Nosso comentário:
Não é preciso gostar-se de Karl Marx para se ler Karl Marx ou algo sobre o pensamento do ilustre e incontornável Karl Marx (goste-se ou não, repito)
A Editora Antígona lança uma obra assinada por Karl Korsch, onde é estabelecido uma espécie de debate das várias vertentes do pensamento de Karl Marx.
Um debate sempre apaixonante, até porque algumas interpretações do pensamento de Marx, podem não ser bem o que parecem.
Convém ler quem sabe e nos faz questionar e descobrir algo que parecia velho mas, vistas bem as coisas, pode de repente constituir novidade.
Aconselha-se a leitura do resumo da presente obra, apresentado abaixo, pois fica-se elucidado sobre o teor da mesma.
António Esperança Pereira
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KARL MARX
Karl Korsch
TRADUÇÃO Gilda Lopes Encarnação
INTRODUÇÃO Michael Buckmiller
ILUSTRAÇÃO DE CAPA Luís Henriques |
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Publicada em 1938 e reelaborada no final dos anos 50, a presente obra é uma análise sistemática dos grandes temas do pensamento marxiano, por uma das figuras cimeiras do marxismo ocidental. Em capítulos que se tornaram referências imprescindíveis — como os consagrados ao fetichismo da mercadoria e à especificação histórica —, Karl Korsch estabelece um fértil debate teórico com a obra de Karl Marx, versando a crítica da economia política e a sua concepção de História e de sociedade, a noção de marxismo como ciência social e as interpretações erróneas de muitas das suas premissas. Estimulante panorâmica dos fundamentos da teoria e prática marxistas, este livro é um valioso contributo para a continuada discussão em torno de Marx e um útil instrumento para pensar a nossa época.
Karl Korsch (1886-1961) é um dos autores marxistas mais importantes do século xx e destacou-se pela publicação de Karl Marx e de Marxismo e Filosofia (1923), cujo estatuto é comparado ao de História e Consciência de Classe, de György Lukács. Doutorado em Direito pela Universidade de Jena, desenvolveu uma intensa actividade política, sobretudo entre os movimentos anarco-sindicalistas e no meio do comunismo de conselhos, que culminaria, em 1926, na sua expulsão do Partido Comunista Alemão. Dedicou-se então a ciclos de palestras sobre Marx e a condição operária, aos quais assistiria Bertolt Brecht, seu grande amigo até ao fim da vida. Em 1933, depois do incêndio no Reichstag, fugiu da Alemanha e fixou-se em Inglaterra, na Dinamarca e, por fim, nos EUA, onde trabalhou no Instituto de Investigação Social, em Nova Iorque. Voz dissidente, legou-nos extensas reflexões sobre o marxismo e uma obra regida pelo combate ao dogmatismo e à alienação.
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