segunda-feira, abril 18, 2011

FMI em Portugal. Este é o novo administrador de Portugal


Na sequência de algumas vozes que se erguem contra a presença em Portugal do FMI, algumas outras que acham que as eleições por esse facto terão tudo menos "democracia", de algumas outras que rejeitam votar no próximo acto eleitoral, por isso mesmo, eu digo:
Ser democrata já foi muito interessante. Uma causa mesmo. Lutar pelos ideais da liberdade, justiça, igualdade de oportunidades (homens e mulheres, de todos os credos e raças) já foi um ideal do caraças.

Acreditem!

Dirijo-me quando afirmo isto especialmente aos que ainda não eram nascidos nesse tempo ou que tinham então tão poucos anos que não podem ter de um tal enquadramento social e político, uma memória viva.

O pessoal ri-se das bocas do Bloco de Esquerda, o pessoal ri-se das bocas do PCP, quando com os dentes cerrados afirmam não falar com o FMI, que Portugal está vergado aos senhores da banca, que Portugal não tem coragem de lidar com esses donos do mundo, etc etc.

Riem-se mas não deviam.

Eu ouço essa bocas, leio-as, não me rio, porque sei que fazem sentido, dentro de um sentido que já teve todo o sentido do mundo.
Preferia rir-me somente e não ter dúvidas sobre se rir se não me rir do que eles dizem. Mas tenho dúvidas.

Sei que não é sonho de ninguém, neste tempo que se vive de consumismo, dizerem-nos que há outras vias, patrióticas, com elas ficar sem os luxos próprios da sociedade de consumo, viagens, carros, roupas de marca, tudo à grande e à americana, cursar escolas estrangeiras caras, ter sonhos de vedeta, etc etc.

A pergunta que faço, que se situa entre as bocas do Bloco de Esquerda e do PCP contra o FMI, a perversidade de tanto dinheiro caro pago a preço de ouro por todos nós... e as bocas que clamam pelo FMI que se riem para ele, que o recebem como um salvador, que se estão cagando para a origem, a perversidade do dinheiro caro que nos "estendem", que chamam lixo a Portugal (agências de rating) é esta:
Haverá outro caminho?

A EUROPA é sem dúvida a resposta.

Mas uma Europa solidária sem meias tintas, sem dúvidas de se unir, forte, afirmada, unida verdadeiramente.

Onde está essa EUROPA?

Se procurarmos bem, creio encontrar-se entre as bocas românticas do Bloco de Esquerda e do PCP pouco aplicáveis modernamente na prática política e as bocas perversas dos que se escancaram cheios de medo, também de esperança em defender um bom tacho, com as calças na mão, dispostos a tudo, perante os novos senhores de Portugal: o FMI

Nem lacaios a qualquer preço nem orgulhosamente sós!

Que os castelhanos, os que estão para lá dos Pirenéus acordem e vejam com olhos de ver o que está a acontecer a esta querida Europa. Que surja alguém com coragem, destemido, que enfrente os medos, os novos adamastores. Sob pena de se afundar, um após outro, por isolado ou amedrontado, cada país deste continente que tantas luzes ao mundo deu.
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Uma boa semana,

António Esperança Pereira

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