Nosso comentário:
Guardei para hoje a minha visita "oficial" à Feira do Livro de Lisboa sita no Parque Eduardo VII.
Porquê?
Como divulguei aqui no blogue uns dias atrás estava marcada para hoje a apresentação do livro " Myanmar - O milagre de viver sorrindo " da autoria de Armando Cardoso:
Deixo os pormenores sobre o evento para a reportagem a ele alusiva.
Para mim, para além do evento impecável e concorrido, contou sobretudo o abraço, a presença, a alegria de ver o Armando com o mesmo entusiasmo com que o fazia em outros tempos quando chegavam as férias e estávamos apartados em cidades diferentes.
O Armando é um daqueles amigos que "não precisarei de estar com ele para estar com ele". É para mim um amigo sem reservas, inquestionável, incondicional.
A sala do Auditório estava repleta de gente simpática, sã e culta.
Destaco todavia, em dia de emoções, um pormenor sentimental, a presença de outro amigo, o Carlos Baptista, conversador nato, conhecedor de meio mundo.
Actualizou-me sobre amigos e amigas de outros tempos, emocionei-me ao relembrar tanta gente bonita dos tempos de "Pinhel em flor", da nossa juventude. Gostei de saber que se lembram de mim e falam de mim quando se encontram.
Disse-me ainda que sua mãe, ao tempo uma ilustre professora do Colégio de Pinhel, se encontra com 89 anos de idade e bem de saúde.
Que bom, mandei por ele um beijo para ela!
PS. Fiz um poema aos amigos e amigas desses tempos a que chamo "Pinhel em flor" que partilho hoje aqui neste dia especial.
Tenham um excelente fim de semana,
António Esperança Pereira
“Amigos para sempre”
ou "Pinhel em flor"
Não posso voltar lá onde
Amigo amiga companheiros
de loucura
Tudo acontecia em formato
de lonjura
Em que nem se percebia
que um dia
O sol se esconde
Caminhos diversos cada um
para seu lado
Nada quase nada de vós
sabia
Hoje sei após mil anos
apartado
Que sinto por vós uma
união tão forte
Como então sentia
Noites de insónia de
revolta partilhadas
Também de amor de amizade
na aventura
Fomos heróis sem o saber
no jeito na ternura
Na ilusão na realidade da
vida
De mãos dadas
Os sonhos a teimosia o
tempo de crescer
Os golpes contra-golpes do
caminho
Apenas viajámos meus
amores sem o saber
Saímos para voar depois
voltar
Ao mesmo ninho
Apenas crescemos porque
tínhamos que zarpar
Pede a vida este esforço
em seu viver
Podemos no entanto agora
ver
Que cada um não perdeu
O seu lugar
Director mineiro
professor
Bailarina doméstica
presidente
Fica de nós o melhor mais
saliente
Lili Natália Carlos Zé
Ana Mandito Paulo ou Tó…
Um rol de nomes de um
tempo
Sempre em flor
Encontro desencontro aqui
ou na eternidade
Andaremos por aí
Coração com coração
Seremos férias livros
vindimas verão
Energias juvenis num
tempo
Sem idade.
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