quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Assunção sem meio de transporte...

Feriados: Nossa Senhora da Assunção versus 5 de Outubro



Telegrama da Lusa sobre a carta que a direcção da AAP enviou ao
primeiro-ministro:

Lisboa, 27 jan (Lusa) - A Associação Ateísta Portuguesa repudiou hoje
a intenção do Governo de acabar com o feriado do 5 de Outubro,
acusando o executivo de ceder a "chantagem" da Igreja Católica ao
manter o feriado da Assunção.

Numa carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, a associação afirma
que ao acabar com o feriado que celebra a Implantação da República, o
Estado "constitucionalmente laico" português está a ceder à "chantagem
eclesiástica" da Igreja Católica.

Acaba-se com a "memória histórica da matriz do nosso regime" mas
mantém-se a celebração da "improvável Assunção de Nossa Senhora ao
Céu, evento de que se desconhece a data, o itinerário e o meio de
transporte", assinalou o presidente da associação, Carlos Esperança.

Os ateístas repudiam a "ingerência clerical na política do Estado
português bem como a cedência deste à arrogância da Conferência
Episcopal Portuguesa" e apelam ao Governo para que "reconsidere o ato
de genuflexão".

As "centenas" de sócios da associação e muitos portugueses "céticos,
agnósticos, livres-pensadores, crentes de várias religiões e até
católicos" sentem repugnância por ver Portugal transformado num
protetorado do Vaticano", argumenta a associação.

"Que a paz religiosa não seja perturbada pela humilhação do Estado de
Direito", apela a associação.

APN

Lusa/fim


Saudações ateístas


Carlos Esperança
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Nosso comentário

Sem conhecimento de causa sobre estes candentes assuntos de religião, respeitamos todavia quem a eles se dedica abnegadamente.
É o caso da AAP (Associação Ateísta de Portugal) que, tanto quanto nos é dado saber, vem estudando amiúde e com apreciação interpretativa própria o fenómeno "religião" através dos tempos, sem se render a uma interpretação única imposta seja por quem for.

De qualquer maneira, sejamos nós cético, agnóstico, livre-pensador, crente de uma religião, mesmo  da religião católica, não importa para o caso, partilhamos a apreensão revelada no texto divulgado pela Lusa com assinatura do Diretor da AAP.
São umas atrás das outras, a democracia sofre golpes atrás de golpes, o povo português vai aguentando por enquanto o calor de uma forte indignação.

Pessoalmente não desejamos ver extravasada essa indignação de forma a que sejam postas em perigo vidas humanas, a paz social, a convivência tranquila dos portugueses que até nem são considerados um povo agressivo.
Bem pelo contrário, conhecem-nos por "povo de brandos costumes".
Agora resta saber até que ponto é que esse povo de brandos costumes, poderá aguentar tanta e tamanha safadeza de um poder que surpreende a cada dia que passa pelo autêntico ataque sistemático a um "Estado de Direito e Democrático".
Já nem a Implantação da República respeitam... (???!!!)

O fim do feriado do 5 de Outubro (dia comemorativo da Instauração da República em Portugal) é apenas mais uma acha para a fogueira. Aliás que importa que os bravos de antanho tenham corrido com os "parasitas" de então, os reis e nobres que viviam em faustosa grandeza ante a miséria de todo um povo?
Vindo da parte de quem vem, este governo, até se compreende. Recuperar parasitismos de outros tempos ante a nova miséria a que estão a levar o mesmo povo.
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Fiquem bem,


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