quinta-feira, junho 29, 2017

Queimar as pestanas


Nosso comentário

Aí está uma bela memória que recebi.
Não sei se haverá muitos leitores do blog que tenham "queimado as pestanas" a estudar, como conta o interessante texto que partilho abaixo.
De qualquer maneira, tenham ou não queimado as pestanas a estudar, certamente que muitos serão os que conhecem a expressão.
Isso tenho a certeza.
Claro que os tempos mudaram, hoje em dia felizmente há eletricidade em abundância, a luz da candeia ou da vela para fins de leitura ou estudo praticamente terão desaparecido.
Todavia, há que dizê-lo, não foi assim há tanto tempo que essa mesma eletricidade, agora abundante, se quedava pelos centros urbanos e pouco mais.
De noite, percorriam-se as estreitas, sinuosas, pouco asfaltadas, pouco concorridas, estradas de Portugal, quilómetros e quilómetros sem se vislumbrar uma luz no horizonte.
E acreditem, isso acontecia recuando no tempo apenas uns curtos 50 anitos...
Parece mentira não parece?

PS. Deixo o texto com a origem e significado da expressão "queimar as pestanas"

Fiquem bem

António Esperança Pereira


terça-feira, junho 27, 2017

Prática de desporto, um hábito bom



Nosso comentário:


Para que conste, sem querer maçar familiares e amigos, leitores em geral, aqui fica a minha ficha velocipédica do corrente mês de Junho.
Como é sabido, tento cumprir uma meta a que me propus, de pedalar pelo menos 100 km por mês.
Dado ter já atingido na presente data a meta referente a Junho, fica dela o comprovativo.
Por um lado, para incentivar outros a praticar desporto, por outro para me motivar a mim próprio a não largar tão salutar prática.
Claro que cada um encontrará os seus caminhos desportivos mais indicados.
De qualquer maneira nunca é demais reforçar a ideia de que o desporto é, de todas as práticas saudáveis, aquela que reúne maior unanimidade entre os entendidos na matéria, quanto a benefícios. Por isso mesmo, eu acrescentaria:
"um hábito bom, é sempre um hábito bom".

Fiquem bem

António Esperança Pereira

domingo, junho 25, 2017

Com o rei na barriga


Nosso comentário:

Os tempos dos reis em Portugal começam a ficar bem distantes.
De qualquer maneira a história deixa marcas de todos os tempos e, seja qual for a época, o tempo histórico, as memórias, perduram sempre.
Desta feita, e dentro da rubrica "o saber não ocupa lugar", partilho com os leitores um textinho bem curto que me enviaram.
Trata-se de uma expressão comumente utilizada na língua portuguesa e cujo significado vem exatamente dos tempos da monarquia.
Dado que é domingo e amanhã tem início uma semana de trabalho, um textinho destes, simples e ingénuo, vem mesmo a calhar.
Ensina qualquer coisa de útil e não maça ninguém. Nem o conteúdo, nem o tempo curto que se despende a lê-lo.

Desejo a todos uma boa semana,

António Esperança Pereira



Com o Rei na barriga

A expressão vem do tempo da Monarquia em que as rainhas quando grávidas do soberano passavam a ser tratadas com deferência especial pois iriam aumentar a prole real, e por vezes dar herdeiros ao trono.
Atualmente esta expressão refere-se a uma pessoa que é muito convencida, vaidosa...

sexta-feira, junho 23, 2017

A irracionalidade das criaturas sem penas



Nosso comentário:


Mais uma novidade lançada pela Editora Antígona que tem a amabilidade de me dar conhecimento dos seus lançamentos.
Eu, de quando em vez, não faço mais do que a minha obrigação, ir divulgando alguma de tanta qualidade literária recebida.
Desta vez trata-se do "Manuscrito Corvo" de Max Aub com tradução e prefácio de Júlio Henriques.
Quanto à sinopse da obra, escuso-me a acrescentar algo, pois o estimado leitor poderá mais abaixo ler um resumo minucioso da mesma.
Oxalá apreciem,

António Esperança Pereira


Novidade | JUNHO 2017

MANUSCRITO CORVO

MAX AUB
TRADUÇÃO E PREFÁCIO JÚLIO HENRIQUES

Os homens fazem o que não querem. Para alcançarem este objectivo, tão absurdo em nosso entendimento, inventaram quem mande neles.
Uma das obras mais singulares de Max Aub, Manuscrito Corvo (1955) é o caderno de notas de um certo corvo Jacobo, em que o nosso alado narrador relata, com ironia e em prol da comunidade corvina mundial, as suas impressões sobre a estranha espécie humana. E é num dos «centros culturais de maior nomeada» – o campo de concentração de Vernet, onde Max Aub esteve encarcerado nos anos 40 – que Jacobo perscruta o quotidiano, perplexo com a irracionalidade e os absurdos das criaturas sem penas. Neste tratado sobre a condição do Homem, sobre as suas contradições e supostas certezas, resta ao sagaz pássaro concluir que, depois de tudo observar, o melhor é voar dali para fora.
Mestre do humor negro e do ilusionismo literário, Max Aub Mohrenwitz (1903-1972) nasceu em Paris, filho de pai alemão e de mãe francesa. «Espanhol por decisão e exilado por destino», nas palavras de Juan María Calles, mudou-se para Valência em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, tendo adoptado o espanhol como língua de criação. Em 1942, procura exílio no México, onde viria a morrer. Novelista e dramaturgo, cultivou também a poesia, o conto e o ensaio. É autor de mais de 40 títulos, entre os quais Crimes Exemplares (1957), publicado pela Antígona em 1982. Em toda a sua obra soube unir prosa de vanguarda e comprometimento social, e, com uma assombrosa versatilidade, destruiu fronteiras entre géneros.
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quarta-feira, junho 21, 2017

História da marinha e das navegações

      
CLEPUL, Centro de Investigação da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

O CLEPUL foi criado pelo Professor Jacinto Prado Coelho, em 1975, com o nome abrangente de Centro de Literaturas de Expressão Portuguesa das Universidades de Lisboa. Esta Unidade de Investigação em Ciências Literárias nasceu com o ideário de promover pesquisa e conhecimento inovador sobre o universo das literaturas e suas expressões culturais dos países que falam Português.
O CLEPUL tem 534 investigadores – 293 doutores e 241 mestres e licenciados – distribuídos por 8 grupos de investigação e 5 pólos que desenvolvem, em interacção com uma vasta rede de relações nacionais e internacionais firmadas protocolarmente, pesquisa em diversas áreas das Ciências Literárias e da História da Cultura, desde o Algarve ao Porto, passando pelas Ilhas Atlânticas, desde a Austrália ao Canadá, e mantendo relações privilegiadas com o Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
CLEPUL Marinha
O CLEPUL é um dos maiores centros de investigação em Portugal e o que possui o maior número de jovens investigadores, incluindo bolseiros de mestrado, doutoramento e pós-doutoramento.
A ligação à comunidade é um ponto de honra deste Centro, através de protocolos com autarquias e outras instituições, organização de jornadas, colóquios e congressos, além de apoio editorial e científico.
Grupo 8 – Grupo de Investigação de Tradições Populares Portuguesas Professor Manuel Viegas Guerreiro

Nota do autor do blog: Oxalá a informação hoje divulgada, retirada do OLP (Observatório da Língua Portuguesa) possa ser do interesse de alguns dos leitores ou, quiçá, de alguns dos seus conhecidos e familiares.

António Esperança Pereira


domingo, junho 18, 2017

Impotência ante "a besta"


Nosso comentário:

Deflagrou um incêndio medonho em terras do distrito de Leiria. Uma catástrofe. Há várias dezenas de mortos, outros tantos feridos anunciados.
Estes "fogos de verão", que acontecem em Portugal, um pouco à semelhança de todo o mediterrâneo, acontecem devido a elevadas temperaturas que se fazem sentir na época estival. São normalmente fogos com origem criminosa, ou fruto de um qualquer descuido humano.
Todavia este incêndio pavoroso não foi desses. Até nisso foi diferente.
Teve origem natural.
Segundo fonte oficial teria sido uma faísca que se abateu sobre uma árvore a causadora natural deste terrível pesadelo. 
Alguns concelhos do distrito de Leiria estão num autêntico caos.
À hora a que escrevo estas linhas, esse caos infelizmente continua sem fim próximo à vista. Calor excessivo, ventos fortes com rajadas imprevisíveis, ausência de humidade no ar, estão fazendo horrores a que estamos pouco habituados.
E o incêndio medonho vai galgando terreno, parecendo não haver meios suficientes que consigam parar a "besta".
Nem bombeiros, nem populares, nem aviões, nem helicópteros, nem vontade, nem solidariedade, nem...nem...
Labaredas e fumos espessos sem controlo, assassinos, um autêntico inferno que se montou numa zona extensa que ainda não sabemos ao certo delimitar.
Segundo notícia de última hora, parece que o mesmo se teria expandido ao distrito de Castelo Branco com toda a sua destruição e força.
Que grande desastre!
Oxalá a Natureza acalme sua fúria.
Oxalá as famílias mais atingidas, mais fustigadas, mais martirizadas, consigam recuperar de tamanho pesadelo.
Que tudo seja feito para elas conseguirem minimizar o danos e sem demora.


António Esperança Pereira


sexta-feira, junho 16, 2017

Governo e portugueses de parabéns!


Conselho de ministros das Finanças da União Europeia formaliza decisão anunciada pela Comissão Europeia a 22 de junho. Com a saída do défice excessivo este Verão, o Governo já pode preparar o Orçamento do Estado para 2018 com uma folga adicional.

Audiovisual da União Europeia

O Conselho de ministros das Finanças da União Europeia, conhecido como Ecofin, irá formalizar esta sexta-feira a recomendação da saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE), recomendada pela Comissão Europeia a 22 de junho.
“É esperado que o Conselho Ecofin encerre os procedimentos de défice contra a Croácia e Portugal”, segundo a agenda da reunião a que a Lusa teve acesso.

Fiquem bem

António Esperança Pereira


quarta-feira, junho 14, 2017

Deslumbrante Portugal visto do céu


Breve nota do autor do blog:

De entre os muitos comentários que li ao excelente trabalho que as imagens do video mostram, retirei aleatoriamente três para dar uma ideia do sentimento que inspiram.
Quanto a mim, ante uma tal beleza em movimento, deixei-me simplesmente ir, ao visionar o video. Não pude deixar de partilhar.
Lindíssimo!!!
Espero que gostem,
António Esperança Pereira





Comentário 1 - Um autêntico show da Natureza. Vistas deslumbrantes.

Comentário 2 - A magistral ou magnificente beleza planetária que Portugal exibe em toda a linha, terrestre e marítima, sob a mais bela visão aérea do mundo! Sim, podemos ser narcisistas, pois que sabemos que o nosso Portugal é lindo! Parabéns a todos os que contribuíram para a realização destes magníficos vídeos de soberbas e inolvidáveis paisagens portuguesas; além o seu cunho patrimonial e arquitectónico históricos. Magistral, de facto! Belíssimo!!!

Comentário 3 - Parabéns pelo excelente trabalho, um espetáculo, desde a seleção de imagens, à música. Top! muitos parabéns.

segunda-feira, junho 12, 2017

Santo António e...Lisboa!

Textos e imagem retirados da Internet
Santo António

António é tão amado como Santo que até os italianos o tentam reivindicar para si.
Os livros continuam a afirmá-lo natural de Lisboa, cidade onde terá visto pela primeira vez a luz do dia algures pelos idos de 1190, altura em que os registos de nascimento tinham menos rigidez.
Pensa-se que tenha nascido perto da Sé Catedral, e é ali que se situa o museu que o homenageia o ano inteiro. Primeiro agostinho e depois franciscano, havia de ser frade, estudar teologia, tornar-se doutor da igreja e exercer em Pádua, onde acabaria por morrer. Foi canonizado pouco depois, deixou adeptos por todo o lado onde passou, de Coimbra a Bolonha, e a generosidade da sua figura chegou até a inspirar a recolha de fundos para a reconstrução de Lisboa no pós-terramoto de 1755: um pouco por toda a cidade se ouvia pedir “uma moedinha para o Santo António”, num hábito que se estendeu por muitas décadas e fazia a delícia dos petizes. Assim nasceram os seus tronos, mais ou menos coloridos, com mais ou menos recursos, mas sempre homenageando a figura que a cidade continua a honrar ainda hoje com um feriado e que tanto fôlego dá às Festas de Lisboa.

Santo Popular

Santo António é o santo padroeiro da cidade de Lisboa. É conhecido como o santo casamenteiro, sendo o santo a quem os jovens devem pedir ajuda para arranjar namorada(o) e/ou casar.
Este santo também é conhecido como o santo dos pobres e o santo das coisas e das causas perdidas. Sempre que se perde algo, pode-se rezar ao Santo António em auxílio, para este ajudar a encontrar a coisa perdida.
As crianças podem dar uma esmolinha ao Santo António e pedir proteção e saúde.
Santo António nasceu a 15 de agosto de 1195, em Lisboa, e faleceu a 13 de junho de 1231, em Pádua. Foi assim escolhido o dia 13 para a sua celebração.

Tradições de Santo António

Neste dia é feriado municipal em Lisboa. As festividades da cidade são marcadas pelas marchas populares e pelos casamentos de Santo António (no dia 12 de junho), com a celebração de vários casamentos em conjunto e com os arraiais nos bairros da cidade. Os lisboetas têm por hábito festejar o Santo António nas ruas da cidade enfeitando as casas e os bairros históricos com cores coloridas, colocando manjericos nas janelas. O Santo António faz parte das celebrações das Festas de Lisboa, que se realizam todos os anos em junho.
A tradição manda que no dia de Santo António, os foliões comam sardinhas assadas, caldo verde, pimento assado e broa.

Deixo um cheirinho a marchas populares com duas das que mais gosto.

Vozes: A enorme Amália ( Lá vai Lisboa) e a jovem Beatriz (Marcha da Mouraria)



Fiquem bem

António Esperança Pereira


sábado, junho 10, 2017

Dez de Junho, o Hino Nacional!

Breve nota do autor do blog:

Arrepiante esta letra e esta voz.
No dia de hoje, 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, sem nacionalismos exacerbados, convém lembrarmos ao mundo e sobretudo a nós próprios de que existimos.
Se somos grandes ou não...bom, eu tenho a certeza que sim!
Neste importante dia do ano de 2017, o Presidente da República Portuguesa e o Primeiro Ministro do Governo de Portugal estão junto das Comunidades lusas do Brasil.
Para quem não é indiferente a estas pequenas grandes coisas, "o mundo da Lusofonia", também "mundo dos afetos", que significado enorme tem esta presença portuguesa em terras do imenso Brasil...

Fiquem bem

António Esperança Pereira





Hino nacional de Portugal, "A Portuguesa" para orquestra, com soprano e coro, por ocasião das Comemorações do Centenário da República Portuguesa; 2010. Intérpretes: Orquestra Sinfónica Portuguesa, com o Coro do Teatro Nacional de São Carlos e Elisabete Matos como soprano, sob a direção musical de João Paulo Santos.

Imagem da bandeira: http://www.panoramio.com/photo/32168022

Data: 1890 (com alterações de 1957)
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil

quinta-feira, junho 08, 2017

Pedalando em Lisboa, Portugal


Nota do autor do blog:

Mês de junho bem encaminhado para uma prestação velocipédica à maneira.
Dois percursos percorridos até hoje, dia 8, e estão já cumpridos cerca de 40 km. Muito bom!
Hoje consegui mesmo ultrapassar a fasquia dos 20.000 metros:-)
Do feito apresento os devidos comprovativos. Pena que o "cyclometer" continue a "roubar-me" pedaladas, mas prontos! "ninguém nem nada é perfeito", esta a grande verdade.
Ah, já agora uma palavrinha sobre as ciclovias por onde passo: sentem-se melhorias, creio que tais melhorias beneficiam das muitas obras em curso.
De qualquer maneira nota-se empenho na obra feita. Não só aquele "fazer por fazer", mas sim um "fazer melhor" que se aplaude.
Fiquem bem

António Esperança Pereira





terça-feira, junho 06, 2017

Teste aqui os seus reflexos

Nota do autor do blog:

Aí está um bom exercício para treinar os reflexos. Foi-me enviado por uma leitora, achei interessante, resolvi partilhar.
É simples e dá mais ou menos a ideia de como estão os seus reflexos.
Se à primeira tentativa a coisa não sair como quer, tente mais vezes que, com mais tentativas, dá para tornar a sua "performance" bem melhor.
Posso dizer que a minha primeira vez não foi lá muito moralizadora. Talvez porque me distraí e não tinha percebido a mecânica do teste.
Todavia, logo melhorei à segunda tentativa. Dado o bom resultado obtido, deu até para ficar com o moral mais aconchegado.
Experimente também o estimado leitor, basta clicar no link ao fundo do texto.

PS. partilho tal como recebi...

António Esperança Pereira


Experimentem lá!!!

Ora entrem lá no site abaixo, arranquem com o carro  - carregando na setinha
-  e parem o dito quando vos aparecer o sinal de STOP no écran (premir
qualquer tecla do vosso computador – pode ser o “enter”)..

O programa vai dizer-vos a idade estimada, baseando-se no vosso tempo de reação por comparação com o de jovens de 18 anos.. Poderá também  ver o resultado, graficamente apresentado,  ao fundo.

Quantas tentativas de teste  irão  fazer até chegar à marca dos 18
anos?...Vamos a isso que é divertido!

domingo, junho 04, 2017

Apelo aos senhores responsáveis planetários


Nota do autor do blog:

Chocado mais uma vez com a barbárie que vai por esse mundo fora. Desta vez, a minha solidariedade total e incondicional para com as pessoas inocentes que caminhavam no passeio londrino da Ponte de Londres e que foram atropeladas sem apelo nem agravo.
Sei que há outras vítimas de atos de extrema violência, em múltiplos cantos do mundo, assumindo tal violência as mais diversas formas e feitios.
Sei que é verdade.
Por isso mesmo, embora hoje pense sobretudo nas vítimas inocentes de Londres, o meu inteiro repúdio igualmente por todos os atos bárbaros que sejam cometidos não importa onde nem por quem.
Não encontro explicação dentro de mim para ódios tão radicais e exacerbados.
Que me perdoem os que os praticam se por algum motivo eu estiver a ver mal a vida e o mundo. Mundo que prefiro de diálogo, de concórdia, de abertura, de paz, de entendimento, de amor.
A guerra, a violência, como é sabido, levarão inevitavelmente a mais guerra, a mais violência.
Porquê então insistir no caminho da morte?
É tempo de parar, de cuidar de um presente com futuro, de se saber ao certo que informação, que legado se quer transmitir aos mais novos.
Sob pena de, na confusão global, se esfumar na bruma, no breu da noite, o dom da vida que nos foi dado experienciar.
Resolvam-se de vez os problemas mundiais mais graves em sede própria.
Será assim tão difícil senhores responsáveis planetários?
Vá lá, tentem.
Por favor...

António Esperança Pereira

sexta-feira, junho 02, 2017

Escritora cabo-verdiana Vera Duarte eleita para a Academia de Ciências de Lisboa

Texto e foto retirados do Boletim do OLP
vera duarte


Praia, 31 mai (Lusa) – A escritora e presidente da Academia Cabo-Verdiana de Letras (ACL), Vera Duarte, foi eleita membro da Academia de Ciências de Lisboa, escolha que a própria acredita “abrirá portas” a outros escritores cabo-verdianos.
A eleição, a título pessoal e por unanimidade, de Vera Duarte como “sócia correspondente lusófona” na Classe de Letras da Academia de Ciências de Lisboa ocorreu no plenário realizado a 09 de maio, mas só agora foi divulgada.
“Recebi com grande alegria e com um sentimento de ser algo que me privilegia bastante e que privilegia Cabo Verde” disse Vera Duarte, citada pela agência cabo-verdiana de notícias Inforpress.
A escritora lembrou que a Academia de Ciências de Lisboa é uma instituição secular e que esta eleição irá aumentar a visibilidade de Cabo Verde e dos seus escritores no exterior.
Segundo Vera Duarte, a direção da ACL esteve reunida durante a manhã de hoje, tendo ficado estabelecido que se irá aproveitar esta eleição para aprofundar o relacionamento com a Academia de Ciência de Lisboa, nomeadamente através da assinatura de um protocolo, que deverá abranger cursos de escrita criativa, lançamento de livros e realização de conferências.
Vera Duarte Lobo de Pina, nasceu no Mindelo, 02 de outubro de 1952 é jurista e escritora, e foi ministra da Educação e do Ensino Superior.
Desempenhou funções de juíza conselheira do Supremo Tribunal da Justiça e conselheira do Presidente da República.
Em 1995, recebeu o Prémio Norte-Sul do Conselho da Europa, em reconhecimento à sua luta em defesa dos direitos humanos.
Vera Duarte estreou-se na literatura em 1993, com o livro de poemas “Amanhã Amadrugada” (2008), e seu primeiro romance, “A Candidata” (2003), recebeu o Prémio Sonangol de Literatura.
Entre as suas publicações constam o livro de poesia “Amanhã Amadrugada (1993), “O arquipélago da paixão” (2001), “Preces e súplicas ou os cânticos da desesperança” (2005), Exercícios poéticos Romance (2010), “A candidata Ensaios” (2003) e “Construindo a utopia” (2007).
Em 2016, foi eleita Patrona dos Colóquios da Lusofonia. 

CFF // EL – Lusa/Fim

Fiquem bem

António Esperança Pereira




quinta-feira, junho 01, 2017

Soneto de Frei António das Chagas

Barroco: Foto retirada da internet
Extraordinário soneto do século XVII

No século XVII, época do Barroco, os artistas eram dados a estes jogos.
Às vezes até se ficavam pelos trocadilhos, não curando dos assuntos.
Mas este tem assunto bem recheado de saber.
Soneto, obra-prima do trocadilho, escrito no século XVII por Frei António das Chagas (António Fonseca Soares).


CONTA E TEMPO

Deus pede estrita conta de meu tempo.
E eu vou, do meu tempo, dar-lhe conta.
Mas, como dar, sem tempo, tanta conta,
Eu, que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo,
O tempo me foi dado, e não fiz conta.
Não quis, sobrando tempo, fazer conta.
Hoje, quero fazer conta, e não há tempo.

Oh, vós, que tendes tempo sem ter conta,
Não gasteis vosso tempo em passatempo.
Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta!

Pois, aqueles que, sem conta, gastam tempo,
Quando o tempo chegar, de prestar conta,
Chorarão, como eu, o não ter tempo...


Fiquem bem

António Esperança Pereira


Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...