
No guia Lonely Planet"s Best in Travel 2011, a editora classifica a Lello, fundada em 1906, como "uma pérola de arte nova", que se mantém como uma das livrarias - e talvez mesmo uma das lojas - "mais espantosas do mundo".
Na descrição que faz do seu interior, destaca "as prateleiras neogóticas" que fazem mesmo concorrência aos livros na atenção dos visitantes, mas também a decoração nas paredes com os bustos esculpidos de escritores portugueses, além, claro, da "escadaria vermelha em espiral" que leva os clientes até ao primeiro andar e que parece "uma flor exótica". O trilho e o carrinho para o transporte dos livros e a pequena cafetaria no primeiro andar, de onde se vê a luz do dia filtrada por coloridos vitrais, são outras notas deixadas aos leitores deste que se tornou já num dos mais populares guias de viagem em todo o mundo.
No top ten agora divulgado pela Lonely Planet, logo após a Lello surge a Shakespeare & Company, em Paris, seguindo-se a Daunt Books, em Londres, a Another Country, em Berlim, a The Bookworm, em Pequim, a já citada Selexyz Dominicanen, em Maastricht, a Bookàbar, em Roma, e, na décima posição, a Atlantis Books, em Santorini, na Grécia.
Bom, depois desta excelente notícia que engrandece a cidade do Porto e os portugueses em geral, deixo um "texto/história" com o título: "LIVRO AMIGO"
O mesmo faz parte de uma colectânea de textos "ERA UMA VEZ..." destinada a um público mais jovem, mas qque todos podem ler. Pode ser vista no meu link da Bubok editora em: http://lusito.bubok.pt
LIVRO AMIGO
A Marta não gostava de ler. Sempre amarrada à televisão, acabava por se aborrecer sem saber porquê.
A mãe dizia: " Marta, lê um livrinho; há histórias tão bonitas..." mas qual quê, ela não queria saber. Mal saía da escola ia logo correr sentar-se em frente do televisor.
"Marta, já fizeste os trabalhos da escola"? Perguntava a mãe, preocupada. Ela nem respondia, sempre com os olhos pregados no ecrã.
Mal acabava a refeição, que digeria à pressa, não dizendo uma palavra a não ser quando os pais lhe perguntavam qualquer coisa, voltava para o seu lugar preferido: em frente da televisão.
Não brincava, não ligava aos amigos, tinha deixado de se interessar fosse com o que fosse.
Um belo dia, porém, o conjunto de livros de leitura das estantes dos pais, que assistiam preocupados à obsessão de Marta, resolveram unir-se.
Organizaram uma festa de arromba: havia foguetes no ar, mesas com lindas toalhas bordadas, muitos meninos e meninas a correr e a saltar pelo jardim. A música enchia por completo as cúpulas das árvores em redor.
Havia um largo sorriso no rosto de Marta e, um livro bonito com muitas ilustrações, tornou-se o seu melhor amigo.
Que alegria! Que encanto! A vida parecia que começava ali.
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In "ERA UMA VEZ..." de António Esperança Pereira, Bubok Editora
http://lusito.bubok.pt
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Oxalá tenham gostado. Desejo a todos uma excelente semana,
afectuoso abraço,
António E. Pereira
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