Tenha que fazer coisas
ou não tenha
vou na mesma
os passos encaminham-me
eu a eles
quase que esbarro
ao entrar no labirinto
enfrento a confusão
faço o que faço nem sei que faço
tropeço
o ruído instala-se tira-me a voz
cada pessoa aparece desaparece
montra vitrine absorvente
em mundo de ninguém e tanta gente
em sítio prazer miragem baralhada
compras por fazer desejos por cumprir
frustração mais que assegurada
depois de escolher o melhor caminho
de evitar esbarrar mais no movimento
chego enfim a uma clareira
respiro
aliviando um pouco a canga na saída
já lá fora
até o vento forte
me parece brisa suave nas narinas
e as nuvens que ameaçam ruir
e encharcar-me
são bem vindas
no espaço querido no espaço grande
sinto-me de novo vivo
como nos campos que em menino eram distância
e davam ao olhar um perder de vista
mas mais logo ao outro dia
morto de solidão
também por necessidade
ou simplesmente com falta de imaginação
lá volto eu
a meter-me nas filas empurrões
circuitos integrados da civilização
e quanto mais me esforço
por compreender que a vida é isto
o progresso é isto
tão dramaticamente cheio
e tão perigosamente vazio
que me sinto
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olá
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todos os dias falamos de um filme diferente
paula e rui lima