amor e dedicação à terra, ao clube, ao bairro. Pela sua garra, destreza, força.
Outros tempos!
Mas longe de mim ficar a carpir, há sim que encontrar a cada dia a adaptação necessária a estes novos tempos e não ficar distraído a pensar na morte da bezerra.
Caro leitor, veja lá não se distraia deixando assim fugir um contrato ou uma qualquer situação mais vantajosa para si. É que pode não ter outra neste mundo cão.

 Fiquem bem,
António Esperança Pereira




terça-feira, agosto 04, 2015

Um chuto no cu do pobre



Nosso comentário:


Em véspera de eleições não só em Portugal mas em outros países, não quero meter a foice em seara alheia nem apontar desde já o dedo a este ou àquele partido, a esta ou aquela ideologia mais à esquerda ou mais à direita.
Todavia, mostra-nos a vida, também a realidade das redondezas de cada um, que há muita coisa que pregamos,, que defendemos, de que somos intransigentes defensores, independentemente da cor política...
Mas em boa verdade se diga que uma boa parte de nós quando essas ditas coisas que defendemos, que pregamos, em justa causa teórica, a verdade real ressalta bem outra.
Nem é preciso recorrer à dificuldade que temos em lidar em nossa casa com a diferença: outra raça, outra etnia, outra nacionalidade, outra religião, outro clube, etc etc.
Dizemos que somos tolerantes, solidários, humanos, espírito aberto e flexível, se essa solidariedade, essa transigência, essa flexibilidade, esse humanismo, se mantiverem longe dos nossos problemas, do nosso raio de ação pessoal ou familiar, do nosso bairro, vila ou aldeia.
De outro modo, quando nos toca lidar com a diferença, com o sairmos da nossa zona de conforto, do nosso comodismo modal, "aqui d'el rei quem nos acode".
Veja-se o exemplo mais atual e que nos chega todos os dias através de imagens divulgadas pelos órgãos de comunicação social.
Vêm do norte de África, do sul de Itália, da Grécia, mais recentemente de França, de Calais, do Canal da Mancha, Reino Unido.
Aí chegam às centenas, milhares, dezenas de milhar, fugitivos da miséria, das guerras dos seus países, em busca de abrigo, acolhimento, alimento, trabalho, em suma, uma possibilidade de sobreviverem à fome, à guerra, à destruição maciça dos seus países.
O que encontram eles na França da "Liberté, égalité, fraternité"?
Um chuto no cu.
O que encontram eles na Inglaterra campeã da liberdade e da democracia parlamentar?
Um chuto no cu.
De salientar que os que são assim tratados e enxotados como se de uma praga de gafanhotos se tratasse e não de seres humanos, são os que sobreviveram por essa Europa fora até ali chegar, os que não morreram por naufrágio no Mediterrâneo.
Pois é: 
Em teoria muitos de nós nos apregoamos de democratas, amigos fixes e solidários. Na prática é cada vez mais o chuto no cu naqueles que não tiveram a sorte de nascer num país rico, fino e culto.
O que nos está a levar até aqui? o que está a matar os ideais democráticos? 
Isso é muito difícil de explicar. É mais fácil, para já, adivinhar as gravíssimas consequências dos novos procedimentos das "ditas democracias".

 Fiquem bem,
António Esperança Pereira


sábado, agosto 01, 2015

Miss Bumbum publica "Morri para Viver"


Nosso comentário:

Assaltavam-me hoje imensas ideias sobre o que havia de escrever e/ou comentar aqui no blogue.
Estava na linha da frente escrever umas linhas sobre as migrações que assolam a Europa e que estão a levar governantes de gabarito, designadamente o 1.º ministro inglês, a erguer barreiras, cercas e muros contra tal "praga" para utilizar uma expressão usada pelo político britânico.
Eles chegam aos milhares, escorraçados pela "não vida" dos seus países cheios de feridas abertas, em muitos dos casos, com a mãozinha dos europeus.
Um tema a acompanhar decerto, quer pela gravidade da situação das pessoas em fuga, quer pela prova de fogo que essas pessoas migrantes constituem para os "defensores" dos direitos humanos.
Todavia, abandonei por hoje tal ideia, tendo-me rendido a uma notícia que li sobre Miss Bumbum que escrevera um livro cheio de assunto.
Para o escrever teve que perder a vergonha sobre o seu passado, assumindo-se, com revelações corajosas que faz, como um exemplo a seguir por muitas mulheres. Estas poderão através dos seus depoimentos, evitar a tempo erros e caminhos por ela abraçados.
Sinceramente tocou-me a atitude de Miss Bumbum, uma brasileira de nome Andressa Urach, ao escrever o livro "Morri para Viver".
O facto de ter tido ou não um caso com o futebolista português Cristiano Ronaldo, para mim, é perfeitamente secundário.

PS. Transcrevo  abaixo notícia e fotos alusivas ao comentário sobre Miss Bumbum.

 Fiquem bem,
António Esperança Pereira


Miss Bumbum assume ter sido prostituta
Andressa Urach lança biografia onde coloca a nu o seu passado, garantindo que foi "muito bem paga"

Foto: Studio Woody
Em Portugal ficou conhecida depois de ter alegado um romance com Cristiano Ronaldo. Andressa Urach garantia ter passado umas horas muito quentes num quarto de hotel em Madrid com o melhor jogador do mundo, uma situação que CR7 sempre negou. Agora, a brasileira decidiu revelar mais pormenores do seu passado, nomeadamente que era "uma das prostitutas mais bem pagas do Brasil" e que dava pelo nome Imola neste mundo, que movimenta muito dinheiro.




"Eu apenas aceitei escrever sobre tudo o que vivi para ajudar quem acha que necessita de ajuda. Obrigada a todos que me apoiaram na realização deste sonho. O livro será lançado em todas as livrarias no final de agosto pela Editora Planeta. Espero que minha história ajude a erguer muitas pessoas e leve todos os leitores a uma reflexão sincera das escolhas que fazemos ao longo da vida", escreveu a brasileira, garantindo que venceu "a vergonha de um passado sujo para tentar estender a mão para quem se considera em um beco sem saída". 


Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...