Nosso comentário:
É um facto que a luta pelas medalhas nos Jogos Olímpicos foi sempre uma razão maior de as nações afirmarem o seu poderio.
Pelo menos desde que me conheço.
Ainda me lembro da eficácia como a então RDA (Alemanha de Leste) conseguia açambarcar quase tantas medalhas como os EUA ou a então poderosa União Soviética.
Note-se que estamos a falar de um Estado, a RDA (República Democrática Alemã, com cerca de 108.000 Km2, ou seja, pouco maior que o território de Portugal.
Era realmente espantosa a forma como os atletas olímpicos da então RDA se afirmavam na altura como estando entre os mais competitivos e poderosos apesar da sua pequena dimensão territorial.
Choviam medalhas como se de um país enorme se tratasse.
Isto para dizer que hoje como ontem, os Jogos Olímpicos são a montra ideal para mostrar habilidades e forças de quem pode e faz questão de se exibir ante o mundo.
É que, diga-se o que se disser, essa visibilidade patenteada na força dos atletas dava e dá ao mundo um sinal bem expressivo de quem é quem...
Diz-me quantas medalhas tens dir-te-ei quem és.
Um fenómeno mais recente que não quero deixar de referir ao assistir ao desenrolar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, denota essa fome de brilhar. Alguns países "menos vistos e com pretensões", para que falem deles, para se mostrarem, também para gáudio dos seus líderes, têm nacionalizado atletas especialistas de algumas modalidades, uns mais à pressa que outros (jamaicanos na velocidade, etíopes e quenianos no fundo e meio fundo, etc..) tudo isto para representarem os tais países que, infelizmente, se não fossem esses jamaicanos, etíopes, quenianos, etc. ninguém os veria por não terem nacionais capazes de os mostrar.
Sinceramente não gosto disto, por isso fica o desabafo.
Desejo a todos a continuação de um excelente fim de semana.
António Esperança Pereira
Sem comentários:
Enviar um comentário