sexta-feira, setembro 12, 2008

ponte frágil


Sinto-me apartado de ti
sem o querer
ponte frágil
num precipício qualquer
quase a cair

entre os dois lados
em baixo
o abismo o medo
o sobressalto

para quê passar a ponte
e arriscar?

terreno minado de fantasmas
tempo que passou
morreu...

dizer o quê?

na dúvida das vidas separadas
azedam as palavras
na distância
só o imaginário é cor de rosa

o resto é o conta gotas
da sobrevivência
onde o que conta
não é o poema
a promessa que se fez
de amor eterno

mas a vida real
a dependência
o dinheiro essencial
o afecto que se encontra
ou que se compra
para aliviar as noites
longas de insónia

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