sábado, março 24, 2007

tradição sem sonho

Qualquer coisa em ti fez despertar
cantos de mim tão escondidos
reprimidos
que nunca sequer os vi
ou percebi
não sei onde andei
onde me escondi

agora percebo e vejo
ao ver-te aí
bem na minha frente
que estava morto e não vivi

enredado no escuro
preto e branco
capote cinzento guerra
ardendo queimado na fogueira
monge clausura sem afecto
em hábito condenado
pardo castanho triste figura

tu janela livre
livro por abrir
vida amor abraço liberdade
mundo de oportunidades

nesta fronteira
afirmo
que contigo darei os meus primeiros passos

não sei o que trago vestido
se estou descalço se calçado
se sou rico se mendigo
se tive ideais
ou se só me equivoquei

só sei
que quero nascer contigo
sair daqui
e amar pela primeira vez

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