Mais uma personalidade mediática, desta feita o conhecido músico Pedro Abrunhosa, a perder o verniz, como se costuma dizer, e a saltar em cima da governação.
Não espanta que tal aconteça com cada português, mais ou menos mediático, à medida que as condições de vida das pessoas em particular e do país em geral se forem degradando.
A mais recente e inacreditável afirmação pertence a um ataque despudorado ao SNS (Serviço Nacional de Saúde) aparecendo um secretario de estado a dizer às pessoas veladamente para evitarem utilizar esse mesmo serviço nacional de saúde.
Incrível!
Diz ele, esse secretário de estado, que as pessoas devem evitar ficar doentes, apostando para isso na prevenção, poupar-se-ia imenso com isso.
Senhor secretário de estado, poupe-nos com semelhantes afirmações nesta fase ok?
Afirmações que no contexto em que vivemos são no mínimo disparatadas e abusivas.
Como disparatado é este ataque, no âmbito da cultura, à Casa da Música da cidade do Porto.
Ataque este que vem indignando as gentes ligadas à cultura como é óbvio mas também a população em geral do país, mormente as residentes no Grande Porto.
Acredite que por essa ordem de ideias, também se poupava imenso e o país ganhava imenso com isso, se governantes como o senhor, sumissem de vez, pegassem nas malas e emigrassem.
Normalmente um edifício para se construir, coloca-se pedra sobre pedra até que, colocada a última pedra, a obra nasce e vive para ser admirada.
O que se está a passar é exatamente o contrário, é pura destruição do que há.
Dizem-nos eles: EMIGREM, SEJAM INCULTOS, VIREM DESEMPREGADOS, ANALFABETOS, NÃO SE TRATEM, MORRAM...
E a gente tem que bater palmas a esta situação?
É este o país de sonho que os que ora lá estão usam como se de um laboratório se tratasse.
Portugal a viver um tempo, estranho tempo este, em que a ordem é para destruir (eles chamam refundar) o que está feito, o legado luso herdado, em dizer mal do que é bom, em fazer o que não deve ser feito.
O lema é empobrecer, emagrecer, desgovernar.
Depois ainda nos dizem, depois de refundados, roubados, vendidos, que vivemos acima das nossas possibilidades.
Que não merecemos tanto. Que não merecemos tantas escolas, tantos hospitais, tantos serviços sociais de qualidade.
Por favor, poupem-nos a tanto desatino, a tanta falta de esperança.
Como Pedro Abrunhosa diz, e muito bem, a nossa única esperança já só é que este governo se demita.
Fiquem bem,
https://www.bubok.pt/autores/lusito
--------------------------------------------------------------------------------------------------------Casa da Música
"Receio que a transformem numa igreja ou num shopping"
por Lusa, publicado por Luís Manuel Cabral
Pedro Abrunhosa, músico Fotografia © João Manuel Ribeiro - Global
Imagens
O músico Pedro Abrunhosa considerou hoje
"absolutamente compreensível" a demissão da administração da Casa da Música,
instituição cujo futuro "está comprometidíssimo" e que teme ver privatizada,
afirmando que a "única esperança" que tem no Governo é que "se
demita".
Todos os membros do conselho de administração da Casa da Música (CdM), no
Porto, renunciaram na terça-feira aos respetivos mandatos, devido aos cortes
anunciados pelo Governo para 2013, nas transferências de verbas para a
Fundação.
Contactado pela agência Lusa, Pedro Abrunhosa considerou que "a demissão é
absolutamente compreensível porque já é uma questão de dignidade", esperando que
"a programação da Casa da Música não vá ficar afetada e que se encontre uma
solução rápida".
"Eu com este Governo não tenho nenhuma esperança. A única esperança que eu
tenho é que o Governo se demita", disse, criticando o "orçamento ridículo e
insultuoso para todos os portugueses" destinado à Cultura.
O compositor foi mais longe: "eu temo pelo futuro da Casa da Música e não
estou a ironizar. Tenho medo que transformem a Casa da Música numa igreja, num
supermercado, num shopping, num ringue de patinagem. Deste Governo e desta
autarquia eu espero todo o tipo de bandidagem, não espero mais nada".
Por isso, Abrunhosa considera que "o futuro da Casa da Música está
comprometidíssimo porque com esta desorçamentação o apetite sobre a instituição
é muito".
"Tenho medo do que se passa nos gabinetes em termos de voracidade sobre a
Casa da Música. Eu tenho medo da privatização da Casa da Música. Estamos a viver
um momento negro", enfatizou.
Para o músico "a partir do momento em que acabaram com o Ministério da
Cultura começou-se este processo de bandidagem, de depauperação do património
cultural".
"Este Orçamento do Estado, que tem um secretário de Estado da Cultura a gerir
a parte que lhe cabe que é pouco mais de 0,1% e que nem sequer tem assento no
Conselho de Ministros", criticou.
Os administradores da Casa da Música -- incluindo o presidente Nuno Azevedo -
tomaram a decisão, por considerarem que "deixaram de estar reunidas as condições
que, até hoje, garantiram o sucesso da Fundação".
A Secretaria de Estado da Cultura lamentou terça-feira a renúncia dos
administradores da Casa da Música e manifestou empenho na continuação do
projeto.
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