quarta-feira, maio 16, 2007

ruínas romanas

Escrevo e desespero na fartura
de querer sempre perceber
o que é tão complexo de entender
mundo tanta diversidade

sempre que fico racional
explicações aprendidas aplicadas
mais me sinto pequenino incapaz perdido
definhando o corpo a espaços

uma mente receptora lhe transmite
ideias mais ideias tanta complexidade
que não servem para nada
e o deixam enterrado na cadeira

uns olhos que se assustam com tanta chiadeira
vozes ruídos tanta gente
culturas estatutos desarmonias diferentes
a história tão extraordinariamente rica e macabra
num esvaziar da garganta
em restaurante internacional país com tanta fala

obrigatório afogar num copo
a impotência cultural
ajuda pelo menos a pedir a conta
pagar e sair dali

que importam as eleições de outro país
e o que delas se diz
envolto em linguarejares estridentes
diferentes
em mesas excitadas
inquietação vital latente

bem perto daqui tanta pedra carregada
ruínas de vidas passadas
tanta crueldade dos imperadores que governaram

sem tirar importância ao que se vê
ao que já assim foi
e foi assim como se vê nos faustos restos

às vezes apetece mesmo sair do convencional e chato
abraçar a liberdade uma flor
fugir daqui deste holocausto

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