“Compreendi mas não me parece que tenha sido uma atitude refletida. Acho que em todo este processo houve muita precipitação. (...) Do meu ponto de vista, também houve alguma precipitação por parte do Presidente da República ao aceitar à primeira essa demissão. Nós todos nos interrogamos se a informação que depois tivemos com o despacho do juiz, da instrução do juiz, que neste caso foi um juiz das liberdades e que considerou que não devia haver prisões preventivas, se as decisões teriam sido as mesmas ou não."
O ex-presidente da Assembleia da República diz ainda que Marcelo Rebelo de Sousa "podia ter aguardado por mais esclarecimentos da procuradora-geral da República e do presidente do Supremo Tribunal de Justiça", apesar de "calcular" que "a posição do primeiro-ministro também fosse irredutível".
"Mas podia ter tentado mantê-lo durante mais uns dias até que houvesse uma clarificação por parte dessas instâncias. Não o fez. Eu não conheço as circunstâncias diretas da conversa entre os dois e, portanto, não quero desenvolver muito esse tema. Acho que foi tudo excessivamente rápido. Excessivamente rápido. Compreendo quando se está debaixo de pressão, como estava o primeiro-ministro com as tais buscas ao seu gabinete e com as fugas de informação que houve sobre a questão da amizade, sobre essas buscas, que tivesse ficado com muita vontade também de rapidamente deixar à justiça o que é da justiça, mas ter-se-ia ganho em ter havido um pouco mais de revelação."
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UM PAÍS SUBMISSO - PORTUGAL DA TROIKA | António Esperança Pereira (bubok.pt)
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