Nota breve do autor do blog: Faz tempo já que a pandemia COVID19 nos apoquenta. Mais do que apoquentar, consegue mexer com tudo o que a vida era até antes dela. Tivemos que nos ir adaptando a uma nova maneira de fazer tudo. E são alguns pormenores dessa nova maneira de se fazer a vida que vêm inspirando algo do que escrevo. Hoje é mais um texto desses que partilho no blog, em que sucintamente tento retratar coisas do dia a dia lixado que passamos a ter. Oxalá esta onda nos deixe o mais depressa possível, e que as vacinas possam ser uma preciosa ajuda na cura do pesadelo. Que assim seja!
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
Vida atribulada
Ás
vezes quase se arrebenta
Remexe
e muito a mona
Com
tanto confinamento
Por
necessário que seja
Confesso
que não aguento
Tenho
de vir escrever
Debitar
no exterior
O
que sobra no interior
Tudo
feito à pressa
A
comer e a beber
A
vender e a comprar
A
fugir de que se gosta
Corrido
de onde estou
E
mesmo sem estar em guerra
É
hora de recolher
Entope-se-me
a garganta
Na
pinga de água gelada
Na
fila onde inda estou
Vem
alguém em contramão
Logo
se arma discussão
Na
fila assinalada
É
peão e mais peão
Tudo
de cara tapada
Ai
que vida atribulada!
António
E. Pereira
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