quarta-feira, junho 20, 2007

holocausto interior e injusto

Pode dizer-se que é vil o amor que vive assim
pode fazer sofrer
matar também
mas que dizer de um desamor nascido para ficar sempre
ou para enlouquecer
e que eu vi crescer em mim noites sonâmbulas
pesadelos
desesperança o tempo todo
criança de mim nascida para a culpa dos outros

só podes ser o prémio que tenho pelos danos
do tempo todo noite negra que passei
das marcas que ficaram e que não sararam mais
do holocausto interior e injusto
que ainda guardo

e se fores o prémio que pareces ser
(calmaria em tanta crueldade)
Deus existe tenho a certeza disso
porque não é comum uma sorte assim
porque a vida finalmente se lembrou de mim

Deus não quis que um dia eu partisse
com uma ideia de amor só inventada
fabricada
com uma cara triste num coração tão lindo

quis mostrar-me o amor
dar-mo a provar
e que ao menos uma vez
eu sentisse o coração sorrir no sítio certo

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