Aqui em Portugal, tem andado a ser debatido pelos deputados da Assembleia da República (Parlamento) um assunto bem melindroso: morte assistida a pedido, cuidados paliativos, morte assistida por "testamento".
Do tipo "sr. Dr. mate-me que já cá não ando a fazer nada".
Chama-se a isto pomposamente "morte assistida por um clínico".
Eu nem sou a favor nem sou contra. Compreendo ambas as posições.
Mas nisto de se falar de por termo da vida de uma qualquer pessoa, tenha ela que idade tiver, não pode ser coisa de resolução fácil. Há muitas "nuances" em todo o processo, certo? depois mesmo que todos os caminhos de esperança se tenham teoricamente esgotado, ponhamo-nos na situação do médico: " o tal que tem que ajudar aquela pessoa a morrer...
Chato não? ajudar a morrer pode para ele, médico, significar "matar". É ou não é?
E não é fácil.
A tal consciência que não deve ser tratada por dá cá aquela palha ou com a leviandade de um qualquer vanguardismo de treta que nem é de esquerda nem de direita.
Bom, temas bem durinhos de se falar, quanto mais de se decidir. A tomar-se alguma decisão inovadora, há que ter cuidado. São assuntos que devem envolver uma discussão séria e a haver a tal decisão vanguardista, terá de ser explicada à população e provar por A+B das vantagens da mesma.
Pessoalmente, se houvesse agora um referendo sobre o assunto, o que até pode acontecer, e como não tenho uma certeza a respeito, ficar-me-ia pela abstenção.
Tenho dito.
PS. Para amenizar o meu desabafo de hoje, partilho abaixo uma anedota que me chegou via e-mail e que de certa forma tem que ver com o assunto do texto. Achei engraçada!!!
Fiquem bem
António Esperança Pereira
A morte do Márcio
Márcio era um antigo funcionário de uma cervejaria no interior de São Paulo.
Ele era feliz no trabalho, embora seu sonho fosse ser provador de cerveja,
bebida que tanto adorava.
Certa vez, trabalhando no turno da noite, ele caiu dentro de um tonel de cerveja.
Pela manhã, o vigia deu a triste notícia:
- É com profundo sofrimento que informo que Márcio se desequilibrou, caiu no tonel de cerveja e infelizmente morreu afogado.
Um grande amigo de Márcio com a voz muito triste, pergunta:
- Meu Deus!!! Será que ele sofreu?
O vigia então responde:
- Acredito que não, porque, segundo as imagens da câmara de segurança, ele
chegou a sair três vezes do tonel para mijar...
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