sábado, novembro 25, 2017

Agarre-a bem, gritei!!!


Nota do autor do blog:

Porque hoje lembrei muito a minha terra natal, porque falei muito dela, resolvi pescar uma memória recente aqui do blog, acontecida naquelas bandas. 
Escolhi uma memória que é pedagógica, pela temática que encerra, e exatamente porque é passada em lugares que me viram nascer e crescer.


Uma memória de 26.09.2015
Agarre-a bem, gritei!!!

Após uma viagem de saudade a terras nortenhas, designadamente à terra onde nasci, não resisto em partilhar um percalço que me aconteceu e que de certo modo alterou alguns planos. 
Contarei em breves palavras o percalço ocorrido a cerca de 400 quilómetros de Lisboa (onde resido) 
Serve o mesmo de aviso a todos nós que andamos nas estradas e nem sempre somos atentos e presentes naquilo que fazemos.
Aí vai: 
Aconteceu que deixei a chave do carro, que é um pequeno bloco com os comandos da ignição e das portas, fechada na mala do automóvel. Ou seja. fechei a mala com ela lá dentro.
Eu encontrava-me no distrito da Guarda, num ermo isolado sem casas nem pessoas , entre Vilar Formoso (fronteira com Espanha) e Pinhel (cidade do nordeste português)
Na circunstância, resolvi chamar o ACP (Automóvel Clube de Portugal) para me ajudar a resolver o problema.
Chave encerrada na mala, eu sem conseguir sair do local. Nada podia fazer.
Aguardei então pelo apoio que solicitara via telemóvel (cerca de uma hora) o técnico lá me encontrou na berma da estrada. 
Inteirou-se da situação e a coisa não foi fácil.
Foi com a  ajuda de umas almofadinhas insufláveis (processo que eu desconhecia) que se tentou aliviar a chapa e assim alcançar a tão desejada e indispensável chave dos comandos do carro.
Para complicar, esta encontrava-se entalada na parte superior, entre a borracha isolante e a chapa. 
Ante a dificuldade, há um momento em que o técnico, que, tal como eu, já desesperava com a delicada operação, queria optar por rebocar o carro por não querer arrombar o dito a assim danificar o veículo. 
Foi então que felizmente se deu pela localização exata da chave, tendo eu próprio visto pela fresta então aberta pelas almofadinhas, a sua parte cromada. 
"Espere, está ali". Gritei entusiasmado.
O técnico prontamente se debruçou, e com os dedos conseguiu logo agarrá-la. Aí eu, que já temia uma solução pior, voltei a berrar: 
"Agarre-a bem".
Ele assim fez e não tardou a exibi-la no ar como se de um troféu se tratasse.
A chapa não tinha amolgado, tudo estava direitinho.
Finalmente fazia-se luz no problema, aliviava-se a tensão e havia novamente carro e transporte que tivera perdido por mor do descuido de fechar a mala com a chave do carro lá dentro.
Para mim fica a lição, para os leitores, fica o aviso.
Ainda bem que há telemóveis e serviços eficientes ao automobilista em viagem.
Desejo a todos a continuação de um excelente fim de semana.

Fiquem bem

António Esperança Pereira 

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