Lisboa, 22 jul 2024 (Lusa) – A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) inicia hoje uma greve geral de dois dias, bem como uma paralisação ao trabalho suplementar nos cuidados de saúde primários até 31 de agosto, acusando a tutela de “intransigência e inflexibilidade”.
“A Fnam não teve outra alternativa. Isto é uma luta na defesa dos doentes e também da nossa profissão, face à intransigência e inflexibilidade por parte do Ministério da Saúde”, disse à agência Lusa a presidente da força sindical, Joana Bordalo e Sá.
De acordo com a dirigente, o Ministério da Saúde não quis acautelar a “questão das grelhas salariais”.
“O Ministério da Saúde (…) atirou isso para 2025 quando nós entendemos que, a par com os temas que eles queriam discutir, tínhamos de iniciar urgentemente a revisão das grelhas salariais”, salientou, indicando que “não foi possível um bom acordo para os médicos estarem no Serviço Nacional de Saúde até à data”.
“Entendíamos que a discussão tinha de se iniciar o quanto antes para estar resolvida até ao fim de setembro para podermos inscrever isto no Orçamento do Estado, mas não foi aceite pelo Ministério da Saúde de todo. E nós entendemos que os temas que eles queriam negociar, apesar de nós termos aceitado, não carecem de estarmos meses e meses – mais de meio ano – a discutir”, sustentou.
Entre as reivindicações da Fnam consta a reposição do período normal de trabalho semanal de 35 horas e a atualização da grelha salarial, a integração dos médicos internos na categoria de ingresso na carreira médica e a reposição dos 25 dias úteis de férias por ano e de cinco dias suplementares de férias se gozadas fora da época alta.
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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