Nosso comentário:
Sem qualquer intuito de comparações entre o Portugal de então, o de D. Manuel I e o Portugal que agora temos, porque são situações distantes no tempo, por isso mesmo de difícil comparação...
Quero todavia aproveitar o texto abaixo para encher de vergonha os que ora nos governam.
Gente sem ambição, nem saber, nem jeito para a "coisa política". Gente que ao invés de levar aos outros, ao mundo, a valia do seu povo, de o promover, de o enaltecer, só dele diz mal, só o quer ver pobre, dividido, mal tratado, empobrecido.
Tiro o chapéu a D. Manuel I e ao seu tempo. Um Povo de exígua população, rude, mas orientado no sentido correto do seu tempo, que fez com que meio mundo parecesse ou fosse mesmo português.
Agora, "ilustres financistas e economistas" (?!) deixam afundar um país de nome Portugal, um país evoluído, com gente culta e valiosa, gente de saber, fazendo uns emigrar, outros morrer, outros desesperar, por falta de um mínimo de brio, de inteligência, de visão, em suma, de qualquer engenho e arte.
Acagaçam-se mais estes ante o mundo, com submarinos modernos, companhias de aviões, frotas de carros de marca, bolhas de imobiliário, bens de luxo indescritíveis, fatos de bom recorte, finas as gravatas, do que aqueles outros do tempo de D. Manuel I que em toscas caravelas, burros e tamancos, ousavam "botar figura e fazer fortuna".
Caros leitores, depois de falhanço após falhanço, de vergonha após vergonha, a última das quais um leilão de património cultural português que só não se realizou por a leiloeira inglesa duvidar da "legalidade e clareza do negócio", anunciam os ilustres governantes do ano de 2014, uma rifa de carros de marca.
A dita rifa visa promover o contribuinte mais bem comportado e que peça com denodo e afinco todas as faturas daquilo que for consumindo.
É evidente que até neste pormenor se vê logo quem serão os premiados mais prováveis da lotaria de carros de marca a promover pela governação...
Este é na realidade o país surrealista que temos em 2014!
Abaixo podem ver um texto que dá um cheirinho, ressalvadas as devidas proporções das duas épocas, da diferença do país que tínhamos em 1500 e do que hoje temos.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
"A
Embaixada de D. Manuel I ao Papa Leão X"
Depois da descoberta do caminho
marítimo para a ÍNDIA em 1500, o Rei D. Manuel I, em 1513 enviou uma faustosa
Embaixada ao Papa. O objectivo era reiterar a obediência do Rei ao Papa Leão X .
A embaixada era composta por mais de cem (100) pessoas, chefiada por Tristão da
Cunha, nomeado em 1505 primeiro governador da Índia. O rei D. Manuel mandou
presentes magníficos: pedras preciosas, tecidos de veludo, jóias, um cavalo
persa, uma onça, um elefante branco que fazia inúmeras habilidades. A Embaixada
fez sensação, tanto pela riqueza como pelo exotismo. As ruas de Roma por onde o
cortejo passava estavam cheias de curiosos. O Papa recebeu o cortejo no Castelo
de Santo Angelo. O elefante branco, cujo nome era Hanno, era o encanto de todos
quantos o viam. O elefante quando chegou junto do Papa ajoelhou-se três vezes
em sinal de reverência e depois, obedecendo ao seu tratador indiano aspirou
água de um balde com a tromba e espirrou-a sobre os cardeais. O elefante tornou-se
o favorito da corte Papal e até participava em procissões. Hanno acabaria por
morrer em Roma, após dois anos, pois não se adaptou ao clima, tão diferente do
seu habitat natural. Quanto ao nosso Rei D. Manuel conseguiu com esta
Embaixada, obter várias bulas papais.
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