terça-feira, dezembro 15, 2009

Frio Dezembro


Frio Dezembro
folhas caídas
corpos tapados
horizontes desolados

branco cinzento
quase que neva
no sopro de vento
que vem de Castela

foi de lá que eu vim
raia bem perto
nevava gelava
quando o inverno arribava

havia natal
um cheiro a lareira
poucas as vozes
na pequenez do local

um vazio gélido
noite geada
em tão longe sítio
natal consoada

mesmo assim…

que bem sabia
bolo rei coscurel
filhós doçaria
na fantasia
da criança de mim
doce como mel

encostava o nariz
na janela embaciada
fria
e nela desenhava
letras nomes
depois apagava

como que vivia
já então
entre o amargo
e o doce
entre o inverno
e o verão

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