Portugal está de boa
saúde.
Não conseguiu apenas atingir um
défice invejável.
Não tem apenas um melhor
controle das finanças públicas.
Não tem apenas uma mais justa reposição da legalidade distributiva dos rendimentos.
Não tem apenas o maior
crescimento económico dos últimos tempos.
Tem também o título de
campeão europeu de futebol. Uma paz social invejável. Uma autoestima que
finalmente vai saindo do lixo anterior.
Apesar de tudo isto, e
muito mais que isto ser verdade, de poder e dever causar alegria e até orgulho…
Não!
Uma catástrofe, coisa do outro mundo que ninguém deseja, de causas acentuadamente
naturais, dantescas e altamente imprevisíveis, que enlutou todos os portugueses,
serviu logo de mote a uma animação mórbida da oposição de direita.
Tudo está mal. Há que
apurar responsabilidades. Há que demitir. Há que investigar. Há que derrubar. Há
que prender. Há, em suma, que ocupar o poder.
Tudo é aproveitado ao
pormenor para desvirtuar esforços, valências de todos quantos de uma ou de
outra maneira se empenharam arduamente para anular ou pelo menos minimizar os
efeitos da catástrofe de Pedrogão Grande.
A comunicação social
junta-se sempre à festa dessa gente, à festa do país do quanto pior melhor.
Como que não sabemos viver
felizes no nosso país. Como que os 40 anos de ditadura do antes do 25 de Abril,
nos convenceram de uma condenação deste povo a um atraso e pobreza fatídicos.
Crença essa que mantém
vivos os ideais de que só há país para uns poucos. Que só para eles pode haver
lugar à prosperidade, bem-estar e vida boa.
Os outros que se amanhem,
que emigrem, que morram.
Não consigo entender uma
tal gente.
Todavia, e apesar dos
trágicos incêndios de Pedrógão Grande, ainda bem que as boas notícias continuam
neste país.
A prova-lo e para entristecer
os abutres e aves agoirentas, quando eles já adivinhavam um regresso da
campanha da Rússia de uma seleção nacional de futebol, derrotada e com o rabo
entre as pernas…
Quando aguardavam mais um
desaire a juntar a outras atoardas que não param de inventar, aumentar e
propagar….
A verdade é que apenas uns
infelizes penalties impediram os bravos rapazes de estarem presentes na final
da Taça das Confederações.
Mesmo assim, conseguiram com
a vitória de hoje sobre o México, cheia de garra e querer, um excelente
terceiro lugar a nível mundial.
Portugal deu hoje mais um
passo para entristecer esses Andeiros, esses "bota abaixo" que só estão bem a
dizer mal do seu país.
Nunca saberei porquê.
Porque fazem eles isso?
Mas bem podem esperar
sentados os entristecidos, os do quanto pior melhor, os dos sonhos de antanhos
medíocres, saloios, obscurantistas e pidescos, para que o poder lhes caia nas
mãos depois dos escombros por eles legados.
O povo português tem
memória, sabe bem distinguir quem é quem.
Pois que viva Portugal neste dia de
mais uma alegria nacional, uma vitória saborosa sobre o México, lugar no pódio
da nata do futebol mundial.
Parabéns aos jogadores portugueses
e demais responsáveis pela seleção que hoje tão bem representaram Portugal em
Moscovo.
Fiquem bem
António Esperança Pereira
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