Nosso comentário:
Alguém que esteve comigo ontem mesmo, confrontou-me, no meio de conversa havida, com o que se passara no Brasil no passado Domingo. Ou seja, a votação "a favor" ou "contra o "impeachment" da Presidente Dilma Rousseff.
Eu por acaso, já que se tratava de um país da importância do Brasil, a que nos ligam afetos intermináveis, tinha estado atento e presenciei a par e passo os acontecimentos a que ele se referia.
Respondi-lhe por isso que sim que tinha visto.
Logo ele retorquiu:
-Então e desta vez, tu que escreves tanto, não disseste nada?
Dado conhecer as ideias do próprio, embora de política não falemos muito, do seu alinhamento político, etc. percebi logo que queria que eu tivesse escrito um panegírico à vitória dos "libertadores" ou qualquer coisa parecido (!!!???)
Ora, eu que tivera visto a votação em direto, deputado a deputado, que fora deprimido para a cama depois de ver o espetáculo bizarro e sombrio que os senhores deputados iam dando à medida que votavam...
Eu que ficara quase sem pio com a maneira intimidatória com que os deputados iam falando entre algazarras e apupos, alguns deles exprimindo-se num tom de tal maneira agressivo que faziam lembrar os tempos macabros e pidescos de Portugal e os tempos do Brasil da ditadura...
Fiquei literalmente sem opinião.
Como poderia eu alinhar, escrever, empolgar-me, com uma situação daquelas, fazer um panegírico a algo que não só me chocou como me surpreendeu amargamente pela negativa?
Quem são os maus? quem são os bons? que alternativa se viu ali? o que muda,se mudar?
Daí que a melhor resposta para a situação confusa e enviesada que se vive no nosso querido Brasil, a quem desejo prosperidade, paz, democracia e liberdade, encontrei-a numas palavras atribuídas a Fernando Pessoa:
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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