
Uma história vulgar de crescimento
humano pessoal
que quando nasce e começa a olhar
grita chora assusta-se
depois ensaia os primeiros passos
vai andando
vai brincando
mede forças com amigos
dá e leva leva e dá
encontra assim o personagem que é
no território curto
vai crescendo com o tempo
desbravando horizonte
anima esmorece
amanhece escurece
e no consumo dos passos e do tempo
encontra gente diferente
nem sempre pacificamente
tem que lutar o homem que cresceu
em breve se dá conta
que se mata e se morre a toda a hora
sementes vertidas em fogueira
na mais pacífica fronteira
ás vezes é preciso morrer-se muito
para se dar valor á vida
Europa mártir fratricida
tantos meninos crescidos á porrada
aos tiros nos vizinhos
á paulada
em loucura quase sempre suicida
que a lição de ontem ódio e guerra
feitos heróicos para a época
sirva hoje
para uma era civilizada de concórdia
não tem para isso de ficar-se inerte
bronco ou sonso
há maneiras mil de libertar temeridade
a força inata o acto heróico
como imagem poética deixo esta
cada país nas mãos de uma criança
numa roda sem fronteiras
do atlântico aos Urais
do ponto mais setentrional
ao mais meridional
e que as cores lindas
das bandeiras
em festa em riso em graça em cor
de anjos de crianças
sejam símbolo desta Europa multicor
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