sexta-feira, abril 29, 2011

Teatro Camões recebe as cerimónias oficiais do Dia Mundial da Dança


a notícia

Numa mensagem enviada à Lusa, a propósito do Dia Mundial da Dança, que hoje se assinala, Vera Santos, da direção da REDE, chama a atenção para "o enorme trabalho que ainda há a fazer em Portugal" e reivindica "uma regulamentação adequada que permita zelar pelo respeito e pela dignidade dos profissionais que a desenvolvem"

"A visibilidade e o reconhecimento desta disciplina, da sua especificidade, da sua pluralidade e a necessidade inadiável da criação de estratégias a longo prazo para o seu desenvolvimento e implantação no tecido social do país são objetivos a perseguir", acrescenta.

Vera Santos defende ainda que esta manifestação artística "deve ser uma parte imprescindível na educação de crianças, jovens e adultos, como potenciadora do desenvolvimento de uma relação saudável com o próprio corpo e com os outros".

"A dança deve ser acessível a todos e merece ter espaço regular de apresentação, de experimentação e de divulgação na programação nacional e internacional", frisou.

A REDE é associação que reúne 26 estruturas dedicadas ao desenvolvimento da dança contemporânea e dos seus cruzamentos disciplinares,

Em 1982, a UNESCO, através do seu Conselho Internacional para a Dança, estipulou o dia 29 de abril como o Dia Mundial da Dança considerando a importância desta manifestação artística e a necessidade de ser reconhecida.

Este ano celebra-se pelo 29º ano consecutivo esta efeméride com a organização de diversos eventos, nos mais variados formatos, em diversas partes do mundo.

(Este texto foi escrito nos termos do novo Acordo Ortográfico)
Lusa
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Nosso comentário

Aí está mais um dia comemorativo: "O Dia Mundial da Dança".
Porém, tendo a dança como temática, este dia mundial parece-me de pendor bem menos consumista do que o que é conferido a tantas outras datas comemorativas que proliferam e a que estamos habituados.
Ainda bem que passamos a ter um DIA MUNDIAL DA DANÇA!
Bem precisamos de nos animar face aos desafios da vida, que não se apresentam nada fáceis nos tempos que correm.

Alegremo-nos (!!!) por em outras eras também não ter sido nada fácil, apesar de estarem então livres dos sábios financistas e doutos economistas que hoje proliferam e nos deixam ir à banca rota sem dó nem piedade.

Apenas a título de curiosidade, para não deprimir, meia dúzia de tragédias, ou actos guerreiros ocorridos em anos idos, nesta data (29 de Abril)

711 - Conquista islâmica da Hispânia: as tropas mouras lideradas por Tariq ibn Ziyad desembarcam em Gibraltar dando início a sua invasão da Península Ibérica (Al-Andalus).
1429 -- Joanne d'Arc entra na cidade de Orleães, França, reivindicando vitória sobre as forças inglesas.
1792 - A França invade os Países Baixos austríacos (atual Bélgica), iniciando as Guerras revolucionárias francesas.
1944 -- Morre, no Porto, o antigo presidente da República Bernardino Machado.
1945 - II Guerra Mundial. Holocausto. O 7ºExército dos EUA liberta o campo de concentração nazi de Dachau.
1968 - "Hair" estreou em Nova York. Pela sua exaltação à cultura hippie, acabou se tornando símbolo de uma geração e modelo para o movimento de protesto contra o racismo e a Guerra no Vietname.
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Que a dança vença a tragédia! viva "o dia mundial da dança"

Um óptimo fim de semana,

António Esperança Pereira

quinta-feira, abril 28, 2011

Santo FMI


Quem diria que um dia um europeísta convicto como eu, enganado como tantos outros, alguém que foi correr à fronteira de Portugal com Espanha quando ela se abriu festejando o acto de liberdade, de largueza de espaço, de livre circulação de pessoas e bens... que cheguei a achar, pelas suas características únicas de arreganho e sofrimento, de holocausto e reconstrução ao mesmo tempo, que Berlim poderia ser futuramente uma boa capital de uma GRANDE EUROPA...
quem diria, vir um dia (hoje) a dizer isto:

Santo FMI

Pois é, perante o egoísmo que se abateu sobre a maioria dos países europeus, o cepticismo que nos volta a pôr de costas voltadas, com imensas dúvidas, só posso afirmar:

Nunca digas "desta água não beberei".

É que enquanto os nosso "amigos" europeus nos levam juros de 6%, nos ameaçam ter que haver unanimidade na ajuda(falta a Finlândia pelo menos) o papão do FMI cobra 3.5%. Isto para não falar que o FMI quer impor medidas mais softs que os nossos "amiguinhos". Com amigos destes ...

Ai Grécia, ai Irlanda, ai Portugal, ai ai ai

Com a beatificação do papa João Paulo II iremos beatificar também o FMI? com os dados disponíveis e para evitarmos a banca rota nua e crua, é bem possível que todos gritemos, oremos, imploremos, choremos:

Salve salve FMI salve salve João Paulo II

Qual o novo local santo do nosso choro, da nossa prece?

Aceitam-se sugestões: Acrópole de Atenas, Templo de Diana em Évora, uma casa de fados algures no mundo? um pub em Dublin na Irlanda?

Que alguém pegue em ti EUROPA, que alguém recupere a única alternativa que resta aos europeus para se afirmarem no futuro. Que alguém veja isso e o ponha em prática enquanto é tempo(???!!!)
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Deixo um poema:

Perversidade do sistema

Lufa lufa entusiasmo quero tenho
a banca anima aquece põe dinheiro
até parece que o dá
a quem de repente
a todo o pano
pode ir tão longe aparentemente
quanto quer

publicidade sábia bem urdida
verdade apequenada em letra bem escondida
taxa de juro contrato bem alongado
que por descuido falta de vista
ou por fastio
ninguém lê

até parece prestação em prestação
financiamento sem dificuldade
que o mundo fica ali à mão

só que dívidas acumuladas
com os acidentes da vida
perda de emprego azar enfermidade
fica-se doido sem saída

deus vendedor de sonhos
tudo fácil
num abrir e fechar de olhos
tanta facilidade
vira de bestial a besta
suicida crueldade

banca cifrão reluzente ouro
feita diabo carrasco pesadelo
o fim de um “parecia” que não era
sonho urdido pelo dinheiro de plástico
tudo se desvanece rui cai
o banco leva tira com a mesma lata
com que dantes trouxe deu


rico esperto de calote
vira pobre burro
trote trote
regressado à origem da sua pequenez
pior
a uma pequenez de caloteiro
sem alma nem dinheiro

põe-lhe cabresto dono fmi
mercado injusto financeiro
começando por levar
o burro ao prado
deixá-lo lá a pastar
enquanto lhe fazem a cama
no palheiro
com juros em alta de arrasar…

engendrando novo engenho para roubar
ao incauto mais dinheiro
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira

quarta-feira, abril 27, 2011

Casa Branca divulga certidão longa de nascimento de Obama



notícia em destaque

27 de Abril de 2011, 16:41

Depois da polémica com o local de nascimento do presidente dos EUA, Barack Obama, a Casa Branca decidiu publicar hoje na internet a versão longa da certidão de nascimento do presidente dos EUA. Obama declarou-se hoje, em conferência de imprensa, perplexo devido às teorias de conspiração a respeito de seu lugar de nascimento.
Obama afirmou que a obsessão da imprensa sobre esta questão é uma distração num momento difícil.

"Não temos tempo para esse tipo de tolice", afirmou Obama em conferência de imprensa, acrescentando estar perplexo com a controvérsia criada em torno do tema.

Obama convocou hoje uma conferência de imprensa depois da Casa Branca ter divulgado pela primeira vez, a versão longa da certidão do seu nascimento, no estado do Havai.

Uma versão curta deste documento já foi posta na internet pela administração de Obama durante a campanha presidencial de 2007-2008, depois dos seus adversários terem colocado em dúvida o facto de o então candidato não ser americano.
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nosso comentário

Nem é a importância que a notícia em si tem ou não que me leva a dar-lhe destaque.
Mas porque nós, portugueses, temos sempre a mania de que estas coisas de baixa politiquice, estes mexericos de pouca monta, coisas sem interesse nacional, de pura diversão e recreio de quem os pratica, só nos acontecem a nós...
Que só nós portugueses somos politiqueiros, quezilentos, useiros desta linguagem de descrédito, de uma prática política de permanente ataque pessoal...
Pelos vistos, tal não é verdade.
Fica aqui com o insólito caso da certidão de nascimento do Presidente americano Barack Obama, uma prova provada disso mesmo.
O bizarro, o burlesco, o insólito, o insulto, não acontece só entre nós, acontece pelos vistos também na maior e mais rica democracia do mundo: os EUA.
Nós é que cuidamos que essa má língua, os jogos baixos, os que dizem que querem mudar mas o que querem é que fique tudo como dantes, só existem em Portugal.
Não é verdade.
Disso existe à saciedade por todo o mundo "dito livre".
Só não existe, e por razões pouco louváveis, no mundo "não livre", nos regimes autoritários, ditatoriais, totalitários, dogmáticos, porque aí meus senhores, aí...
não se pode piar!
Nós em Portugal, ainda não há muito tempo, já soubemos o que era não se poder piar, antes do 25 de Abril de 1974.
Assim sendo, ainda bem que existe liberdade até para maldizer, é bom sinal.
Que Barack Obama e outros ofendidos pela baixa política saibam sorrir com tantas e tamanhas bocas foleiras.
Mas que os exageros das críticas, das línguas mal intencionadas, azedas, zangadas, por tanta liberdade usarem quando falam, escrevem, não deitem abaixo esta conquista que eu considero a maior das sociedades democráticas:
A LIBERDADE.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

segunda-feira, abril 25, 2011

25 de Abril (apontamento breve)


Quando se fala da data "25 de Abril", é inevitável a associação que se faz de imediato ao que também foi designado por "revolução de Abril" ou "revolução dos cravos".
Esta revolução ocorreu no ano de 1974, daí que, embora se trate de um acontecimento recente (com apenas 25 anos na data em que este texto é escrito) muitos jovens que começam já a ter responsabilidades profissionais de certa monta, pouco ou nada recordam ou sentem sobre a data memorável que é o "25 de Abril".
Daí a razão de ser destas linhas, que se destinam sobretudo aos que nasceram depois daquela data, ou que tinham então poucos anos de idade e por isso não puderam participar e assimilar o que estava realmente a acontecer.
Portugal vivia num regime autoritário havia mais de 40 anos. Foi um tempo de repressão policial, de intolerância, de censura, de muitas coisas que revoltavam o povo português. Havia a guerra nas colónias e o regime de Salazar tentava manter a todo o custo um império que já não encontrava paralelo nas outras potências colonizadoras da Europa.
O desgaste provocado pela guerra colonial aliado ao atraso em que Portugal cada vez mais se encontrava e que obrigava milhares e milhares de portugueses a emigrarem para o estrangeiro (sobretudo para França) para aí encontrarem melhores condições de vida, ajudaram a que a revolta aumentasse e a certa altura se tornasse inevitável o confronto.
Foi então que surgiu um movimento liderado por militares, que ficaram conhecidos por "capitães de Abril", que, ocupando sítios estratégicos e com o apoio incondicional da população, prenderam o então líder do governo, Marcelo Caetano, que sucedera poucos anos antes, a Salazar.
Nas ruas da capital havia multidões a perder de vista, cantavam-se canções de liberdade e de apoio ao MFA (movimento das forças armadas). Gritavam-se "slogans" como: "fascismo nunca mais"; "viva a liberdade"; "morte à ditadura"; "morte à PIDE".
Era também a festa de regresso a Portugal de intelectuais e políticos ilustres que viviam exilados no estrangeiro.
Entre esses, citem-se, apenas a título de exemplo, os casos de Mário Soares, Álvaro Cunhal e Manuel Alegre.
Logo a seguir ao "25 de Abril", sucedeu-se um período conturbado de luta pelo poder, estando sempre iminente uma guerra civil. Havia manifestações populares por tudo e por nada, em apoio ou contra isto ou aquilo, esta ou aquela figura política.
Foi também o tempo de alguns exageros de sinal negativo, como aliás os há em todas as mudanças profundas.
Foi o caso dos saneamentos selvagens de certas pessoas, feitos em julgamentos sumários e públicos acusando-as muitas vezes do que não eram, bem como certos radicalismos que tentavam através de um protagonismo oportunista e exagerado controlar o país.
Mas o bom senso prevaleceu e os partidos políticos foram solidificando a sua influência na sociedade civil. Ao mesmo tempo que isso acontecia, os militares regressavam aos quartéis cedendo o poder aos políticos como deve ser numa sociedade democrática.
Foi então que começou o "Portugal democrático" onde cada português passou a ter direito a pensar livremente: a ser socialista, comunista, democrata-cristão, ou outra qualquer tendência ideológica, sem que por isso fosse perseguido.
Esta foi, sem sombra de dúvida, uma das maiores conquistas trazidas pela "revolução dos cravos": A conquista da "LIBERDADE". A outra grande conquista foi a "PAZ" alcançada com o fim da guerra colonial. A terceira grande conquista foi a "DEMOCRACIA", com a legalização dos partidos políticos.
Fruto do 25 de Abril, o regime democrático em que vivemos, é tolerante, aberto a todas as correntes de pensamento.
Tem um Presidente da República eleito através de sufrágio universal, o mesmo sucedendo com o Parlamento e as Autarquias.
É o Parlamento quem confere legitimidade ao Primeiro-ministro e o seu Governo para governarem o país. Os Tribunais são o garante do cumprimento das leis.
Por isso dizemos hoje que Portugal é um país livre e democrático.

In "TEXTOS DISPERSOS DO EU" de António Esperança Pereira

domingo, abril 24, 2011

Sensibilidade exagerada

A falta de sensibilidade é uma coisa má. A sensibilidade exagerada não é melhor.
Não fiques "vidrinho", de tal maneira frágil perante o que os outros dizem, que não consigas quase discernir sobre os teus pontos de vista e aquilo que é melhor para ti.
Há sempre alguém interessado em que as coisas te não corram bem e esse alguém não perde tempo para te fazer sentir "menos bem" ou, se quiseres, "menos capaz".
Não amplies a importância das palavras negativas a teu respeito, bem pelo contrário, aprende a dar-lhes a volta, como se tudo não passasse de episódios passageiros de telenovela, ou palavras atiradas ao vento e não a ti.
Nunca te defendas atacando se não tiveres armas para tal. Antes guarda para ti um espaço protector, uma presença superior (à tua escolha e de acordo com as tuas convicções) e experimenta passar para essa presença superior as coisas menos positivas que te vão acontecendo. Depois, segue em frente e nunca sintas medo.
Não te esqueças que a saúde é o melhor bem que tens. Por isso ninguém pode tirar-te esse bem, nem mesmo tu, ouviste?
Passou-se um episódio menos feliz... ficaste triste, infeliz. Deixa lá! acontece todos os dias a todos nós. Aceita que a vida tem altos e baixos e, quando te acontecer um "baixo" tem paciência, aguarda que os "altos" cheguem e te compensem.
Em circunstância alguma percas a esperança.
Tu és único, és uma criação com um determinado objectivo. Acredita nisso. Encontrarás explicação mesmo para o inexplicável, ou seja, a existência de uma lógica mesmo para o que parece não ter lógica nenhuma no teu entendimento actual.
Vive e gostarás de viver.

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Pombogira Patricia Thor disse...

Boa noite, gostei do seu texto, parece q vejo o sr. falando pra mim... peço permissão p/ copiar p/ guardar no meu pc.. pois, infelizmente ainda sou sensível... tentando me consertar. Obrigada. Bjs.
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Um texto que serve para meditar, o comentário também.
Aqui ficam em final de Domingo de Páscoa.

In "TEXTOS DISPERSOS DO EU" de António Esperança Pereira

sexta-feira, abril 22, 2011

Troika indignada com tolerância de ponto esta quinta-feira



Notícia

Os membros da troika da União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) presentes em Portugal terão ficado «chocados» com a decisão do Governo de dar tolerância de ponto, esta quinta-feira à tarde, aos funcionários da Função Pública.

A notícia é avançada pelo semanário Sol, numa altura em que a troika continua com as reuniões com os partidos políticos, parceiros sociais (sindicatos e patrões) e os bancos.

Segundo o mesmo jornal, as reuniões deverão, de resto, continuar para a próxima semana, embora o calendário não seja conhecido, já que a troika pretender manter a «discrição» e não irá fazer quaisquer declarações, a não ser, talvez, numa possível conferência de imprensa cuja realização está ainda a ser estudada e que poderá ocorrer no final da visita dos técnicos da UE, BCE e FMI a Portugal.
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Nosso comentário

Era só o que faltava. Uma qualquer troika que nos vem levar coiro e cabelo, provavelmente acabar com o SONHO EUROPEU, mandar bocas sobre tirar um miminho a algum do povo português.
Não sou invejoso, se uns podem tirar férias e dias santos quando querem, pois que tirem. Trabalhem eles por conta própria ou não.

Os trabalhadores assalariados e contratados, como os F.Públicos não o podem fazer.
Têm que picar o ponto no dia a dia, estar lá no sítio certo para "servir" com pouco ganho e muita serventia.
Merecem esse miminho sim senhor.

Quem me dera ver este POVO menos invejoso com o que se passa com o seu vizinho...

Deleitam-se com um casamento principesco nas terras de Sua Magestade, que nos tempos que vão correndo tudo tem de reprovável, condenam à forca o mais humilde dos servos do seu país só porque lhe vêem uma camisinha lavada.

Mudem de paradigma:
Se não conseguirem dizer bem do que se passa aqui na vossa terra, ao menos façam um esforço e comecem ao menos por não dizer mal dela.
Inspirem-se no sol, na natureza, nas praias de Portugal, na gente que vive aqui e que teima ser cada vez melhor, mais inteligente, mais bonita.
Que tem o privilégio de fazer parte de uma comunidade lusófona, enorme, das mais serenas, humildes, trabalhadoras, dadas, misturadas, espalhada pelo mundo.
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Porque é Páscoa, tempo de culto, tempo de férias, tempo ocidente sul de primavera no nosso país, relembro este poema:




HINO À PRIMAVERA

A Primavera lembra sempre tantas coisas
no meu clima temperado
o fim dos frios
o bater do dente em arrepio
as mãos engaranhadas
gorros mais chapéus bonés
enterrados nas orelhas

o aliviar da samarra camisolas
os queixumes das frieiras
do reumático
as dores do corpo
que em esforço somado a gripe
põem seres humanos carpideiras

Primavera Março azul
vão-se as chuvas e os frios
vem o sol
crescem os dias
aparecem flores
nas árvores nos prados nos quintais
na varanda da vizinha

vai-se o desgosto
clareia a vida
o sol nasce fica
mais tempo em nossa companhia

ouvem-se risos de alegria
acasalam namorados
passarinhos
que em abraços e beijinhos
fazem da vida uma elegia

flores amores e verdes prados!

se eu tivesse que escolher
um tempo de quimera
uma ilusão eterna
viva nascente pujante
excitante
adolescentemente bela

pela luz pelas flores
pelo rubor
que aumenta o sangue
a circular
pelo cheiro a férias
a verão
pelos dias a crescer
as noites a mingar
pelo riso no olhar
das raparigas
pela esperança que renasce
em cada lar…

escolheria a Primavera!
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Uma Páscoa Feliz,

António Esperança Pereira

quarta-feira, abril 20, 2011

Tiro aos patos:Alemanha: "A Grécia não vai sair desta situação sem algum tipo de reestruturação da dívida"


O essencial da notícia

“A Grécia não vai sair desta situação sem algum tipo de reestruturação da dívida”. Quem o disse foi um conselheiro económico de Angela Merkel, Lars Feld, que defendeu que se terá de reestruturar a dívida grega ou então proceder a uma recompra de obrigações, embora tenha dito que isso não precisa de significar um efectivo incumprimento.

O membro do Conselho Económico da chanceler alemã defendeu hoje que dar mais tempo à Grécia para pagar a sua dívida é uma das formas encontradas para acalmar os mercados em relação à desconfiança que se mantém sobre o país.

Na entrevista à rádio Deutschlandfunk, Feld referiu que uma reestruturação “só faz sentido se estiverem envolvidos credores privados”. Além disso, salientou que ela poderia incluir “a recompra de obrigações através de uma instituição europeia”.

No entanto, o membro do conselho económico do Governo alemão salientou que esse “tipo de reestruturação” não significa um “incumprimento efectivo”.
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Retirei dois comentários a propósito desta bagunçada em que parece estar mergulhada a EUROPA.

Primeiro comentário de Salvador Costa 20 Abril 2011 - 17:53

"Zona Euro: Humilhados e Ofendidos versus Orgulho e Preconceito"

1- Ninguém questiona que a Grécia é culpada pela situação de dificuldades orçamentais em que se encontra. Mas também é verdade que não foi a Grécia que propôs ou impôs um duro programa de consolidação orçamental até 2013 para cumprir um pacto de estabilidade e ecrescimento da Zona Euro.2- A Grécia foi a primeira vítima de uma política monetária que visa principalmente a defesa e "supremacia do Euro" defendida e imposta pela Alemanha com a conivência dos sempre e eternos "colaboracionistas" da França.3- Os resultados deste cego e inflexível orgulho e preconceito germânico são bem evidentes na economia grega: o colapso da economia. O aumento contínuo das taxas de juro da dívida pública. O descrédito total do país nos mercados financeiros.4- O resultado já era esperado. Agora surge a especulação inevitável da restruturação da dívida grega. Mais acha para a fogueira da crise soberana da Europa do Sul.5- Neste contexto percebe-se o aumento da popularidade da filha de Le Pen em França e a subida eleitoral fulgurante do partido nacionalista da extrema-direita filandês. A primeira defende a saída do Euro contra os "predadores" dos mercados financeiros. O segundo, põe em causa os programas de resgate dos países endividados. Ambos expressam um sentimento crescente em todos os países da Zona Euro: o Euro - construção atípica como lhe chama Soros - perante a crise da dívida soberana está a levar alguns países à desgraça, humilhados perante os credores internacionais, ofendidos pela falta de efectiva solidariedade europeia. E por outro lado, cada vez mais desperta o orgulho, expresso na intolerância de um egoismo crescente, dos povos ricos contra os pobres e o preconceito de ajudar estes últimos.5- Uma coisa é certa: neste momento, a expressão União Europeia não tem qualquer concretização na vivência dos países membros da Zona Euro. Chega-se inclusivé ao ponto de o próprio FMI pretender condições de resgate dos páises mais brandas e razoáveis do que as impostas com total inflexibilidade pela Alemanha, França, Austria, Filândia, Holanda e Dinamarca.

Segundo comentário por nrazoes 20 Abril 2011 - 17:44

Tiro aos Patos!

Aceitam-se apostas!

Qual o próximo pato a cair?

1. Bélgica
2. Espanha
3. Itália

Vai o Euro Sobreviver a isto?

Não sei, mas o mais tardar em 2012 a resposta será clara para todos…
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Nosso comentário

Na teoria dos patos, Portugal é o 3.º pato da caçada.
Eu disse que ficaria triste se o FMI viesse "cuidar" de Portugal e fiquei. Estou triste com isso.
Acreditei que fosse possível dar a volta por cima num contexto europeu, caseiro, de quem sabe ser responsável pelo seu espaço, pela sua casa.
Afinal só há provas em contrário disso.
Não só não sabemos cuidar do nosso espaço, da nossa casa, como humilhamos os que connosco o partilham.

Na minha assumida ingenuidade, esperava mais da Alemanha, da França, do Reino Unido, das ditas potências europeias que quando se trata de fazerem a guerra a fazem tão bem. Matam que se fartam, como diria o saudoso português RAUL SOLNADO.
Quando se trata de partilhar, de dar, receber, dialogar, ver os prós e os contras, etc. não sabem, não podem, não querem.

Afinal quem nos impingiu os mercedes, os audis, os opel, os renault, os citroen, os rover, os samsung, os nokia, os siemens, etc etc etc?
Quem nos pôs a pagar as prestações todas para que tanta maquinaria fosse vendida (impingida) ?
Foram essas "potências" que agora se arrogam no direito de nos vir dizer: "gastastes demais, sois preguiçosos, maus pagadores, sois pobres, não podeis viver com tantos luxos..." eles que nos impingiram esses luxos pelos olhos da cara dentro!!!!

No mínimo que enorme hipocrisia...

Senhor Engenheiro Sócrates, o senhor ainda é o Primeiro Ministro de Portugal.
Desmascare isto e recupere a alegria, a auto-estima, a alma que este GRANDE POVO está a perder.
Só o Senhor tem voz para o fazer, goste-se ou não se goste de si.
Porquê o senhor?
O PR é calado, não fala, é contido, é escondido, os outros lideres são lacaios por barato, medrosos, previsíveis, a avaliar pela postura e medidas do "quanto pior melhor" anunciadas.
Por isso e por amor a Portugal,
faça-o!
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira

segunda-feira, abril 18, 2011

FMI em Portugal. Este é o novo administrador de Portugal


Na sequência de algumas vozes que se erguem contra a presença em Portugal do FMI, algumas outras que acham que as eleições por esse facto terão tudo menos "democracia", de algumas outras que rejeitam votar no próximo acto eleitoral, por isso mesmo, eu digo:
Ser democrata já foi muito interessante. Uma causa mesmo. Lutar pelos ideais da liberdade, justiça, igualdade de oportunidades (homens e mulheres, de todos os credos e raças) já foi um ideal do caraças.

Acreditem!

Dirijo-me quando afirmo isto especialmente aos que ainda não eram nascidos nesse tempo ou que tinham então tão poucos anos que não podem ter de um tal enquadramento social e político, uma memória viva.

O pessoal ri-se das bocas do Bloco de Esquerda, o pessoal ri-se das bocas do PCP, quando com os dentes cerrados afirmam não falar com o FMI, que Portugal está vergado aos senhores da banca, que Portugal não tem coragem de lidar com esses donos do mundo, etc etc.

Riem-se mas não deviam.

Eu ouço essa bocas, leio-as, não me rio, porque sei que fazem sentido, dentro de um sentido que já teve todo o sentido do mundo.
Preferia rir-me somente e não ter dúvidas sobre se rir se não me rir do que eles dizem. Mas tenho dúvidas.

Sei que não é sonho de ninguém, neste tempo que se vive de consumismo, dizerem-nos que há outras vias, patrióticas, com elas ficar sem os luxos próprios da sociedade de consumo, viagens, carros, roupas de marca, tudo à grande e à americana, cursar escolas estrangeiras caras, ter sonhos de vedeta, etc etc.

A pergunta que faço, que se situa entre as bocas do Bloco de Esquerda e do PCP contra o FMI, a perversidade de tanto dinheiro caro pago a preço de ouro por todos nós... e as bocas que clamam pelo FMI que se riem para ele, que o recebem como um salvador, que se estão cagando para a origem, a perversidade do dinheiro caro que nos "estendem", que chamam lixo a Portugal (agências de rating) é esta:
Haverá outro caminho?

A EUROPA é sem dúvida a resposta.

Mas uma Europa solidária sem meias tintas, sem dúvidas de se unir, forte, afirmada, unida verdadeiramente.

Onde está essa EUROPA?

Se procurarmos bem, creio encontrar-se entre as bocas românticas do Bloco de Esquerda e do PCP pouco aplicáveis modernamente na prática política e as bocas perversas dos que se escancaram cheios de medo, também de esperança em defender um bom tacho, com as calças na mão, dispostos a tudo, perante os novos senhores de Portugal: o FMI

Nem lacaios a qualquer preço nem orgulhosamente sós!

Que os castelhanos, os que estão para lá dos Pirenéus acordem e vejam com olhos de ver o que está a acontecer a esta querida Europa. Que surja alguém com coragem, destemido, que enfrente os medos, os novos adamastores. Sob pena de se afundar, um após outro, por isolado ou amedrontado, cada país deste continente que tantas luzes ao mundo deu.
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Uma boa semana,

António Esperança Pereira

sábado, abril 16, 2011

BRICS avisam dólar, FMI e Banco Mundial


Desenvolvimento da notícia

A necessidade de um novo sistema monetário internacional menos dependente do dólar americano e em que a relação de forças dentro das instituições saídas do velho acordo de Bretton Woods (como o FMI e o Banco Mundial) e da ordem do pós 2ª Guerra Mundial seja alterada a favor das novas realidades geoeconómicas foram as duas tónicas principais de mais uma cimeira dos líderes dos quatro BRIC - Brasil, Rússia, Índia e China - que, desta vez, agregou formalmente a África do Sul, e passaram a designar-se formalmente de BRICS (incluindo, no final do acrónimo, a primeira letra de South Africa, a designação em inglês).

Os BRICS pretendem claramente afirmar-se como uma "plataforma" e avançar "pragmaticamente", lê-se no comunicado final. FMI (que, na mesma altura, se reunia em Washington), Banco Mundial e Conselho de Segurança das Nações Unidas são destinatários da posição conjunta destes cinco países do chamado mundo "emergente". Durante este ano, estes cinco países estarão presentes no Conselho de Segurança e prometem agir articuladamente.

Agora reunidos em Sanya, na ilha chinesa de Hainão (que fica no Mar do Sul da China), um dos mais populares destinos turísticos na zona, os BRICS rebelaram-se, também, contra a especulação financeira nas commodities, exigindo uma maior regulação nesta área cuja volatilidade tem um impacto arrasador no campo alimentar e da energia, induzindo inflação importada e miséria em largas camadas da população. E, segundo os líderes dos BRICS, podem colocar em risco a retoma da economia mundial em 2011 e 2012.

Estiveram presentes nesta première formal dos BRICS, o presidente chinês Hu Jintao, o primeiro-ministro indiano Manmohan Sing, a presidente brasileira Dilma Rousseff, o presidente russo Dmitry Medvedev e o "novato" Jacob Zuma, presidente da África do Sul.
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O nosso comentário

Estou pasmado com o que está a acontecer a este "ocidente". Escrevi com letra pequena "ocidente" porque o termo se já era de difícil sentido até aqui, a partir de agora está mesmo carente de um sentido mínimo. Porque, ao que parece, nada mesmo nada voltará a ser como dantes.

Não é a Grécia, não é a Irlanda, não é Portugal ou outro qualquer país incluindo os EUA, com este ou aquele problema que surja, é o sistema que encalhou. É a solidariedade entre amigos e aliados que encalhou. É o salve-se quem puder num mundo de números, que não olha mais a pessoas.

A notícia escolhida hoje sobre os BRICS é apenas um exemplo disso mesmo, de uma resposta séria a esse sistema encalhado. Tal aliança estratégica, BRICS, afirma-se como uma alternativa ao domínio do dólar. Muito por força do desnorte das economias ocidentais, lideradas pelos E.U.
A avaliar pela pujança das economias que as integram, Rússia, China, Brasil, Índia, África do Sul, não me espantaria que tal alternativa aconteça a breve prazo.

Se somarmos a isto a falta de respostas efectivas a problemas conjunturais de aliados e amigos, Grécia, Irlanda, Portugal, etc. vítimas eles da expansão desenfreada das macro economias, temos que considerar que o "ocidente" como era entendido na geopolítica dos espaços, é um caso sério de difícil sobrevivência.

Veja-se o que se passa com a articulação de forças na Líbia por parte da NATO, com problemas básicos de definição de uma estratégia, de um querer, de uma aliança determinada.
Assim está a NATO, assim está a União Europeia, assim está o "ocidente": nas mãos de forças que o fizeram crescer desmesuradamente, uma banca gigantesca fora de controle, uns mercados invisíveis, uma ideologia com capital inesgotável, agora queixosa, com banqueiros a pedir dinheiro aos Estados por descapitalizados.

O que está a acontecer com a Grécia, Irlanda, Portugal, teria que ter sido evitado.
Em nosso entender, esta Europa de pseudo maus e bons, trabalhadores e preguiçosos, Norte e Sul, Este e Oeste, só aumenta divisões, dúvidas, renovação de querelas antigas.
Quem sonhou um espaço amplo, enorme, solidário, europeu, alargado tanto quanto possível, com nações grandes e pequenas convivendo finalmente em paz e prosperidade, sente neste momento que algo está a falhar.
Ou algo é mudado já, ou a EUROPA dentro de algum tempo não passará de um sonho que existiu, dando lugar a ódios e ressentimentos de inúmeros países orgulhosos, recheados de histórias velhas para as agitarem e se atasanarem uns aos outros.

Por isso os BRICS aparecem na altura certa, uma resposta natural ao sinal dos tempos.
EM jeito de "brincadeira séria", e para quebrar o sério da análise, diríamos que, como o Brasil faz parte dos BRICS e fala Português, até poderá ser uma mais valia para Portugal, quem sabe? será mais fácil negociar com eles na nossa língua, do que com este "ocidente" desnorteado, desunido, momentaneamente desacreditado.
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Um bom resto de fim de semana,

António Esperança Pereira

quinta-feira, abril 14, 2011

Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados,afirma o sociólogo Robert M. Fishman


Foto: FMI lucra 520 milhões com Portugal




Desenvolvimento da notícia em título

Portugal não necessitaria de um resgate se não tivesse ficado sob uma pressão “injusta a arbitrária” dos mercados, afirma o sociólogo Robert M. Fishman, da Universidade de Notre Dame, nos EUA.

Esta ideia é defendida na coluna de opinião de Fishman desta semana no New York Times, onde diz também que o pedido de ajuda de Portugal à União Europeia e ao FMI deve ser visto como “um aviso às democracias em todo o lado”.

Fishman sublinha que a crise em Portugal é “completamente diferente” das vividas pela Grécia e pela Irlanda, e que as “instituições e políticas económicas” tinham “alcançado um sucesso notável” antes de o país ter sido “sujeito a ataques sucessivos dos negociantes de obrigações”.

Nota que a dívida pública é bastante inferior à italiana e que o défice orçamental foi inferior ao de várias outras economias europeias e avança duas hipóteses para o comportamento dos “mercados”: cepticismo ideológico sobre o modelo de economia mista (publica e privada) vigente até agora em Portugal e/ou falta de perspectiva histórica.

“Os fundamentalistas do mercado detestam as intervenções de tipo keynesiano em áreas da política de habitação em Portugal – que evitou uma bolha e preservou a disponibilidade de rendas urbanas de baixo custo – e o rendimento assistencial aos pobres”, diz ainda Fisherman no seu texto, intitulado “O resgate desnecessário a Portugal”.

Neste cenário, acusa as agências de notação de crédito (rating) de, ao “distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal”, terem “minado quer a sua recuperação económica, quer a sua liberdade política”.

E conclui que o destino de Portugal deve constituir “um claro aviso para outros países, incluindo os Estados Unidos”, pois é possível que o ano em curso marque o início de uma fase de “usurpação a democracia por mercados desregulados”, e em que as próximas vítimas potenciais são a Espanha, a Itália ou a Bélgica, num contexto em que os governos têm “deixado tudo aos caprichos dos mercados de obrigações e das agências de notação de crédito”.
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Nosso comentário:

Perante dificuldades estamos habituados a desanimar, a cobrar aos outros responsabilidades que são no fim de contas de todos nós.

O louco sebastianismo mora em nós, Portugueses. Há-de vir um salvador, um homem às direitas, de preferência pobre, honesto, corajoso, lutador, sem mulher, sem filhos, casado com a causa nobre da Pátria: ou D. Sebastião ou Salazar (???!!!)

Sonhamos portanto com dois loucos, qualquer deles sem saber o que fazia, completamente fora do contexto dos tempos e desafios que enfrentava.

Esse Português com que sonhamos e em que desabafamos nossas crenças de salvação não existe.
É "o para lá da nebelina" que cada português transporta consigo. Um sonho nostálgico de se ser o que se não é, de querer ver o que não há para ver.

O nosso paradigma é mudar isto. Abrir os olhos e ver o que há para ver, sem medo.
Depois assumir que esse Português com que sonhamos, o tal salvador, terá que ser cada um de nós.

Temos que ser argutos, menos artolas, educados, cultos, actuais em tecnologia, ir aonde vão os melhores, fazermos o melhor que sabemos, sem complexos para com os de fora, sem rancor nem invejas parvas para com os de dentro.
Se somos ambiciosos e temos planos de grandeza, dizer o que temos para dizer, esperarmos a nossa vez. Que quando se é grande, a vida não se engana, sabe quando é chegada a hora.

Acabar de vez com os insultos ao nosso querido Portugal, ele não tem culpa, e tantos o maltratam como se fosse terra porcos, de abutres, de hienas, de bichos nojentos, de tudo o que há de mau ao cimo do planeta.

Quem dá ouvidos à gente que assim fala, que assim escreve, pactua com os velhos do restelo que não querem que Portugal se cumpra, que apostam no quanto pior melhor para defenderem seus umbigos. Não lhes serve um Portugal democratizado, moderno, próspero, porque eles assim não brilham...é Portugal quem brilha!

Na luz a sombra desaparece, por isso eles preferem a época das trevas.

Portugal é uma terra boa, tem PESSOAS, não bichos nojentos, PESSOAS que são nossos pais, avós, irmãos, namorados, amigos, amantes, profissionais que estão connosco quando precisamos, que falam a nossa língua e a quem devemos muito do que somos. Quase tudo!
Portugal é a nossa Pátria. A casa amada dos portugueses.

Talvez se falassemos menos mal deste nosso querido país, se nos vangloriassemos com feitos grandes que temos ensaiado e cumprido, hoje como antes, os ditos negociantes de obrigações e os mercados nos respeitassem mais.
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Concordo com o sociólogo Robert M. Fishman, discordo dos negociantes da foto.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

terça-feira, abril 12, 2011

Gagarin: Rússia e o mundo comemoram 50 anos do primeiro homem no espaço


A notícia

O dia 12 de abril de 1961, data da primeira viagem espacial tripulada, é um dos raros casos da história da União Soviética que não provocam discórdias. Há uma unanimidade praticamente absoluta de que foi um dos dias mais felizes daquela era.

“Foi dos acontecimentos mais memoráveis da minha vida. Talvez nunca tenha visto, nem antes, nem depois, tanta alegria no rosto das pessoas. Parecia que, depois da viagem de Iúri Gagarin, tudo estava ao nosso alcance”, recorda Mikhail, engenheiro reformado. “Eu estava na sala de aulas da escola secundária quando ouvimos pela rádio a notícia do feito de Iúri Gagarin. Escusado será dizer que as aulas terminaram aí mesmo. Fomos para a rua comemorar”, acrescentou em declarações à Lusa.

“Poekhali!” (Vamos!). Esta expressão, pronunciada por Gagarin (1934-1968) quando o foguetão Vostok-1 levantou voo do Cosmódromo de Baikonur rumo ao Espaço, entrou para sempre na língua russa como sinónimo das grandes possibilidades do Homem. Nesse dia, quando a agência oficial de notícias da União Soviética noticiou o voo de apenas 108 minutos em redor da Terra, milhões de pessoas saíram para as ruas das cidades, vilas e aldeias para festejar o acontecimento.
“As pessoas comentavam, abraçavam-se de alegria, gritavam, foi um dia de felicidade e concórdia entre todos, pareceu um sonho muito rápido”, recorda Maria Ivanovna, que naquela altura era aluna da Universidade de Moscovo.
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Nosso comentário

Este feito enorme da ex- União Soviética faz hoje 50 anos. Parabéns ao Gagarin e a um tempo em que ainda se festejavam grandes acontecimentos, como se pode ver nas imagens e comentários da época.

Creio que o dinheiro não seria muito então e as pessoas festejavam.
Festejava-se, havia alegria, porque a alma humana sentia o avanço tecnológico que aquilo era.
Hoje, pelo contrário, haja o que houver, fica tudo na mesma: ninguém mostra deslumbramento autêntico, palmas, risos, alegria, quando um feito digno de merecimento acontece.

Em Portugal há dois prémios Nobel, num curto espaço de tempo, ninguém rejubila com isso. Ninguém mostra alegria por isso.

Em Portugal constrói-se uma ponte fantástica de cerca de 14 quilómetros, ninguém mostra alegria, ninguém mostra júbilo com isso.

Em Portugal constrói-se a maior barragem de Portugal e da Europa, o Alqueva, ninguém rejubila ou sente alegria com o facto.

Portugal é palco da assinatura do Tratado de Lisboa que entrou em vigor a 1 de Dezembro de 2009 e veio alterar muitos dos aspectos normativos da política europeia introduzidos pelos dois tratados fundamentais da União Europeia: o Tratado de Maastricht (ou Tratado da União Europeia) e o Tratado de Roma (ou Tratado da Comunidade Económica Europeia).
Ninguém sente alegria com isso, ninguém festeja.

Podia descrever um rol de grandes acontecimentos, no campo da ciência, da educação, das obras públicas, da saúde, das novas tecnologias, do desporto (três equipas de futebol estão neste preciso momento entre as oito finalistas da Liga Europa)

A reacção sempre a mesma: reacção de quem tem tudo, um TUDO CHEIO DE TÉDIO, porque falta o principal: A ALMA

Uma reacção ao dia a dia de "mortos vivos"

Metidos numa concha de pretensa sabedoria, de títulos académicos, de condomínios fechados, de ostentação de plástico, de poses estudadas, de fachada,
MORTOS VIVOS repito, convencidos que são os maiores.
A VIDA, com a sua eterna sabedoria, SABE QUE NÃO SÃO!

Por isso aí está o FMI depois de todas as rasteiras da banca, mercados e agências de rating com anos a fio de oferta de um poço sem fundo de dinheiro de plástico(???!!!)

POR TUDO ISTO, PARABÉNS GAGARIN, AO GRANDE FEITO, AO TEU SORRISO E SIMPLICIDADE CONTAGIANTES!

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

domingo, abril 10, 2011

Foi encontrado numa antiga lixeira de Peloponeso, na Grécia, aquele que é considerado o texto decifrável mais antigo da Europa.


Notícia 1

Michael Cosmopoulos, investigador norte-americano, da Universidade de Missouri, garante que a placa de argila cozida, encontrada durante as escavações realizadas numa antiga lixeira situada na colina de Iklena, a 300 quilómetros de Atenas, na Grécia, tem mais de três mil anos, representando, pelo menos, mais um século do que as descobertas feitas até agora.

“Esta placa sugere que a escrita é muito mais antiga do que aquilo que se acreditava até ao momento", explicou o investigador à AFP.

Ao que tudo indica, a placa terá sido um documento financeiro, proveniente de uma antiga cidade do período micénico. “Num dos lados da peça podem-se ver nomes e números, e do outro lado um verbo relativo à confecção”, acrescentou Michael Cosmopoulos.

As escavações, sob a supervisão da Escola de Arqueologia de Atenas, começaram em 2006 e desde então ja revelaram algumas descobertas, como uma enorme estrutura com grandes muralhas datada dos anos 1550-1440 a.C. Segundo Cosmopoulos, o local foi destruído provavelmente no ano 1400 a.C., antes de ter sido invadido pelo reino de Pilos, cujo rei, Nestor, é mencionado na Ilíada.

Do jornal Público
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Notícia 2

Ideia partiu de 22 deputados europeus

Nasce em Bruxelas um grupo de pressão contra o lobby bancário

09.04.2011 - 14:29 Por PÚBLICO
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Notícia 3

Esqueçam as manifestações violentas nas ruas de Atenas, a nuvem negra que cobria o rosto do ex-primeiro-ministro irlandês ao anunciar que o seu país se rendia a pedir a ajuda para a qual as agências financeiras o estavam a impelir. Podemos até pôr de parte, por momentos, a nossa Geração à Rasca. A revolta, na Europa, vem de uma ilha perto do Árctico, a Islândia, que se prepara, provavelmente, para rejeitar hoje pela segunda vez um acordo para reembolsar o Reino Unido e a Holanda do dinheiro que pagaram aos seus cidadãos que investiram na conta Icesave.

do jornal Público
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O nosso comentário

A notícia em destaque que mostra a descoberta na Grécia do texto mais antigo decifrável da Europa, faz jus ao que vimos dizendo sobre a tendência economicista da Europa.
Que importa a cultura numa visão fundamentada quase exclusivamente nos números? que importa a Grécia ser um elo importante na construção da União Europeia, se só tem cultura e pessoas? se essas pessoas não produzem o suficiente, se não são ricas o suficiente?
Que importa aquela pedra se não é de ouro nem contém petróleo?
Uma tristeza bem triste uma Europa tão básica, orientada pela pretensa eficiência dos banqueiros!

Há já reacções que nos deixam sinais encorajadores de alguma tendência para inverter a situação porque o descontentamento é geral. É pouco entendível o que se passa à luz de uma cultura civilizada do séc XXI, por gente que já estuda muito e de parva não tem nada.

A Islândia reage contra o estado de coisas a que a banca está a encostar os cidadãos.

Também em Bruxelas, por iniciativa de 22 deputados nasceu já um grupo de pressão contra o lobby bancário.

É convicção geral de que estamos a pagar algo a que somos alheios. Os desmandos da banca nos mais diversos quadrantes, são disso prova mais que evidente.
Veremos se prevalece o bom senso na nossa EUROPA, a correcção da tendência contabilística, ou iremos seguramente assistir ao retrocesso de conquistas já havidas.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

quinta-feira, abril 07, 2011

O PECADO DE SÓCRATES


Em tempo de surrealismo político, social e económico peço-lhes que não leiam o que hoje escrevo que é também surrealista.
Tenho usado este espaço, o meu blogue, para cultivar algum optimismo quando me parecia ser útil cultiva-lo.

Fiquei atónito, escrevi-o então, quando a Europa deixou a Grécia cair na situação em que se encontra. Basta olharem-se as imagens que passam na televisão:
está mal mal mal!
A Grécia, recordo, é só o berço da cultura dita ocidental…
mereceria um tal castigo?

Voltei a ficar atónito quando o chamado “milagre irlandês” virou pesadelo. A Europa? Onde estava a Europa, a poderosa CEE/UE para lhe deitar a mão solidária?
Em lado nenhum.
Nada poderia ter sido feito para evitar a vergonha? sua e da UE?

Agora foi a vez de acabar com o sonho português.
A Europa a cortar ranking atrás de ranking dificultando a nossa vida.
Sim Portugal até estava bem, modernizava-se, avançava, só que não merecia tanto entre os seus pares faustosos, poderosos e ricos.
Toca de o arrear, de o deitar abaixo, de o achincalhar. De o fazer voltar aos tempos daquela auto-estima dos bidonvilles de Paris.
Português analfabeto a trabalhar nos esgotos, nos trabalhos mais pesados. Era até gabado por trabalhar tão bem em tais trabalhos de sarjeta.
Sabe-se que pobre com camisa lavada assusta rico.

Portugal Hoje, não só estava de camisa lavada mas estava com muitos sonhos e grandes realidades. Esse foi o nosso pecado recente: SONHAR!
Talvez o pecado de Sócrates!

Depois disto, quem como eu tinha ilusões com uma União Europeia a crescer e engrossar solidária de mãos dadas, uma Europa Unida, grande forte, com um querer maior, que as perca.
Não existe uma equipa europeia. Neste momento o que há é um salve-se quem puder, um desnorte total, até prova em contrário.
Reflictam nisto portugueses.

Para concluir, faço-o com o surrealismo de que falei.
Encontrei uma saída airosa para mim.
Tenho duas nacionalidades: PORTUGAL e o BENFICA
Alargo esta minha ideia a qualquer filiação clubística, sem quaisquer complexos.
Enquanto cá estiver o FMI e seus acólitos serei só do Benfica, assim um português de águia ao peito, coração igualmente rubro, perdido e achado pelo mundo. Não lhes estenderei o tapete nem me vestirei de branco como os anjinhos para receber a sua “AJUDA”(?).

Que ajuda?
Vêm buscar pura e simplesmente o que nos venderam.
Lembram-se? Toma cartão, toma crédito, compra vá compra, mais e mais. Um carro dois carros três telemóveis, Mais um carro, uma bicicleta, uma mota, um LG, dez computadores…férias caras, toma que o banco paga. Leva que o crédito dá-te tudo o que quiseres.

Paga mas é o caraças. Dá mas é o caraças. Eu recebia montes de ofertas de cartões de crédito, vocês também; montes de promoções, telefonavam, vinham a casa, iam aos empregos: toma toma tudo a crédito vá!
prometeram-nos este mundo e o outro, a vocês também.
Agora?
Gastaste? Consumiste a mais? Eles que impingiram gato por lebre sempre que puderam, sempre que quiseram, dizem-nos: PAGA que te comportaste mal. Trabalha mais ganha menos, gasta menos.
Dá cá o que te vendemos.
Custa a engolir não?

EUROPA QUE MUDE DE PARADIGMA SE NÃO COMO UNIÃO DE AFECTOS, DE PARTILHA, NUNCA MAIS LÁ VAI!

Não me arrependo de ter acreditado e acreditar na Europa. Não nesta que agora meus olhos vêem, que dá sapatada nos seus, que quer cultivar a divisão de bons e maus, nesta europa (com e pequeno) não acredito mais.

E se Portugal com a vinda dessa “ajuda FMI” ficar um sítio irreconhecível para quem tanto o ama, preferirei ir, seguindo Pessoa, para um qualquer sítio onde se fale a LÍNGUA PORTUGUESA. A minha Pátria será a LÍNGUA PORTUGUESA como era a Pátria de Pessoa.

Dou preferência no meu jeito pessoal a um sítio que tenha perto uma CASA DO BENFICA.
Ninguém me há-de tirar a alma em troco de uns cifrões envenenados.
Direi que sou do Benfica se Portugal disser que é do FMI.

A alma é muito importante amigos, não deixem que vo-la tirem, SONHEM!

António Esperança Pereira

quarta-feira, abril 06, 2011

PORTUGAL E AGORA?


O desenho é de um enorme humorista, escritor e desenhador português, por sinal nascido na minha terra: JOSÉ VILHENA
Escolho-o porque ilustra, quanto a mim, um PORTUGAL (Torre de Belém) a ter que dar o litro para sobreviver (pelo menos o coirão para se pagar as contas, a alma espero que não)

Portugal sucumbiu perante as garras do desconhecido.
Faltou a coragem dos marinheiros de antanho.
Esses lá foram entre perigos e guerras esforçados mais do que permitia a força humana (Camões)
Persistiram, resistiram, conseguiram!

Nós não, sucumbimos hoje mesmo quais meninos assustados, com tudo a bater-nos: os mercados, a europa, o mundo a chamar-nos lixo.

Cá dentro batemos uns nos outros(andeiros internos mais que muitos)
Sucumbiram os banqueiros por falta de dignidade e sentido de patriotismo, sucumbiram os deputados porque não sabem o que fazem. Brincam às democracias num tempo em que tem que se ser sério, fazer jus ao gordo ordenado que auferem, sucumbiram os políticos de uma forma inglória, inapropriada, politiqueira, medrosa.

Sucumbiu a alma a esta democracia, a esta EUROPA com letras grandes como eu a quis ver até aqui, com abolição de fronteiras e uma moeda única.
Um CONTINENTE QUE FOSSE UM PROJECTO SOLIDÁRIO, alargado.
Só que os andeiros da europa não deixam, não querem que ela cresça, seja forte.
IRLANDA, GRÉCIA, agora PORTUGAL. Tragédia grega, fado português, isolamento irlandês.

Continuarei pessoalmente a gostar da EUROPA, mas da minha, não da de meia dúzia de funcionários milionariamente bem pagos, de banqueiros sem escrúpulos, de políticos por força do tacho.
Tenho esperança que o dia há-de chegar em que alguém lhe há-de dar um rumo. Alguém que tenha UM SONHO!

Quanto a Portugal, hoje fiquei triste.
Espero pelo desenvolvimento dos próximos capítulos da crise 2011 neste país que já provou ser valoroso mesmo na situação extrema por que passou ao perder a independência em 1580. Recuperou-a e bem!
Há-de encontrar também respostas à altura deste tempo para os andeiros que proliferam.
Muito por força deles Portugal chegou ao que chegou exactamente HOJE:
PARA SEU GÁUDIO, ALÍVIO E LUCRO HOJE MESMO PEDIU AJUDA AOS QUE O AFUNDARAM: OS DA BANCA e seus LACAIOS (que lucram milhões quer a afundar Portugal quer a "ajudá-lo")

QUE O POVO PORTUGUÊS OS JULGUE, A esses do quanto pior melhor para seu proveito e para desproveito dos outros


PORTUGAL MEU AMOR


Com espanto pasmo revoltado
ouço na tv um entrevistado
homem com nome quanto baste
para ir
a programa de informação
com o intuito de emitir
parecer político supostamente abalizado

que medíocre convite da televisão!

fiquei a saber pela opinada sapiência
que o país dele não valia coisa nenhuma
que em trinta anos só pior havia
nada mesmo
equivalia a melhoria alguma

mais dizia
que o país dele não merecia
o que merecem os melhores
as melhorias ficariam na Alemanha
Califórnia ou Japão
ou em Madrid
nunca no arcaico país em que vivia!

interroguei-me seriamente
se aquele ricaço que falava português
não seria americano espanhol ou japonês
pela falta de amor ao país
da língua em que fluentemente
se exprimia

mas não
era simplesmente um ex ministro velho
com saudades bizarras hoje
do Salazar do escudo da carroça
tais eram os insultos saudosismos
e outros ismos que culminavam
no culto de arrepiante pessimismo

no mínimo eu entendia
que o senhor que falava
detestava liberdade democracia
pelo que estas maltratam mordomias

ainda bem que Portugal é grande
e perdoa a portugueses tão “pequenos”
compreende-os ama-os na mesma
mesmo que o insultem o achincalhem
queiram fazer dele o bode expiatório
de invejas e fracassos próprios!

ergue-te Gama ínclita geração
de altos infantes
reis
trovadores
republicanos
liberais
navegadores
gente valorosa deste país enorme
jovens gerações irreverentes
competentes

digamos de vez a estes senhores
que queriam que o mundo português
fossem só eles
mais meia dúzia de lacaios…

que se calem de vez!

e deixem que Portugal se cumpra
com políticas hoje
em sonhos grandes
Camões Pessoa Florbela Alegre
painel infindo gente de valor
língua portuguesa entre as primeiras

país Portugal terra atlântica europeia
meu amor!

não deixemos que nos tirem a alma,

António Esperança Pereira

segunda-feira, abril 04, 2011

O príncipe William e a noiva, Catherine Midletton, casam a 29 de Abril de 2011


O príncipe William e a noiva, Catherine Midletton, casam a 29 de Abril de 2011, na Abadia de Westminster, informa uma nota de Clarence House, o gabinete do Príncipe de Gales.

A Casa Real britânica confirma assim a data do casamento do filho mais velho dos príncipes de Gales, qua anunciou o seu noivado com Catherine Middleton a 16 de Novembro.
O casamento vai realizar-se a 29 de Abril de 2011 na Abadia de Westminster, onde teve lugar, em 1997, o funeral da princesa Diana, mãe de William.
William fez o pedido de casamento a Catherine em Outubro, no Quénia. O casal está junto desde 2004 e é muito popular junto dos cidadãos britânicos. William reúne, até, a preferência dos britânicos para suceder à Rainha Isabel II, que ocupa o trono desde 1952. O príncipe Carlos, pai de William, é o primeiro na linha de sucessão

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Do sítio do DN.pt retiro esta notícia "a dos príncipes"e três comentários curtidos a essa mesma notícia. Em tempo de pré FMI em Portugal:(não se pode exigir mais ao nosso intelecto.
Gozam connosco gozemos também com os outros.
Uma palhaçada que tudo isto está até prova em contrário.
A Europa está à rasca, o Japão está à rasca, os EUA estão à rasca, as gerações estão à rasca.
Parece que quem está bem e em crescimento é quem está aparentemente mal: os chamados países emergentes, Índia, China, Brasil, etc. que se fartam de comprar os calotes dos ditos "países ricos". E esta hein?
Chega-se a ter saudades dos tempos da GUERRA FRIA, um gajo ao menos tinha "lado" ou era mais pelos soviéticos, ou pelos americanos. Era como na bola: és do Benfica ou do Sporting? e um gajo safava-se assim... agora?
ninguém entende nada disto.
É o "tudo o que sei é que nada sei" do grego SÓCRATES, aplicado aos nossos tempos.
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Os tais comentários de Tugas que seleccionei à notícia dos príncipes;)

Anónimo: Pois...a Europa em plena crise política e económica e o zé povinho aplaudindo e interessado num casamento real, onde mundos e fundos serão esbanjados. Chega a ser imoral, exigirem tanta austeridade ao povo enquanto meia dúzia de cabeças coroadas, alguma até não, não é exclusividade do Reino Unido, gozam a vida à grande e à francesa....

raisparta: Para o DN.....Metam esta noticia no caixote do lixo.. Os portugueses nao tem interesse em saber o que se passa na vida de parasitas....


Horoscopo: Será uma data córnea. O signo é ascendente agrupando-se em ramificações no alto da cabeça. Das minas de Vulcano da princesa brotam riquezas. À medida que se tornam gerais, absorvem martelos de todos os tamanhos e feitios. A prosperidade tem forma chuva de picaretas com a multidão a aplaudir...

Uma ótima semana para todos(ótima segundo o acordo ortográfico hein?)

António Esperança Pereira

sábado, abril 02, 2011

OS RICOS NÃO TÊM MEDO DO FMI


De Mário Soares a Pinto Balsemão, passando por Freitas do Amaral e Passos Coelho eles não têm medo do FMI, dizem.
Pudera! qualquer deles passará bem com os cortes drásticos que serão feitos.
E os mais desfavorecidos passarão? receio que não meus ilustres senhores.

O FMI salva-os do medo que a ESQUERDA MAIS RADICAL possa ganhar uma voz forte, se instale na sociedade portuguesa, se mobilize em movimentações gigantescas nas ruas, nas fábricas, denuncie as lacunas visíveis do sistema. Que lhes ameace o que têm: com nacionalizações, reforma agrária, mais igualdade na distribuição dos rendimentos, etc etc.

O FMI vem fazer tudo o que eles querem que seja feito: baixar salários, extorquir o 13.º mês, facilitar despedimentos, cortar nas pensões, aumentar impostos, menos Estado e tudo o que é bom nas mãos dos privados, a começar pela Caixa Geral de Depósitos.

Eu sinceramente não sei quem é o FMI, não o conheço, nunca lhe vi a cara, creio que não tem cara ou se a tem nunca lha vi... só sei que me habituei a não gostar dele. Ele que me desculpe, mas para mim não é flor que se cheire. Infantilmente associo-o aos anónimos mercados, aos especuladores, às agências de "rating". Não sei ao certo. O que sei é que está aí à porta para tratar da saúde ao nosso QUERIDO PORTUGAL.

Custa-me ver o Dr. Mário Soares do mesmo lado da barricada do Dr. Freitas do Amaral.
Foi um lutador ao contrário dos outros, lembro-me dele ao lado do Dr. Salgado Zenha a encherem de esperança uma juventude sem esperança nenhuma.
Custa-me ver um povo com uma história invejável, uma projecção ímpar no mundo, novamente de mão estendida, com as calças na mão.

Foi tudo um sonho o que se passou nos últimos anos? tudo mentira? auto-estradas, carros com fartura, casas, país Portugal no lugar dos ricos, tratado de Lisboa, energias renováveis, lugares cimeiros na inovação e qualidade de vida, metro a crescer em Lisboa e no Porto, Parque das Nações, aeroporto Sá Carneiro, aldeias vilas e cidades muito mais limpas e apetecíveis? Estádios modernos, o Alqueva, 500.000 estudantes universitários...dois Prémios Nobel, maestrinas, campeãs mundiais de judo, investigadores, treinadores e jogadores de futebol de topo... 11.º lugar mundial em qualidade de vida comparada... alguns portugueses em cargos de responsabilidade mundial, etc etc.

foi tudo mentira?

se não vir isto explicado com clareza, se vier o FMI a cuidar de nós, pois que a ESQUERDA UNIDA ou seja lá o que for ou quem for, apresentem uma alternativa credível para este país.

Que...
mais vale viver de pé com o que é nosso do que de joelhos com as esmolas dos outros.

OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE!

Acredito em Portugal,

António Esperança Pereira

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...