Brincavas com o corpo desnudado
envergonhado
olhando todos os lados
para ver se alguém te via
os dias são largos
o futuro incerto
e matar o tempo com algum prazer
é tão humano
como aceitar a própria vida
agradece o rubor envergonhado
o tempo bom assim passado
louva o teu corpo
por ser o teu mundo mais á mão
quando tudo fica negro longe
sorri ou se puderes ri mesmo
em vez de te culpares
se o corpo te ajuda assim
sem nada te pedir
te dá tanto no tanto que lhe pedes
por jornada
o teu corpo é mesmo um grande amigo
em vez de lhe inventares não perfeição
coisas assim que parecem verdadeiras
no mundo da “razão”
ajuda-o a ajudar-te trata-o bem
tens algum amigo assim tão disponível
generoso(?)
Olha que não
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