Se fosse pintor
e se quisesse
expressar meu sentimento agora
poria na tela uns ouvidos enormes
junto deles um rosto
sereno
desenhado mais pequeno
em relevo igualmente
as gotículas presentes intensas
vibrando aumentadas
reduzindo quase a nada
os outros orgãos dos sentidos
água em cascata
a brotar fina mas intensa
em redor
apenas contornos esbatidos
de fluxos e refluxos de seres vivos
translúcidos semi-visíveis
inofensivos
por tão fluidos
na pouca perceptibilidade
da vista e da mente introspectiva
acrescentaria
alguns seres inertes do local
em quietude sepulcral
dimensão fixa
entregues naturalmente
ao seu destino de objectos
mas o que ressaltaria mesmo
seria um rosto brando
interior
tão presente quanto ausente
tão acordado quão dormente
com a capacidade de ampliar
o caminho menos percorrido
"o ouvido"
num local ultra-moderno
requintado
onde a mente e a vista
usualmente imperam
sábado, junho 07, 2008
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