Estava triste atendo o telefone
arrastado para ele em torpor desesperança
naquele aspecto que se tem
quando se está seco sem nada que apeteça fazer
nem mesmo ligar a televisão
em acto desesperado
de ter que fazer qualquer coisa
que mais não seja carregar num botão
quando atendo
a mão levada a atender sem convicção
no ouvido incrédulo
uma voz falou
e tudo mudou
saí da postura desencanto em que estava
a boca do estômago apertada
fica solta aliviada
ruboriza a pele
o sangue já circula
as entranhas gritam
a garganta canaliza
a voz que fala no ouvido
à festa interior do corpo
que se estende à zona pélvica
ao entender da vida
muda a cor em tudo
na luz de dentro e na que entra pela janela
até na cor das próprias cores
eu ainda estático segurando o telefone
a querer e não querer acreditar
naquela voz
na esperança que traz
uma palavra calor
amor
que nos estende a mão
à beira do pântano
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