sexta-feira, dezembro 12, 2014

Desconfiança por "quem guarda a vinha"


Nosso comentário:

São preocupantes os tempos que se vivem. Não só pelas guerras e guerrinhas que proliferam por todo o lado, mas sobretudo porque parece ter chegado o fim de um tempo. 
O fim de um tempo não para ser substituído por qualquer coisa de palpável, mas um fim de um tempo sem que se vislumbre outro tempo que seja alternativa de esperança, de prosperidade e de avanço.
Paira no ar um mistério sobre os novos donos deste planeta.
Pura e simplesmente não sabemos quem são.
A Alemanha fala pela Europa, os Mercados comandam as economias. Os paraísos fiscais e dinheiros perdidos existem. Captam-se investimentos cegos, não importa tratar-se ou não de dinheiro limpo, vindo ou não de regimes democráticos.
O cidadão comum debate-se a toda a hora com o surgimento de um vocabulário novo, uma nova maneira de chamar "os bois pelos nomes" a que não estava habituado.
A dúvida instala-se atingindo valores e áreas, que até aqui considerávamos como tendo sido conquistas importantes das sociedades modernas. 
Assim de repente, como que tudo parece ruir, com um cheirinho a retrocesso.
Desde as crenças e opções de cada um, aos direitos adquiridos e violados, aos planos de vida dificultados, à falta de justeza dos poderes, à própria democracia ameaçada...
Numa palavra, instala-se uma perigosa "desconfiança" generalizada do cidadão sobre quem guarda a vinha.
Para reflectir, e muito a propósito, deixo-lhes um texto bem preocupante que recebi via e-mail.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



A propósito dos sem-abrigo


Li algures que os sem -abrigo eram obrigados a andar com um triângulo amarelo para serem facilmente identificados.
...em Marselha há gente muito amiga dos sem -abrigo.Para os ajudarem resolveram dar-lhes um cartão com um triângulo amarelo para eles terem um lugar visível, e escreverem no verso o nome, grupo sanguíneo, doenças...
Um triângulo amarelo para ajudar os mais desamparados da nossa sociedade. Quem terá sido o autor de tão brilhante ideia?
Amarelo era a cor com que os leprosos se faziam acompanhar na Idade Média (uma faixa amarela).
Nos campos de concentração nazis havia triângulos para identificar o grupo a que o prisioneiro pertencia: presos políticos-vermelho; homossexuais-cor de rosa; testemunhas de Jeová:roxo; criminosos- verde; associais-preto. 
Preto era a cor dos triângulos dos sem-abrigo.
Os mais perigosos, aparentemente eram os judeus, a quem deram o amarelo para a estrela feita com dois triângulos.
Foi apenas há 70 anos...

(do blog dois dedos de conversa)

Após ter lido este comentário e de já ter tido conhecimento, através de uma notícia publicada num jornal, sobre esta medida a aplicar, em França, aos sem abrigo não consegui deixar de transcrever o que mais me impressionou...

Sem mais comentários...sem mais palavras...

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