
Passou meu amor passou
o momento fugaz do teu abraço
Alentejo quente de papoilas
tórrido odor a transpirado
apertado apertado apertado!
em tal estado
próprio de contos de fadas
era com artimanhas
aprendidas habilidades
que esquecia
o que o pensamento me trazia
e perturbava
com jeitinho quando aparecia
dizia-lhe baixinho
“vai-te embora”
tentava dar-me só em emoção
oferecendo o corpo todo
á sensação
os olhos quando os abria
pediam coisas aos teus
eu sentia que entendiam
quando respondias colavas
dada exposta aberta
prado farto verde pasto
na fome que matavas
sei que tudo passa
e que o que é sublime
passa ainda mais depressa
tal como o sol
clareia nasce cresce
logo se vai escurece desaparece
passou meu amor passou
o momento fugaz do teu abraço
a presença flor de teu regaço
a pele viva que por tão rubra
me queimava
passou meu amor passou
mas ficou
digo-te que ficou…
aquele chão breve
o silêncio prenhe de ti
o vazio todo enchido
que inflamou meu coração
e o fez feliz!
Ui António até queima;)
ResponderEliminarPARABÉNS!