
Frio Dezembro
folhas caídas
corpos tapados
horizontes desolados
branco cinzento
quase que neva
no sopro de vento
que vem de Castela
foi de lá que eu vim
raia bem perto
nevava gelava
quando o inverno arribava
havia natal
um cheiro a lareira
poucas as vozes
na pequenez do local
um vazio gélido
noite geada
em tão longe sítio
natal consoada
mesmo assim…
que bem sabia
bolo rei coscurel
filhós doçaria
na fantasia
da criança de mim
doce como mel
encostava o nariz
na janela embaciada
fria
e nela desenhava
letras nomes
depois apagava
como que vivia
já então
entre o amargo
e o doce
entre o inverno
e o verão
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