segunda-feira, maio 29, 2017

Drones e Taça de Portugal



Breve nota do autor do blog:


Nem a propósito, aparece um lançamento da Editora Antígona versando esses objetos que aparecem dos céus como por "milagre", os DRONES.
Afinal o que são os DRONES?
Uma obra de Hugh Gusterson que se afigura de leitura obrigatória.
Quem não reparou no "show" oferecido ontem mesmo no início da Final da Taça de Portugal no Estádio Nacional entre Benfica e Guimarães?
Um homem fardado vindo do céu montando uma "coisa voadora" para ofertar a bola com que se iniciaria o jogo de futebol.
Um DRONE pois então, último grito da tecnologia que coloca desafios nunca dantes enfrentados. Guerra, perseguição, etc.
Mas caro leitor, é melhor conferir no livro de Hugh Gusterson.

Fiquem bem


António Esperança Pereira


Novidade - Maio '17

DRONES
GUERRA POR CONTROLO REMOTO

HUGH GUSTERSON
TRADUÇÃO LUÍS LEITÃO

Uma tecnologia que parece mágica dá aos seus possuidores, que estão a contemplar a cena do céu, um poder quase divino sobre a vida e a morte.

Os drones: esses enigmáticos aviões prateados de cauda invertida, sem janelas nem tripulantes, com ares de «cegueira hermética». Para lá desta imagem icónica, na orla da consciência pública e em menos de dez anos, os drones redefiniram a guerra: tornaram obsoleta a distinção entre campo de batalha e vida civil, afastaram o risco de morte de um dos lados (criando uma assimetria que é a negação do próprio princípio da guerra) e instituíram um direito de perseguição universal.
Drones (2016), percorrendo os pontos de vista de operadores de drones e suas vítimas, políticos e activistas, estrategas e académicos, é o retrato cru dos dilemas psicológicos, políticos e jurídicos levantados por esta guerra «limpa». Uma guerra que nem é preciso admitir que existe – mas que é uma guerra bem real: omnipresente, permanente e sem fim à vista.

Hugh Gusterson (n. 1959) foi professor de Antropologia no MIT e presidente da Associação Americana de Antropologia. O olhar etnográfico que lança à ciência, e à energia atómica em particular, levou-o a publicar livros como Nuclear Rites (1996), sobre os hábitos, as crenças e a cultura de trabalho oculta de cientistas de armas nucleares, e People of the Bomb (2004), retrato perturbador do modo como a indústria militar moldou a psique das gerações americanas em meio século de era nuclear. Escreve regularmente para o The Washington Post e o Los Angeles Times.
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sábado, maio 27, 2017

Manutenção em duas rodas

Percurso que preferencialmente uso para os meus passeios de duas rodas na cidade de Lisboa


Nosso comentário:

Manutenção é manutenção, não pode ser descurada. Por isso mesmo, hoje pela tardinha, uma tarde morna com ares de trovoada, fiz-me à ciclovia. Uns 17 km andados e, tenho que o dizer, com alguma inspiração do que presenciara na etapa do "Giro de Itália".
Para quem assistiu, uma bela etapa sem dúvida. Muito bem disputada, com garra, com sentido de vitória, com excelentes e esforçados atletas das duas rodas. Uns heróis, na minha modesta opinião. Pena que o nosso grande Rui Costa não estivesse entre os primeiros. Paciência, não pode ser sempre.
Pelo que a mim diz respeito, o passeio correu bem, o trânsito automóvel, como era sábado, não atrapalhou muito, foi bom! Ainda por cima e para recompensa do meu esforço, esperavam-me um duche reparador e um lanche "à maneira".

PS. Aproveito para lembrar os leitores interessados de que amanhã, Domingo, se disputará a final da Taça de Portugal. Será pelas 17,15 horas (hora de Lisboa) e os finalistas, como é sabido, o SLB (Sport Lisboa e Benfica) e o VSC (Vitória Sport Clube)

Fiquem bem

António Esperança Pereira


quinta-feira, maio 25, 2017

Papel higiénico, origem e questões afins

Imagem retirada da internet
Nota do autor do blog:

Aí está mais um tema interessante para o enriquecimento do nosso saber: a origem do papel higiénico e questões afins. 
É sempre bom aprendermos coisas.
Por isso mesmo é de muito bom tom aceitarmos um qualquer ensinamento como uma mais valia e um aprendizado que fará de nós pessoas mais apetrechadas e completas.
Poderá questionar-se, no decurso desse aprendizado, qual a valia dos conhecimentos que vamos adquirindo. Se serão bons ou maus, úteis ou inúteis e assim por diante.
Seja como for e porque a vida é pródiga em julgamentos contraditórios em todas as áreas, teremos que ser nós a ter a missão espinhosa de decidir se tal e tal conhecimento pode ser útil ou inútil para nós, bom ou mau, certo ou duvidoso...
Pois bem, hoje deixo um texto que nos faz refletir sobre o que acabo de dizer. O mote é nem mais nem menos do que o papel higiénico.

Fiquem bem

António Esperança Pereira



Difícil imaginar como era a vida antes de inventarem o papel higiênico… antes de ele surgir ‘macio’ diversos materiais foram usados para tal fim: trapos, peles, grama, folhas de coco ou de milho e até alface…
Os gregos optavam por pedaços de argila e pedra (?), enquanto os romanos preferiam esponjas embebidas em água salgada, que eram amarradas a uma vara para facilitar o uso.
  • Origem
O papel higiênico, como conhecemos hoje, foi criado pelos chineses (é claro…). No século II, antes de Cristo, eles inventaram um papel cujo uso principal era a limpeza do anus.
Por volta de do ano de 1500, as folhas de papel higiênico dos chineses mais poderosos chamavam a atenção por sua largura – cerca de 50 cm x 90 cm.
Ah, e tem mais: no início o papel higiênico era considerado regalia, e tinha uso exclusivo das camadas mais altas da sociedade.
A realeza francesa chegou a utilizar rendas e sedas para essa função nada nobre…
Joseph C. Gayetty foi o primeiro a comercializar o papel higiênico, por volta do ano de 1857. Em 1880, os irmãos Scott começaram a vender o papel enrolado da forma que conhecemos hoje. Na época, era considerada uma afronta aos bons costumes que o papel ficasse exposto nos mercados.
Em 1935 foi lançada uma versão que trazia algumas melhoras, sob o slogan “papel livre de bactérias” – o que nos faz pensar sobre a qualidade do que era comercializado anteriormente.
Em 1944, uma empresa de produtos higiênicos recebeu uma condecoração do governo norte-americano. O motivo do reconhecimento? Foi “o heroico esforço em abastecer as necessidades dos soldados durante a Segunda Guerra Mundial”…
Há registros de que o papel higiênico já teve utilidade estratégica em períodos de guerra: na operação Tempestade no Deserto, na Guerra do Golfo, os tanques americanos contrastavam demais com a areia e não havia tempo para pintar os veículos. A “tática de guerra” foi, então, envolver os tanques em papel higiênico como técnica de camuflagem.
A folha dupla surgiu somente por volta de 1942.

quarta-feira, maio 24, 2017

Será que algum dia cai?



Nota do autor do blog:

Para os que sonham visitar a Itália, designadamente a cidade da Toscana, que dá pelo nome de Pisa, este post é para vocês.
Pisa é uma cidade não muito grande, a sua população não chegará aos 100.000 habitantes, todavia é famosíssima, quer pela sua história, quer pela Torre inclinada que deleita qualquer turista.
Hoje partilho um texto que me enviaram, o qual reúne alguns dados que podem ser úteis para quem visitar Pisa e a sua celebérrima Torre.
Espero que tais dados sejam suficientes para descansar todos aqueles que receiam que a Torre Inclinada"se vá abaixo das canetas" ao visitarem a cidade.
Ao que parece, é seguro visitar a Torre de Pisa, pelo menos para já...

Fiquem bem

António Esperança Pereira


Torre de Pisa

Será que algum dia cai?
A Torre de Pisa deve se inclinar por pelo menos 200 anos.
Este tempo resulta de um projeto de restauração que resgatou a Torre depois dela ter chegado à beira do colapso há um década.
Esta torre começou a ser construída em 1137 sobre solos instáveis, o que fez com que o sino da Torre se inclinasse cada vez mais para Sul.
Arquitetos tentaram compensar o peso da estrutura para Norte, contudo os cálculos foram mal equacionados e aumentaram ainda mais a instabilidade da estrutura.
Em 1990 a Torre ficou ainda mais inclinada, cerca de 5,5 graus...
Entretanto foram realizados trabalhos de restauração entre 1999 e 2001 que estabilizaram a Torre.
A Torre de Pisa continua a inclinar-se para Sul, mas com uma amplitude menor (3,9 graus)
Os engenheiros acreditam que a Torre vai ficar em pé por muito tempo, o suficiente para que muitas gerações aproveitem a paisagem que se disfruta dela.

segunda-feira, maio 22, 2017

Uma Faca nos Dentes



Nota do autor do blog:

Acabadinha de chegar ao meu e-mail, mais um lançamento da Editora Antígona.
Trata-se da obra "Uma Faca nos Dentes" de António José Forte, com prefácio de Herberto Hélder.
Uma reedição de uma obra de culto, como pode ler-se abaixo, esgotada há vários anos e que contém textos inéditos do autor.
Aqui fica a sugestão, com os desejos de ótimas leituras.

António Esperança Pereira


UMA FACA
NOS DENTES

ANTÓNIO JOSÉ FORTE

prefácio
Herberto Helder
«A voz de Forte não é plural, não é directa ou sinuosamente derivada, não é devedora. Como toda a poesia, a verdadeira, possui apenas a sua tradição (…).» Herberto Helder

António José Forte (1931-1988), o «mano Forte», como Luiz Pacheco o apelidava, é um dos mais admirados poetas portugueses.
Integrou, nos anos 50 e 60, com Mário Cesariny, Herberto Helder e outros, o chamado grupo do Café Gelo. Ligado ao movimento surrealista, traçou contudo um percurso singular, obstinado, aproximando-se das ideias situacionistas e afastando-se de convicções partidárias.
Durante os mais de 20 anos em que foi Encarregado das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, transportando-se numa Citroën abastecida de livros, levou a cultura e o prazer da leitura a regiões isoladas do país. A sua obra, breve mas poderosa, foi publicada em vários jornais, revistas e antologias, edições originais (de que se destaca Uma Faca nos Dentes, de 1983, que dá nome a este livro) e duas colectâneas póstumas com textos dispersos e inéditos.

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A aguardada reedição de uma obra de culto, esgotada há vários anos.

Inclui textos inéditos do autor.


sexta-feira, maio 19, 2017

Lusofonia 2017 em Odivelas


Nota do autor do blog:


Tendo tido conhecimento do V Fórum Lusofonia 2017, a realizar no Centro de Exposições de Odivelas, é com muito prazer que aqui o divulgo.
Sobretudo para quem se interesse pela temática relacionada com a Língua Portuguesa será interessante seguir estes importantes eventos sobre a mesma.
Tenham um bom fim de semana,

António Esperança Pereira





Língua Portuguesa: Lugar de Futuros


quarta-feira, maio 17, 2017

Airbag para ciclistas


Nota do autor do blog:

Ora aí está mais uma boa invenção: uma espécie de airbag para ciclistas.
Tem que se dizer que, com o aumento de tráfego, sobretudo automóveis que enchem as artérias por tudo quanto é sítio, uma proteção eficaz para ciclistas vem mesmo a calhar.
Não só a circulação na via pública se torna cada vez mais perigosa como também a ousadia dos amantes de duas rodas, tal o desejo de aventura, vem sendo cada vez maior. Não poucas vezes desafiam as leis da gravidade por veredas impossíveis e arriscadíssimas.
Assim sendo, considero bem vinda a descoberta de um equipamento revolucionário para os ciclistas tal como o texto abaixo descreve.

Fiquem bem

António Esperança Pereira



Uma espécie de airbag para ciclistas:

Criado por duas engenheiras Suecas, o Hovding é um equipamento de segurança revolucionário para os ciclistas.
Um equipamento prático e discreto que combina com tudo o que o ciclista usa.
Funciona como um colar no pescoço.
Em caso de embate, o "colar" abre-se para proteger a cabeça e o pescoço do ciclista.


domingo, maio 14, 2017

De mãos a abanar?


Nota do autor do blog:

A expressão "de mãos a abanar", cujo significado podem ler mais abaixo, contrasta, e de que maneira, com os tempos loucos que Portugal está vivendo.
Loucos no bom sentido.
A procura estrangeira, quer para fins turísticos, quer para fazer investimentos em Portugal, tem tido um aumento exponencial.
A par disso, pasme-se só que de uma assentada, temos a visita de um Papa a Portugal, uma saborosa vitória no Festival da Eurovisão da Canção... e ainda a saborosa vitória do tetra campeonato desse clube de renome internacional que dá pelo nome de Sport Lisboa e Benfica.
O país está numa boa onda. 
Abstraindo rótulos políticos, religiosos, clubísticos, em boa verdade se diga que Portugal vive um período de que se tinha arredado havia uns tempos.
Acontecem coisas, há ação, inovação, otimismo, obra.
Oxalá saibamos aproveitar a onda, os trunfos que temos, o maravilhoso povo que somos.
E já agora, que se cumpra de vez, aquele triste fado do emigrante que fomos, pobre e sem vintém, quantas vezes analfabeto, quantas vezes "de mãos a abanar".

Fiquem bem

António Esperança Pereira



De mãos a abanar

Esta expressão surgiu na época da emigração para o Brasil.
Os emigrantes tinham que levar as suas próprias ferramentas para o cultivo da terra.
Quando não tinham ferramentas andavam com as "mãos a abanar".
Ora isso era um sinal de que aquele emigrante não estava disposto a trabalhar.
Uma ferramenta indicava uma profissão, uma habilidade, era um sinal de que o emigrante estava na disposição de trabalhar .
O contrário, chegar de mãos a abanar, indicava preguiça.

quarta-feira, maio 10, 2017

Lua de Mel


Nota do autor do blog:

Os meus agradecimentos a quem teve a amabilidade de me enviar o textinho abaixo. Ele explica, nem mais nem menos, a origem da expressão "Lua de Mel".
É mais um contributo para a rubrica que, ao publicar coisas semelhantes, venho designando por "O saber não ocupa lugar".
E é verdade mesmo, o saber não ocupa lugar nem tem que ter um tamanho Y ou X.
Daí que o mais pequeno e ingénuo texto nos pode ensinar muito.
A valia das palavras não se mede em quilos, ou resmas delas.
Apenas meia dúzia de palavras, como as que se agrupam no texto que partilho, são capazes, na sua pequenez e simplicidade, de nos ensinar algo.
Ensinam, neste caso, a origem, com história e tudo, da expressão "Lua de Mel".
Espero que gostem.

Fiquem bem

António Esperança Pereira



Lua de Mel

Esta expressão vem do Inglês "honeymoon".
Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada "mead" ou "hidro mel" composta de água, mel, malte, levedura entre outros ingredientes.
O mel era considerado uma fonte de vida com propriedades afrodisíacas.
A bebida devia ser consumida durante um mês ou (uma lua).
Por essa razão, esse período passou a ser chamado "lua de mel".

segunda-feira, maio 08, 2017

Quando as galinhas tiverem dentes

Foto retirada da Internet
Nota do autor do blog:


Do último boletim do OLP (Observatório da Língua Portuguesa) consta a explicação do significado de uma expressão comumente usada em português:
"Quando as galinhas tiverem dentes".
Li a explicação e achei que poderia ser interessante partilhá-la. 
E, como é em português que nos entendemos, nunca será demais aprendermos a conhecer as curvas e contracurvas da nossa bela língua.
Coisas simples, mas que, escritas por quem sabe, são sempre altamente enriquecedoras.
Fica a partilha.
Acreditem que vale muito a pena ler.

Fiquem bem

António Esperança Pereira



Na realidade, essa expressão não é muito difícil de compreender. A probabilidade de uma galinha vir a desenvolver uma dentadura é muito improvável se não mesmo impossível, e a expressão quer dizer precisamente isso.
Então, dizer quando as galinhas tiverem dentes é o mesmo que dizer nunca ou jamais.
É verdade. Usar esta expressão acrescenta humor à situação, pois imaginar uma galinha com dentes é bastante cómico. E dessa forma aligeiramos ou tornamos menos grave o que estamos a dizer. Eis alguns exemplos de uso:
— Sou fã de filmes de terror. Queres ir ao cinema ver um dos meus filmes de terror favoritos?
— Detesto filmes de terror, por isso só irei contigo ao cinema quando as galinhas tiverem dentes.
— Não sei porque jogas no euromilhões. Sabes que as probabilidades de ganhar são muito reduzidas.
— Não me importa. Mesmo que só ganhe quando as galinhas tiverem dentes, continuarei a jogar.
Existe mais alguma expressão com significado semelhante a esta?
Consigo pensar em pelo menos mais duas. Uma delas é sinónima de quando as galinhas tiverem dentes.
Que expressão é essa?
No dia de São Nunca. Não sei se sabes, mas em países católicos como a Espanha e Portugal quase todos os dias do calendário estão associados a um santo. Em Portugal, algumas cidades têm como padroeiro ou protetor um santo, e nessas cidades é feriado no dia do seu santo. Em Lisboa, é feriado no dia 13 de junho porque é dia de Santo António e no Porto, no dia 24 também de junho porque o santo padroeiro da cidade é o São João.
Então em que dia é dia do São Nunca?
Há pessoas que acham que o dia de São Nunca é o dia 30 de fevereiro porque esse dia não existe, mas isso não passa de uma brincadeira porque não existe nenhum santo chamado Nunca
Mas a expressão é no dia de São Nunca.
Sim. E há até quem reforce a ideia e a piada acrescentando à tarde.
No dia de São Nunca à tarde??????
Isso mesmo! Aqui estão dois exemplos para ilustrar como funciona esta expressão:
— Perguntei ao professor se existia a possibilidade de tirar 20 valores no exame, e sabes o que é que ele me respondeu?
Não faço a mínima… O que é que ele te disse?
— Que sim, mas provavelmente só no dia de São Nunca.
— Há mais de 15 anos que eles namoram. Achas que algum dia vão casar?
— Claro que sim! Eles até já marcaram o casamento para o dia de São Nunca à tarde!!!!
Lembrei-me agora da segunda expressão que os portugueses usam quando acham que uma coisa não vai acontecer nunca: podes esperar sentado.
Essa frase não é um provérbio ou ditado, mas antes um coloquialismo ou expressão usada exclusivamente em contextos ou registos de língua muito informais e orais. E é sobretudo usada entre pessoas jovens. Podemos apresentar os seguintes exemplos de uso:
— Gostava de comprar uma casa em Macau, mas os preços estão pela hora da morte. Achas que esta bolha imobiliária vai rebentar em breve?
Podes esperar sentado, pois o mais provável é rebentar no dia de São Nunca.
— Achas que algum dia vou encontrar o meu príncipe encantado?
— Acho que sim, mas espera sentada.

quinta-feira, maio 04, 2017

Papa Francisco, porquê Papa?

Nota do autor do blog

Goste-se ou não se goste do acontecimento, seja-se católico ou não, a verdade é que, dias 12 e 13 do corrente mês de Maio teremos em Fátima a visita do Papa, o supremo líder da Igreja Católica e também supremo líder do Estado do Vaticano.
Claro que nem se questiona tratar-se de um grande acontecimento.
O Papa é uma das figuras públicas importantes no mundo. Só por isso, pela visibilidade que arrasta consigo e, por conseguinte, dos locais que visita, vale muito a pena a sua presença em terras lusas.
Não me vou meter aonde não sou chamado, ou seja, dizer isto mais aquilo sobre o Papa. Dizer isto mais aquilo sobre o fenómeno universal da fé e das religiões.
Poderia dizer coisas boas, poderia acrescentar coisas menos boas.
Prefiro ser sensato e calar-me.
Todavia, como primo pela tolerância e abertura, também por me parecer este Papa um Papa bem mais tolerante e aberto do que o habitual, pois que venha o Papa e, como ele, que venham todos os que vierem por bem.
Dito isto, vejam abaixo o porquê de o inquilino do Vaticano se chamar PAPA.
Sabiam? eu também não.

Fiquem bem

António Esperança Pereira




Origem da palavra "PAPA"


PAPA é o titulo dado ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder espiritual da Igreja Católica e também Chefe de Estado do Vaticano. 
Nos primórdios da Igreja, os sucessores de S. Pedro denominavam-se apenas Bispos de Roma.
O Papa (do Grego Pai) é o sucessor de S. Pedro no governo da Igreja Católica.
Há quem defenda a origem da palavra  como o resultado das iniciais do título de S. Pedro.
"PETRUS  APOSTOLUS PRINCEPS APOSTULORUM" 
(Pedro Apostolo Príncipe dos Apóstolos)

terça-feira, maio 02, 2017

Maio - ritual tradicional das Maias

Foto retirada do site www.tribunaalentejo.pt
Nota do autor do blog:

Alguém me falou num ritual cuja origem se perdia no tempo: o ritual das Maias, que acontece na noite de 30 de Abril para 1 de Maio, e é assinalado um pouco por todo o país.
Dado que tal manifestação tradicional não me era de todo indiferente nem desconhecida, prestei muita atenção ao que me era dito a respeito e decidi pesquisar umas palavrinhas na Internet que versassem o tema com pormenor e circunstância.
Encontrei.
Resolvi por isso divulgar esta curiosa tradição ligada ao mês de Maio e à Primavera.
Oxalá seja do agrado dos leitores.



Maio moço e florido


É uma tradição primaveril cujas origens se perdem no tempo. Historicamente, o ritual das Maias acontece na noite de 30 de abril para 1 de maio. Manda a tradição que se enfeitem portas, janelas e outros locais com flores e giestas amarelas e com bonecas de palha enfeitadas. Presente em várias regiões do país, a tradição revela aspetos diferentes em cada uma, mas um denominador comum: as Maias floridas.
Ritos ancestrais
Na região de Trás-os-Montes e nas Beiras, as Maias surgem associadas às castanhas, como atesta o provérbio «Quem não come castanhas no 1º de Maio, monta-o o burro». Segundo a tradição, maio é o mês dos burros e o ritual tem como objetivo esconjurar os maus espíritos (o «Maio», o «Carrapato» ou o «Burro»).
Em Trás-os-Montes este ritual coexiste com o do Maio-Moço: as raparigas novas enfeitam um menino (o Maio-Moço) que levam a passear pela rua, em grande algazarra, com danças e cantorias redor dele.
Maia, quem és tu?
Há várias explicações para a origem desta tradição. Uma diz que a Maia seria uma boneca de palha de centeio à roda da qual era costume dançar durante toda a noite no primeiro de maio.
Outra possibilidade está ligada à origem do nome do mês de maio, surgido a partir de Maia, 
mãe de Mercúrio. 
Na região da Estremadura, a Maia é uma menina enfeitada com flores que percorre as ruas da povoação com as suas companheiras. No Alentejo, em especial em Beja, as Maias são meninas vestidas de branco, com uma coroa de flores na cabeça, que se sentam numa cadeira à porta de casa, na esquina de uma rua ou na praça. Entretanto as amigas pedem a quem passa “um tostãozinho para a maia”. 
No Algarve é costume colocar à porta de casa os bonecos de palha de centeio vestidos de trapos e enfeitados. Em Lagos a tradição regressa todos os anos, com a eleição da Maia mais bonita da cidade.
A iniciativa conta com a participação da população que expõe, por toda a localidade, bonecas de trapos, elaboradas artesanalmente, vestidas com trajes típicos e enfeitadas com flores, retratando em alguns casos quadros quotidianos. Os trabalhos a concurso estão expostos nas janelas, portas, varandas, pátios de habitações e ruas, na cidade e em várias povoações do concelho.

Fiquem bem, de preferência em casa.

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...