sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Liberdade e armadilhas


Fala mal do teu país
da tua gente
incendeia o mundo dessa onda
pobres burros incompetentes
mas não te espantes
que caia sobre ti
o que semeias

vê nos da estranja só virtudes
zangado que estás de ti
da vida que escolheste
o responsável és tu
não o teu país
poupa-o pois da imagem pérfida
que dele deste

queres o paraíso aqui
brilho glória da tua inteligência
tudo a olhar para ti
só que não vês
que os burros que dizes que aqui vês
é o burro mascarado que tu és

pode-se criticar sem magoar
ser-se inteligente esperto arguto
sem ter que se esforçar
podem-se apontar feridas com o intuito
de as curar

agora dizer mal só por dizer
fazê-lo só para impressionar
chamar da pior maneira
as atenções
sobre Portugal
sem nada acrescentar…

tenho para mim
que faz bem desopilar
aos nervos ao fígado
a todo o mal estar

quero até compreender
as dores de corno e cotovelo
o querer ter poleiro e não poder

mas há bens maiores
a respeitar

que não paguemos todos
homens livres por vontade
com o excesso de liberdade
usado e abusado por alguns senhores

2 comentários:

  1. Olá Antonio,

    Bela poesia, que pode ser aplicada muito bem no Brasil, e com certeza em outros países do mundo.

    Que mais pessoas tenham a sua sensibilidade e expressão para mudar a forma mediana de pensar do povo. Parabéns!

    Abraços.

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  2. obrigado Iúri pelo comentário. Os nossos dois povos são dois óptimos exemplos para sentirem e exportarem o seu valor e não o contrário. Têm ambos motivos de sobra para gostarem de si e não ficarem só a ver passar os combóios dos outros (LOL)

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