quinta-feira, dezembro 31, 2020

Pai de Boris Johnson opta Europa

Nota breve do autor do blog: Foi uma surpresa hoje ao chegar a casa e me disseram: sabes que o pai do Boris Johnson pediu a nacionalidade francesa? sério, disse eu. Essa é uma notícia interessante no dia de o RU cortar os laços com a UE. Sendo eu um simpatizante moderado dos ingleses tive pena da atitude britânica. Sei que os britânicos são um povo "sui generis", gostam de ser diferentes em montes de coisas. Agora, tratando-se de um dos países impulsionadores daquilo que viria a ser a União Europeia, foi com mágoa e estranheza que os vi tomar a decisão que tomaram. E quem não quer estar connosco, é porque não se sente bem connosco, certo? pois que sejam felizes e que a decisão os guinde ainda mais alto ao pico dos noticiários mundiais com as suas princesas e os seus príncipes. Também com os seus famosos futebóis. A Premier League não é?

Fiquem bem e tenham um Ano 2021 muito Feliz.

António E. Pereira

Pai do primeiro-ministro britânico Boris Johnson pediu nacionalidade francesa© TVI24 Pai do primeiro-ministro britânico Boris Johnson pediu nacionalidade francesa

O pai do primeiro-ministro britânico, Stanley Johnson, iniciou o procedimento para obter a nacionalidade francesa e assegurou à imprensa que se sente europeu.

Não é uma questão de me tornar francês. Se bem entendi, já o sou. A minha mãe nasceu em França, a sua mãe era francesa e o seu avô era francês. Para mim é uma questão de recuperar o que já sou e é por isso que estou feliz", disse Stanley Johnson à estação de rádio francesa RTL.

O escritor e antigo deputado conservador disse numa declaração em francês que "será sempre" europeu.

Não podemos dizer ao inglês: você não é europeu. A Europa será sempre mais do que o mercado comum e a União Europeia", defendeu Stanley Johnson a horas da formalização da saída do Reino Unido do bloco europeu, mas considerou que "ter uma ligação com a União Europeia é importante".

O primeiro-ministro, o eurocético Boris Johnson, que fez do Brexit o centro das suas políticas, mantém divergências com a sua própria família sobre a separação de Bruxelas.

O seu pai votou contra os Brexit e os seus irmãos, a jornalista Rachel Johnson e o também político Jo Johnson, manifestaram o desejo de que o Reino Unido continuasse a fazer parte da União Europeia.

O Reino Unido corta os laços com a União Europeia hoje às 23:00 (24:00 hora de Bruxelas), quase um ano depois de deixar oficialmente o bloco de 27 países na sequência de um referendo popular em 2016, deixando de ter acesso ao mercado único e de estar sujeito ao Tribunal Europeu de Justiça.

domingo, dezembro 27, 2020

Quando te vacinas contra o coronavírus?


Nota breve do autor do blog:

Hoje é sem dúvida um dia de enorme esperança para os europeus. E, consequentemente, para nós, portugueses. Refiro-me, claro está, ao primeiro dia de vacinação contra a COVID19, que se registou em toda a União Europeia. Um dia memorável, como já afirmou o Primeiro Ministro. Eu acrescentaria: oxalá que para além de memorável, seja o primeiro dia do resto da vida do vírus. Dito isto, deixo mais um poema tendo como motivo de inspiração o dito vírus. Também em matéria de inspiração, espero que este dia influencie todos a serem mais positivos, a tornar a ver a vida um pouco mais cor de rosa.  

Fica o poema, com os desejos de continuação de Boas Festas.


António Esperança Pereira


O raio da maleita

 

Passa que passa

Tarda a passar

Um ano volvido

Um ano perdido

Um tempo suspenso

Sem ser vivido

Novo ano a chegar

Passa que passa

Tarda a passar

Ou meses ou anos

A esperança no ar

A morte à espreita

Continua a matar

E o raio da maleita

Sem se enxergar

Tarda a curar.

 

António E. Pereira


quinta-feira, dezembro 24, 2020

Escócia diz que é tempo de se tornar uma "nação europeia independente"

Nota breve do autor do blog: Agora que o acordo da saída do Reino Unido foi firmado, a Escócia põe os pontos nos "ii". Quer ser uma nação europeia independente. Pessoalmente, começo por dizer que tenho imensa pena que a Inglaterra saia do convívio europeu. Todavia, com esta posição da Escócia vejo que ainda há alguém que tenha "juízo" no conjunto das Ilhas Britânicas. Teremos de esperar por cenas dos próximos capítulos para ver no que a aventura britânica vai dando.

Fiquem bem, Boas Festas para todos.

António Esperança Pereira



A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, considerou hoje ser tempo de a província britânica se tornar uma "nação europeia independente", após a conclusão de um acordo comercial pós-'Brexit' entre o Reino Unido e a União Europeia.

"O 'Brexit' chega contra a vontade do povo da Escócia", a maioria do qual (62%) votou contra a saída do Reino Unido da UE, escreveu Nicola Sturgeon na rede social Twitter, sublinhando: "Nenhum acordo poderá compensar o que o 'Brexit' nos tira".

"É hora de traçar o nosso próprio futuro como nação europeia independente", disse. A Escócia precisa da autorização de Londres para realizar um novo referendo sobre a independência.

A uma semana do final do "período de transição" para a consumação do 'Brexit' e da saída do Reino Unido do mercado único, Londres e Bruxelas chegaram hoje a um acordo comercial pós-'Brexit'.

"Chegámos finalmente a um acordo. Foi um longo caminho, mas temos um bom acordo, que é justo e equilibrado", anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen numa conferência de imprensa com o negociador-chefe da UE, Michel Barnier, na sede do executivo comunitário.

O bloco europeu e Londres evitaram assim um 'divórcio' desordenado, estabelecendo um acordo de comércio livre que regerá as relações futuras.

A presidência rotativa alemã do Conselho da UE já anunciou, entretanto, que convocou uma reunião dos embaixadores dos 27 junto da UE para sexta-feira de manhã (10:30 locais em Bruxelas, 09:30 de Lisboa).

Nessa reunião, o negociador-chefe do lado da UE, Michel Barnier, dará conta dos contornos do acordo aos embaixadores, que começarão então a analisar o texto de compromisso, de cerca de 2.000 páginas.

terça-feira, dezembro 22, 2020

Sociedade irreconhecível e Lisboa hoje: dois poemas atuais

Nota breve do autor do blog: Vacinas andam por aí, oxalá ajudem a debelar esta praga que nos caiu em cima neste ano de 2020. Entretanto, cada um com os seus afazeres, as suas ocupações, as suas encrencas, cá vamos resistindo, entre a ajuda e a desajuda. Temos o direito todos de estar zangados. Porém também temos todos o dever de não perder a lucidez. Entre a zanga e a esperança façamos por nos respeitar uns aos outros. Ninguém tem culpa do que se passa, quando o que se passa tem o tamanho da Humanidade Toda.

Ficam dois poemas meus, com os desejos de Boas Festas para todos.

António Esperança Pereira

Sociedade irreconhecível

 

Olham-se os corpos de passagem

Sempre longe de soslaio fugidios

Parece a quem os vir

Que não se querem

Parece a quem os vir se afastarem

Que algo se passa sem se ver

Que algo irreal há nesse viver

Pois corpo de humano

Nasceu para se querer…

Só pode ser lição

Ou castigo ou perdição

O que está a acontecer

Um chega para lá

Sem humanos se tocarem

Perigoso o beijo

Se o trocarem

Proibido amar se se amarem!

E sofrem os corpos

Vidas adiadas

Corações aos trambolhões

Vidas separadas

E nesta lição ou castigo a milhões

Tantas e tantas vidas acabadas.

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Lisboa hoje

 

Anima um pouco o sol

Hoje dezembro

Minha lisboa

Desenvolta e linda

Num vaivém que não desanima

Apesar de um tempo triste

De verdade

O mundo todo a ameaçar morrer

Lisboa vida mulher varina

Marcha popular

A trabalhar a curar

Anda desanda ciranda

E se há esmorecimento

Persiste resiste

E não desiste

Olho o movimento

Uns para cá

Outros para lá

Lisboa com ou sem rima

Lá vai lá vem

Às vezes frágil

Quase sempre forte

Capaz de lutar

Enfrentando a sorte

Até a morte

Tejo abaixo tejo acima

Norte sul este oeste

Em cada esquina

A valentia de varina

O amor de namorada

Num fundo poético

Sempre a murmurar

Gente rio céu e mar.


António Esperança Pereira

segunda-feira, dezembro 21, 2020

Como vão as vacinas contra a covid19


Bruxelas, 21 dez 2020 (Lusa) – A Comissão Europeia autorizou hoje a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável, anunciou a presidente do executivo comunitário.

“Hoje acrescentámos um importante capítulo ao nosso combate contra a covid-19. Tomámos a decisão de disponibilizar aos cidadãos europeus a primeira vacina contra a covid-19. Concedemos autorização comercial condicional à vacina produzida pelo BioNTech e Pfizer”, anunciou Ursula von der Leyen, numa declaração à imprensa desde a sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.

Sublinhando que a autorização da Comissão Europeia ocorre depois de a EMA ter concluído que esta vacina é segura e efetiva contra a covid-19, ao cabo de um processo “minucioso”, Von der Leyen adiantou que o laboratório da Pfizer na Bélgica começará a enviar as primeiras remessas de vacinas “nos próximos dias”, e, tal como previsto pelo executivo comunitário, a vacinação pode assim arrancar entre 27 e 29 de dezembro em todos os países da União.

“Esta é uma bela forma de terminar este ano difícil e finalmente começar a virar a página da covid-19. Esta é a nossa primeira vacina, outras serão aprovadas em breve se se revelarem seguras e eficazes”, declarou Von der Leyen, apontando que “a EMA vai emitir a sua opinião sobre a segunda vacina, a da Moderna, já dia 06 de janeiro”.

Imediatamente após a EMA ter anunciado a aprovação da vacina, Von der Leyen já adiantara, através da sua conta oficial na rede social Twitter, que Bruxelas não iria perder tempo e que hoje mesmo deveria ter lugar a necessária autorização da Comissão para a sua comercialização, após o que as doses podem começar a ser enviadas para os 27 Estados-membros, em quantidades determinadas pela sua dimensão populacional, a chave de repartição acordada.

Além desta vacina da Pfizer e BioNTech, a Comissão Europeia já tem uma carteira com seis outras potenciais vacinas, desenvolvidas pela AstraZeneca, Sanofi-GSK, Johnson & Johnson, CureVac e Moderna, devendo então esta última ser a próxima a receber ‘luz verde’ da EMA. Bruxelas, 21 dez 2020 (Lusa) – A Comissão Europeia autorizou hoje a colocação no mercado da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, horas após a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter dado o seu parecer científico favorável, anunciou a presidente do executivo comunitário.

“Hoje acrescentámos um importante capítulo ao nosso combate contra a covid-19. Tomámos a decisão de disponibilizar aos cidadãos europeus a primeira vacina contra a covid-19. Concedemos autorização comercial condicional à vacina produzida pelo BioNTech e Pfizer”, anunciou Ursula von der Leyen, numa declaração à imprensa desde a sede da Comissão Europeia, em Bruxelas.

Nota do autor do blog: Como muito bem anuncia Ursula von der Leyen, "acrescentamos um importante capítulo na luta contra a covid19". Isto, referindo-se à aprovação da distribuição da vacina da Pfizer em todo o espaço da União Europeia. Eu concordo com ela, e oxalá que, apesar das mutações do vírus, que já são muitas, ela (vacina) seja eficiente. Assim esperamos todos.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira 

quinta-feira, dezembro 17, 2020

Será que o Brexit sobra para o Costa?

 A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje persistirem "grandes diferenças" entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido para um acordo comercial, falando num "grande desafio" a poucos dias do fim do prazo.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje persistirem "grandes diferenças" entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido para um acordo comercial, falando num "grande desafio" a poucos dias do fim do prazo.© Lusa A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse hoje persistirem "grandes diferenças" entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido para um acordo comercial, falando num "grande desafio" a poucos dias do fim do prazo.

Numa declaração divulgada à imprensa em Bruxelas após uma chamada telefónica esta noite para fazer um balanço das negociações com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, Ursula von der Leyen vincou que "há ainda grandes diferenças por ultrapassar, em particular no que diz respeito às pescas".

"A superação [destas diferenças] será um grande desafio", acrescentou a líder do executivo comunitário, numa altura em que restam poucos dias para conseguir um acordo pós-'Brexit' entre Bruxelas e Londres.

Von der Leyen adiantou que "as negociações continuarão amanhã", sexta-feira, e apesar das posições severamente divergentes foram já feitos alguns "progressos substanciais em muitas questões".

A posição foi assumida no dia em que o Governo britânico disse que a probabilidade de um acordo de comércio com a União Europeia é inferior a 50%, apesar de questões como o transporte rodoviário de mercadorias e coordenação da segurança social já estarem definidas.

Também hoje, o Parlamento Europeu definiu o próximo domingo como a data limite para um acordo pós-'Brexit' entre o Reino Unido e a União Europeia, sob pena de não ratificar o entendimento antes do fim do período de transição.

Para que um eventual acordo comercial pós-'Brexit' possa ser implementado, é necessária a ratificação do Parlamento Europeu.

A conferência de presidentes do Parlamento Europeu esteve hoje reunida com o negociador chefe da UE para o futuro comercial de Londres e Bruxelas, Michel Barnier.

À saída da reunião, o negociador comunitário referiu que estão a registar-se "bons progressos" nas negociações com o Reino Unido, mas adiantou que "os últimos obstáculos persistem".

"Bons progressos, mas os últimos obstáculos persistem. Só iremos assinar um acordo que proteja os interesses e os princípios da UE", escreveu Michel Barnier na sua conta oficial na rede social Twitter.

O Reino Unido abandonou a UE a 31 de janeiro, tendo entrado em vigor medidas transitórias que caducam no próximo dia 31 de dezembro.

Na ausência de um acordo, as relações económicas e comerciais entre o Reino Unido e a UE passam a ser regidas pelas regras da Organização Mundial do Comércio e com a aplicação de taxas aduaneiras e quotas de importação, para além de mais controlos alfandegários e regulatórios.

As duas partes estão a preparar-se para o cenário de ausência de acordo ('no deal'), e tanto UE como o Reino Unido estão a acelerar os respetivos planos de contingência.

Nota do autor do Blog: Nunca esperei que o Reino Unido deixasse a malta. Creio que não foi boa ideia. Nem para eles nem para nós. Num tempo de globalização, a própria Turquia mortinha por entrar, e não só... Enfim, os ingleses lá sabem, sempre primaram por ser diferentes, certo?

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



segunda-feira, dezembro 14, 2020

Precisa de receita médica?

Nota do autor do blog : Para enfrentar os tempos que vão correndo, nunca são demais as ajudas, muito em particular no domínio da saúde. O ACP, há que dizê-lo, é prestador de imensos serviços de qualidade, muitos dos quais poderão interessar ao comum dos cidadãos. Como sócio que sou, venho recebendo informação atualizada nas diversas vertentes que aquela prestigiada Instituição abrange. Hoje recebi mais uma novidade, no domínio da saúde, que pode ser do interesse de muitos. Deixo abaixo o texto que copiei e colei aqui no blog com a intenção de que o mesmo possa ser útil para os estimados leitores.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Sócios podem solicitar receitas médicas para Covid-19 ou doenças crónicas

Numa altura em que o acesso às consultas médicas não está fácil, obter prescrições na hora faz a diferença, quer no combate à pandemia, quer no acompanhamento de outras doenças que não podem ficar para trás.

Além das vantagens já conhecidas proporcionadas pelo serviço Médico em Casa ACP, como aconselhamento gratuito 24h, consultas por telefone ou vídeo, entrega de medicamentos, condições especiais em farmácias, entre outras, agora os sócios beneficiam também de receitas médicas enviadas por email, sms ou correio.

Saiba como proceder para solicitar a sua receita, conforme o pretendido: 

  • Receita médica para teste COVID

Através de uma consulta de clínica geral com o Médico em Casa ACP através de telemedicina (voz e/ou vídeo), será enviada por email a prescrição médica para análise PCR ao SARS-Cov2.

  • Receituário para doenças crónicas 

Pela mesma via, ligando 808 22 22 22 e escolhendo a opção “Médico em Casa”, qualquer sócio que precise de receitas para a sua medicação habitual pode solicitar emissão por email, sms ou correio. Para isso, basta que apresente receita médica anterior (e exames complementares de diagnóstico, se necessário). Na ausência de apresentação de receita médica, poderá solicitar a prescrição através de uma consulta por telemedicina (voz e/ou vídeo).

Clique abaixo para mais detalhes ou ligue 808 22 22 22 para todos os esclarecimentos.

sexta-feira, dezembro 11, 2020

Líderes europeus alcançam acordo

 Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Áustria saudaram hoje o acordo alcançado pelos líderes europeus sobre o plano de recuperação e recusaram que a solução encontrada possa ser vista como uma concessão.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Áustria saudaram hoje o acordo alcançado pelos líderes europeus sobre o plano de recuperação e recusaram que a solução encontrada possa ser vista como uma concessão.© iStock Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Áustria saudaram hoje o acordo alcançado pelos líderes europeus sobre o plano de recuperação e recusaram que a solução encontrada possa ser vista como uma concessão.

"Não houve concessões, houve uma clarificação que foi muito simples", disse Augusto Santos Silva numa conferência de imprensa com o homólogo austríaco, Alexander Schallenberg, em Lisboa.

"O que dizemos é que se um Estado-membro tem dúvidas legais sobre uma decisão, a instituição a quem compete decidir é o Tribunal de Justiça da União Europeia. Os líderes [europeus] decidiram que o novo mecanismo não será aplicado pela Comissão [Europeia] antes de o Tribunal avaliar a sua legalidade", acrescentou.

Para a Áustria, um dos países que mais defendeu o mecanismo que condiciona o acesso a fundos europeus ao respeito pelo Estado de Direito, na origem da ameaça de veto da Hungria e da Polónia, agora ultrapassada, ficou também "muito claro" que "não houve qualquer concessão".

"O Estado de direito é a pedra angular da nossa família de valores e não pode haver concessões nem cedências. E o que aconteceu foi que não houve concessões nem cedências", disse.

"Especificamos que os juízes vão avaliar e depois temos o mecanismo, portanto não há concessão, isso é muito claro", acrescentou Alexander Schallenberg, sublinhando que esta é também uma questão de "credibilidade [da UE] perante o resto do mundo".

Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia fecharam na quinta-feira um acordo sobre o quadro orçamental até 2027 e o Fundo de Recuperação, o pacote de resposta à crise, depois de ultrapassado o bloqueio de Hungria e Polónia, motivado pelo mecanismo que condiciona o acesso aos fundos comunitários ao respeito pelo Estado de direito.

O compromisso negociado pela atual presidência alemã do Conselho da UE e Budapeste e Varsóvia, hoje aprovado pelos restantes 25 Estados-membros, prevê que a suspensão de fundos contemplada no mecanismo em caso de violações do Estado de direito só possam ser efetivas após decisão do Tribunal de Justiça da UE e que não tenha efeitos retroativos, aplicando-se apenas ao futuro Quadro Financeiro Plurianual.

O texto de conclusões do Conselho destaca que a condicionalidade ao respeito do Estado de direito aplicar-se-á de forma "objetiva, justa e imparcial" a todos os Estados e que a Comissão Europeia não pode propor penalizações -- designadamente a suspensão de fundos comunitários -- até haver uma sentença do Tribunal de Justiça sobre um eventual recurso de um país visado.

Este compromisso responde às inquietações de Hungria e Polónia, dois países há muito com litígios abertos com Bruxelas por alegadas violações do Estado de direito que receavam que o mecanismo fosse utilizado como arma política.

Por outro lado, o acordo alcançado deverá garantir o necessário aval do Parlamento Europeu, que se opunha firmemente a um 'enfraquecimento' do mecanismo, ao não modificar a essência do regulamento, que contempla pela primeira vez o congelamento de fundos por 'atropelos' nesta matéria.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

terça-feira, dezembro 08, 2020

Papa: por um capitalismo "mais justo"

Papa reúne-se com grandes empresas para impulsionar capitalismo “mais justo”


O papa Francisco e um grupo de executivos de grandes empresas reuniram-se hoje no Conselho para um Capitalismo Inclusivo para responder ao desafio do líder da Igreja Católica de criar um sistema económico mais justo.

O Conselho convida empresas de todos os tamanhos a aproveitar o potencial do setor privado para construir uma base económica mais justa, inclusiva e sustentável para o mundo", refere um comunicado da organização.

O Conselho é composto por cerca de 30 executivos, chamados de "Tutores do Capitalismo Inclusivo", que representam empresas com mais de 1,6 mil milhões de euros em capital e que empregam 200 milhões de trabalhadores em 163 países, referiu o comunicado.

O grupo vai reunir-se anualmente com o papa Francisco e com o cardeal Peter Turkson, que dirige o ministério do Vaticano para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral.

A iniciativa "representa a urgência de unir os imperativos morais e o mercado para transformar o capitalismo numa força poderosa para o bem da humanidade", salientou a organização.

O capitalismo criou uma enorme prosperidade global, mas também deixou para trás demasiadas pessoas e levou à degradação do nosso planeta", afirmou Lynn Forester de Rothschild, fundadora do Conselho e membro da família Rothschild.

No conselho, participam executivos como Ajay Banga, da Mastercard, Brian Moyniham, do Bank of America, Alex Gorsky, da farmacêutica Johnson & Johnson, Oliver Bate, da seguradora Allianz, William Lauder, da empresa de cosméticos Estee Lauder Cos, e Alfred Kelly, da Visa.

Ao longo do seu mandato, papa Francisco tem tecido vários comentários críticos em relação ao capitalismo selvagem, responsabilizando-o pelas desigualdades económicas no mundo e pelas alterações climáticas.

Nota do autor do blog: Notícia que destaco hoje: Que as intenções do Papa não sejam apenas intenções e que correspondam por parte das empresas a práticas de maior equidade distributiva dos lucros, melhor emprego, melhores salários dos trabalhadores.

Fiquem bem

António Esperança Pereira


terça-feira, dezembro 01, 2020

Bombardeamento e Recolher Obrigatório

Foto ilustrativa retirada ao acaso da Internet

Dois poemas de minha autoria que constarão seguramente de publicação futura. Com estes e mais alguns ficarão registados os tempos incríveis por que todos passamos. Tempos estes que não passariam pela cabeça de ninguém que poderiam aparecer assim do pé para a mão. Da noite para o dia. Mas a vida é assim, imprevistos sempre nas curvas do caminho. Este é mais um. Espero que a humanidade em conjunto o consiga ir ultrapassando.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

Bombardeamento


Não não há bombardeamento

É sábado treze da tarde

E num ápice

Nem pinga de movimento

Tudo jaz quedo e calado

Dez pessoas não mais

Isoladas e à vez

Recolhem a suas casas

Têm máscaras na cara

É desconforme o andar

Parecem um tanto assustadas

É tempo de “toca a andar”

Já vão um pouco atrasadas

Isto ás treze da tarde

Sábado Lisboa cidade

Decretado recolher

E não há tempo a perder            

Faz impressão a velocidade        

Nesta fuga sem alarde

Cada um para sua casa

Evidenciando o temor

Sem ocultar a dor

Da solidão que não passa.


António E. Pereira

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Recolher obrigatório

 

Hora de tempo parado

Ninguém nas ruas desertas

Em frente à minha janela

Pululam uns passarinhos

Na árvore nua mas bela

Outono folhas caídas

Outono na minha janela

Outono nos corações

Também nas preocupações

Os dias ficam pequenos

Foram-se do verão ilusões

Agora à porta do inverno

Sem se ver o fim do inferno

Crescem as lamentações.


António E. Pereira


sexta-feira, novembro 27, 2020

Itália sugere perdão da dívida

Banco Central Europeu devia cancelar as obrigações de dívida ou torná-las perpétuas. A opinião é de um dos mais próximos conselheiros do primeiro-ministro italiano. Citado pela agência Bloomberg, Riccardo Fraccaro afirma que "a política monetária deve apoiar as políticas fiscais expansionistas dos Estados-membros de todas as formas possíveis". O secretário do conselho de ministros italiano defende por isso "o cancelamento das obrigações soberanas adquiridas durante a pandemia ou o prolongamento perpétuo da sua maturidade".

Espera-se que dívida da zona euro chegue a níveis de 2014. Portugal é dos países em que a dívida está a aumentar face à riqueza produzida muito acima da média europeia. Mais grave apenas o cenário na Grécia e na Itália.

Rácio da dívida sobre o PIB Euronews



Fornecido por Euronews

O BCE não se pronunciou sobre o apelo do responsável italiano, mas analistas duvidam de uma resposta positiva. O Ministro francês das Finanças já veio sublinhar que o princípio do pagamento da dívida é o princípio do próprio mercado da dívida. Bruno Le Maire lembra que agora é possível "vender obrigações públicas a taxas muito baixas, graças à política monetária do BCE".

Philip Lane, economista-chefe do Banco central Europeu, põe água na fervura. Admite que as dívidas públicas vão ser mais elevadas, mas diz que esta é a resposta certa à pandemia. As taxas de juro muito baixas tornam estes empréstimos sustentáveis. Um cenário muito diferente da crise de 2008.

A presidente do BCE veio entretanto reforçar os rumores de que em dezembro o regulador pode comprar mais obrigações dos estados-membros.

Christine Lagarde quer preservar condições de financiamento favoráveis durante o tempo necessário. Considera que esta é a forma certa de apoiar as despesas das pessoas, para manter o crédito a fluir e para desencorajar despedimentos em massa.

Os governo europeus têm usado a ferramenta para proteger e mitigar os efeitos da pandemia nas economias.

Nota: Notícia retirada da Internet e partilhada aqui no blog.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


segunda-feira, novembro 23, 2020

"Nunca se verá essas pessoas a protestar contra a morte de George Floyd" afirma o Papa Francisco


Breve nota do autor do blog: Pouco tenho a dizer sobre estas declarações do Papa Francisco. Em meu entender esteve bem. Foram declarações proferidas num livro publicado esta segunda- feira. Vale a pena lê-las, muito particularmente os apologistas do "contra o sistema", numa altura em que o "sistema", seja ele qual for, mais precisa de todos. Parabéns ao Papa Francisco por interpretar o bem de todos, pela sua humanidade. Estarei atento à publicação do livro em Portugal.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Fornecido por SIC Notícias

O papa Francisco, num livro publicado esta segunda-feira, criticou os opositores ao uso de máscaras ou outras restrições impostas para conter a pandemia de covid-19, sublinhando que nunca se manifestariam contra a morte do afro-americano George Floyd.

"Alguns grupos têm protestado, recusando-se a manter a distância, manifestando-se contra as restrições às viagens - como se as medidas que os governos devem impor para o bem de seu povo constituíssem uma espécie de ataque político à liberdade individual", lamenta o Papa em "Un temps pour changer", livro de entrevistas que será publicado em francês a 2 de dezembro pela editora francesa Flammarion.

Francisco insurge-se sobretudo contra os que dizem ser obrigados a usar máscara, obrigação descrita como "um abuso do poder do Estado", sem nunca se preocuparem com quem perdeu o emprego ou não tem previdência social.

"Nunca se verá essas pessoas a protestar contra a morte de George Floyd (...) São incapazes de sair do seu pequeno mundo de interesses", acrescenta o papa, de nacionalidade argentina.

A morte de George Floyd

George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu a 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

A partir do momento em que foram divulgadas as imagens nas redes sociais, sucederam-se protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem, bem como noutras partes do mundo.

O papa, muito empenhado na defesa das minorias, considerou na altura "intolerável" qualquer forma de racismo.

sexta-feira, novembro 20, 2020

A mãe casou com o filho do patrão

Nota do autor do blog:

Tomei a bica num Centro Comercial de Lisboa, perto de quem se entretinha passando os olhos pela Revista TV Guia. Apesar da distância legal totalmente respeitada no local, deu para espreitar um pouco a revista "fofoqueira" e perceber o peso que tem na nossa sociedade uma locutora que dá pelo nome de "CRISTINA" . Bom, pensei eu, quanto à leitura da revista até achei uma boa opção, já que tudo o resto é pandemia e/ou negociatas da bola. Só me espantei com cifrões remuneratórios que desconhecia, praticados pelas televisões a certos profissionais, designadamente à famosa Cristina. Que até já é acionista da TVI...
Por tudo isto, resolvi também alimentar a coscuvilhice, em tempos tão difíceis, nem fará bem nem mal, antes pelo contrário.
Partilho HOJE uma notícia sobre "o apresentadora" (assim está na notícia) do famoso GOUCHA.

Um facto que surpreendeu o apresentadora, que só há pouco tempo ficou a saber que os pais casaram às escondidas.


Manuel Luís Goucha está agora a descobrir factos desconhecidos sobre a sua história e história da sua família. Recentemente, em conversa com a mãe, que tem atualmente 97 anos, o apresentador ficou a saber que os pais casaram às escondidas.

"A família do meu pai, os Gouchas, não concordaram com o casamento da minha mãe com o meu pai. A minha mãe é mais velha que o meu pai, o meu pai tinha 20 anos e a minha mãe 29", contou o apresentador no 'Você Na TV' desta sexta-feira.

"O meu avô era dono do salão de beleza onde a minha mãe trabalhava. A minha mãe apaixonou-se e casou-se com o filho do patrão", relatou ainda, dando conta de que os pais "casaram às escondidas" e só depois de casados assumiram a união. "Resultado? Foram despedidos", relatou o apresentador da TVI, explicando que também o pai trabalhava no mesmo salão como gerente.

O casamento dos pais de Manuel Luís Goucha, recorde-se, acabou por durar poucos anos. Ambos decidiram seguir caminhos separados.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

domingo, novembro 15, 2020

Portugal recolhido este fim de semana

Nota do autor do blog:

As coisas estão feias, que é o mesmo que dizer "a pandemia está aí para durar". Vemo-nos confrontados com uma segunda vaga que parece não querer ficar atrás da primeira em matéria de gravidade; as soluções eficazes são poucas. O confinamento, a perda de liberdades, o cansaço, etc. levam ao desespero Todos temos razão quando nos queixamos, mas em boa verdade se diga que o culpado desta feita é um ser invisível que tarda em debandar. Essa invisibilidade do inimigo agrava a luta global. E, sem uma vacina e/ou um tratamento eficaz, resta continuar a luta desigual, que é de todos, e manter a esperança que o novo dia pós-pandemia chegará!!!

Transcrevo abaixo uma notícia atual sobre a pandemia.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

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Portugal recolheu durante o fim de semana e as principais cidades do País ficaram praticamente vazias. A partir das 13h00, as ruas habituadas ao movimento e à agitação ficaram desertas, sombrias e despidas de pessoas. Mesmo assim, muitos foram os que estiveram fora de casa, a trabalhar. Num momento tão difícil e importante para todos, alguns profissionais da SIC registaram e partilharam imagens do primeiro fim de semana de recolhimento: a trabalhar na redação ou em teletrabalho, ou simplesmente a ocupar o tempo de variadas formas.

Logo durante as primeiras horas de confinamento, as cidades ficaram praticamente vazias. Lisboa foi uma delas. Quem ainda circulava a pé levava normalmente o passo apressado. No domingo, o cenário voltou a repetir-se.

Portugal com mais 76 mortes e 6.035 casos de Covid-19 nas últimas 24 horas

A Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou no boletim diário deste domingo que há mais 76 mortes e 6.035 novos casos de Covid-19 em Portugal.

Nas últimas 24 horas estão mais 2 doentes internados nas Unidades de Cuidados Intensivos, totalizando 415. Em relação aos internamentos em enfermaria estão 2.929 pessoas internadas, mais 131 do que no sábado.

A DGS revela que estão ativos 88.854 casos de infeção, mais 3.410 do que no sábado. Foram dados como recuperadas mais 2.549 pessoas, totalizando 125.066 desde o início da pandemia.

As autoridades de saúde têm agora sob vigilância 94.604 pessoas, mais 2.668 nas últimas 24 horas.

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Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...