
Muros em redor
do território
protegem o interior
do intruso
supostamente ameaçador
por outro lado
assim fechado
se nada vem do exterior
que faça mal
também nada vem
que faça bem
fecham-se as aldeias
as nações
os continentes
os grupos as organizações
as pessoas mais tementes
parece com tais muros
ficar mais defendida a pessoa
a nação
a cultura a religião
mas não
com o tempo
criam-se mofos tais
no isolamento
ausência de comparação
que não tarda a aparição
de caciques locais
obsoletos
diabos interiores
que nos roem
até os esqueletos
quem quiser viver
tem de se abrir
experimentar ouvir
amar sofrer
dar receber
compreender-se
a conviver
só assim se pode caminhar
escolher
a nível regional nacional
ou pessoal
se pode
em minha crença
tirar a pessoa os grupos
a humanidade
de guetos receosos
nebulosos perigosos
deixados lá
por interesses velhos
de outra idade
Olá amigo Antonio,
ResponderEliminarAo ler mais essa bela poesia percebi que se parece muito com a realidade no Brasil - temos nos fechado para nossa segurança, porém, acabamos ficando prisioneiros disso. Espero que em breve essa situação mude.
Grande abraço.
Iúri obrigado pelo comentário. Realmente pode por vezes dar jeito à pessoa, à região, à nação fechar-se um pouco para fazer um balanço. Porém fazê-lo em atitude dogmática nunca é uma boa opção.
ResponderEliminarUm abraço