Vida e Obra
João Roiz de Castel-Branco (meados do séc.XV-1515) foi fidalgo da Casa Real de D. Manuel, desempenhando o cargo de contador da fazenda da Beira.
A obra poética de João Roiz de Castelo Branco resume-se a 4 composições incluídas no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
Duas são trovas com contornos epistolares e as restantes composições são uma glosa a um vilancete castelhano e a cantiga “Senhora partem tão tristes”, justamente célebre pela beleza, feita de rigor e harmonia, com que desenvolve um tema recorrente no Cancioneiro Geral: a partida. Partilho exatamente esse belo poema, "Partindo-se", um clássico da nossa poesia. E digo clássico porque é aprendido quase obrigatoriamente na Literatura e Língua Portuguesa. Acrescento que o meu professor da disciplina de "Português, Literatura Portuguesa" do antigo 6.º/7.º Anos do Liceu D. João III de Coimbra, a dizia nas aulas de uma forma empolgada mesmo. Adorava o poema. Eu, desde essa altura, nunca mais o esqueci nem o professor nem o poema. Oxalá gostem.
A obra poética de João Roiz de Castelo Branco resume-se a 4 composições incluídas no Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
Duas são trovas com contornos epistolares e as restantes composições são uma glosa a um vilancete castelhano e a cantiga “Senhora partem tão tristes”, justamente célebre pela beleza, feita de rigor e harmonia, com que desenvolve um tema recorrente no Cancioneiro Geral: a partida. Partilho exatamente esse belo poema, "Partindo-se", um clássico da nossa poesia. E digo clássico porque é aprendido quase obrigatoriamente na Literatura e Língua Portuguesa. Acrescento que o meu professor da disciplina de "Português, Literatura Portuguesa" do antigo 6.º/7.º Anos do Liceu D. João III de Coimbra, a dizia nas aulas de uma forma empolgada mesmo. Adorava o poema. Eu, desde essa altura, nunca mais o esqueci nem o professor nem o poema. Oxalá gostem.
Cantiga, Partindo-se
Senhora, partem tam tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tam tristes, tam saudosos,
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’ esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
tam doentes da partida,
tam cansados, tam chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tam tristes os tristes,
tam fora d’ esperar bem,
que nunca tam tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
João Roiz de Castelo-Branco
in Antologia do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende
in Antologia do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende
Fiquem bem,
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