terça-feira, agosto 30, 2016

Cristo Rei e o IMI


Nosso comentário:

Hoje partilho uma imagem da Estátua do Cristo Rei sobre a cidade de Lisboa com uma legenda humorística.
Esta legenda tem que ver com o diferendo entre Igreja e Estado sobre o pagamento de IMI (Imposto sobre imóveis)
Ao que parece haverá imóveis de pertença da Igreja passíveis de pagamento de IMI diz Governo, sem desrespeitar a Concordata de 2004.
A Igreja Católica, ao que parece, tudo quer fazer para que tal imposto não seja aplicado aos seus imóveis.
Sobre o diferendo (ou não) entre Igreja e Estado deixo abaixo um texto/notícia que dá uma ideia sobre como estão as coisas em termos de pagamento (ou não) de IMI por parte da Igreja Católica.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

http://lusito.bubok.pt/ 


"Prédios não afetos ao culto"


...No mesmo dia 19, o vigário-geral da diocese de Lisboa, Francisco Tito (que também não respondeu ao DN), fez seguir uma carta para os seus colegas párocos do Patriarcado - a que o DN teve acesso - em que notava que "a repartição de Finanças da área da paróquia veio requerer o pagamento de IMI dos prédios registados em nome da Fábrica da Igreja que não seja[m] afetos ao culto".


É aqui que reside o diferendo. A Concordata estabelece (ver caixa), como argumenta o Ministério das Finanças, num esclarecimento enviado ao DN, que a isenção fiscal se limita "aos imóveis diretamente afetos a fins religiosos (incluindo as dependências ou anexos daqueles imóveis destinadas a uso de IPSS)".


Segundo o gabinete de Mário Centeno, "a Igreja Católica (ou, mais precisamente, as pessoas jurídicas canónicas), quando também desenvolva atividades com fins diversos dos religiosos, assim considerados pelo direito português, como, entre outros, os de solidariedade social, de educação ou cultura, além dos comerciais e lucrativos, ficam sujeitos ao regime fiscal aplicável à respetiva atividade".


Nas declarações públicas feitas - quer por Álvaro Bizarro quer por Manuel Barbosa - os responsáveis sustentaram que o fisco está a extravasar as isenções definidas pelo texto concordatário. "As instituições de solidariedade social estão todas isentas de IMI. E os edifícios que são, por exemplo, pertença da Fábrica da Igreja, de outra pessoa jurídica canónica ao serviço de uma entidade social ou ao serviço de uma atividade de cariz social, mesmo que não seja oficialmente uma IPSS, mas seja equiparada pelo que faz, estão isentos", argumentou Bizarro na RR, especialista em direito canónico e que participou nas negociações do texto de 2004.


Estes casos não são de agora, reconhecem os dois padres. "Não é de agora, já em tempos recentes isto aconteceu, e essas notificações têm sido contestadas e tem-se obtido resposta positiva no sentido de não se pagar. Agora segundo algumas informações de dioceses, tem havido uma avalanche, uma extensão maior e uma insistência destas notificações", explicou Barbosa.


Não houve instruções, diz governo


O governo nega que tenha existido alguma instrução particular dada aos serviços. "Este governo não introduziu qualquer alteração legislativa nesta matéria nem emitiu qualquer orientação no sentido de serem retiradas quaisquer isenções previstas na Concordata. No âmbito das suas funções, os serviços da Autoridade Tributária identificam e corrigem quaisquer eventuais isenções que estivessem a ser aplicadas sem apoio legal, desde logo em incumprimento da Concordata aprovada em 2004", responderam as Finanças ao DN.

sexta-feira, agosto 26, 2016

Assim tão mau mãe?


Nosso comentário:


Gostei muito de ler este texto escrito pelo insigne escritor António Lobo Antunes, pelo que não resisto a divulga-lo aqui no blog.
António Lobo Antunes escusa apresentação, por isso mesmo não o apresento.
Limito-me a partilhar esta pequena preciosidade que me foi remetida via e-mail.


Fiquem bem,

António Esperança Pereira




MÃE - António Lobo Antunes - LINDO!

Quando eu era pequeno, à noite, e já estava sentado na cama, a mãe dizia
com Deus me deito
com Deus me acho
aqui vai o Tóino
pela cama abaixo
eu ia, ela apagava a luz, e logo a seguir manhã.
Hoje sonhei que estava sentado no parapeito do Viaduto Duarte Pacheco, a minha mãe chegava, dizia
com Deus me deito
com Deus me acho
aqui vai o Tóino
pela cama abaixo
eu ia e logo a seguir nada.
Um dia destes vai ser assim, desejo que um dia destes seja assim.
O meu irmão Pedro morreu muito depressa no dia 21 de Dezembro, como era costume nele sem prevenir ninguém, mas tenho a certeza que, em qualquer ponto seu
com Deus me deito
com Deus me acho
aqui vai o Pedro
pela cama abaixo
só que, se calhar, ninguém tomou atenção a estas palavras. No dia seguinte fomos, os irmãos, dizer à mãe. Estava sentada na cadeira do costume e portou--se com a imensa dignidade com que sempre viveu. As suas palavras foram
- Tenham misericórdia de mim.
Era muito bonita, a mãe. Ensinou-nos a ler e ensinou-nos a dançar, talvez as duas coisas mais importantes do mundo. E lembro-me de a ver andar de bicicleta na Praia das Maçãs, um pouco indignado porque andar de bicicleta era uma coisa para nós, não era uma coisa para ela.
Depois de
- Tenham misericórdia de mim
que foi a única vez que a vi usar essa palavra, passado um bocado acrescentou
- Uma mãe não tem o direito de estar viva quando um filho morreu
e morreu de lhe ter morrido o filho, com uma discrição e uma elegância exemplares. Não tinha nenhuma doença especial: apenas a obrigação de cumprir um dever e foi juntar-se ao Pedro. Não comia quase, sentada na cadeira em que recebeu a notícia. Às vezes dizia-lhe versos porque ela gostava muito de poesia. Na igreja disse-lhe um dos seus sonetos preferidos, de António Sardinha, que aprendi com o pai. Costumava contar que o pai, enquanto se arranjava de manhã, na casa de banho, recitava poemas e ela ficava a um canto, a ouvi-lo.
- O que é que a seduziu no pai, mãe?
- A inteligência
ela que começou a namorá-lo aos catorze anos. Isso e a voz do pai, tão sensual:
- Nenhum dos filhos herdou a voz do pai. Talvez o António, um bocadinho.
A sensualidade e a inteligência, ela que era uma mulher muito inteligente. Falava, por exemplo, de Bento de Jesus Caraça que tinha conhecido menina, lá na Beira Alta, com o entusiasmo com que uma adolescente fala de um actor de cinema. Durante os meses em que esteve a preparar-se para se reunir ao filho às vezes pegava-lhe na mão e os dedos tão suaves e doces. Não éramos ricos, teve muitos filhos, tinha de tomar conta daquilo tudo, costurava, trabalha bastante em casa e quando se arranjava, assim para jantares mais de cerimónia, ficava uma brasa e pêras. Também não era especialmente terna mas contava-me, por exemplo, que, era eu bebé, lhe doía a boca de me dar beijos. Entre tantas mulheres apenas ela me declarou isso. Deve ser tão bom doer a boca de beijar. Há alturas em que me sinto culpado pelos problemas que lhe atirei para cima: doenças (uma meningite aos oito meses durante a qual estive em coma, tuberculose aos três anos), o meu mau feitio
(- Assim tão mau, mãe?)
o meu completo desinteresse pelos estudos
(Só se preocupa em escrever e ler)
o seu receio de me ver acabar a vender pensos rápidos e Bordas d'Água nas esplanadas porque a literatura não dá de comer a ninguém, esquecida que a culpa era dela dado que nos ensinou a ler antes de entrarmos para a escola e, em mim, a doença pegou:
- Só liga a livros e a raparigas.
Eu perguntava-lhe
- Existe alguma coisa para além disso, mãe?
e o facto de não responder significava, talvez, que até certo ponto estava de acordo.
Às vezes, ao zangar-se
- Não sorrias porque estou a ralhar-te
e, quando eu sorria, era-lhe difícil ralhar-me
- Sobretudo não faças essa carinha
e eu lá mudava a carinha para o resto da descompostura. Julgo que só compreendi bem o que sentia por mim quando estava com o cancro e ela veio visitar-me. Não era mulher de lágrimas mas a cara encontrava-se cheia delas, escondidas. Agora tenho o seu retrato ali e sou eu que as escondo. Pior do que você, mãe, visto que sou mais chorão. A Zézinha nasceu quando eu na guerra e escreveu-me a contar: "não sei se estás vivo ou morto porque há um mês e meio que não sei nada de ti". Estava vivo. Não assim muito vivo, mas vivo, ao passo que quanto a si, mãe, nunca esteve tão viva como agora.
Com Deus me deito
com Deus me acho
aqui vai o Tóino
pela cama abaixo.
Tanta coisa que eu podia contar a seu respeito, e não conto, e jamais contei. Não sou capaz, tenho pudor. Enquanto a metiam debaixo da terra e não aguentei, fui-me embora. Fazia um dia de sol muito bonito. E tive a certeza de ver o Pedro ao longe. Não precisámos de falar. Quase nunca precisávamos de falar para nos entendermos. Mas a palavra mãe ia de um para o outro. E somos nós que vamos pela cama abaixo. A mãe será a última pessoa a ficar, olhando para a gente. Nascemos de si, não tem o direito de se ir embora. Não concorda? Olhe que eu ponho-me a sorrir aquele sorrisinho parvo até escutar que sim.

quarta-feira, agosto 24, 2016

Feira do Livro do Porto e eu


Nosso comentário:

Só para informar que este ano, na Feira do Livro a realizar em Setembro na cidade do Porto, a minha Editora, Bubok Publishing, S.L. estará presente.
De entre as obras que constarão do certame e que poderão ser vistas nas instalações da Editora,
estarão seis dos meus livros, precisamente os que mostro na foto abaixo.
Para mim é uma subida honra estar presente num tal certame, pelo que desde já convido todos a visitar a Feira do Livro do Porto que decorrerá de 2 a 18 de Setembro. 
Claro, se puderem deem uma espreitadela às minhas publicações, não hesitem...
Estou muito grato à Editora Bubok Publishing, S.L. pelo amável convite que me fez.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira






Inscrições para a Feira do Livro

A Feira do Livro realiza-se este ano de 2 a 18 de setembro e terá como tema "A Ligação". A organização pertence à Câmara do Porto pelo terceiro ano consecutivo.

segunda-feira, agosto 22, 2016

Por Lisboa de bicicleta...



Nosso comentário:

São vivências que normalmente restrinjo aos amigos do Facebook:
Passeios de bicicleta por Lisboa, numa espécie de manutenção física que só faz bem a quem a pratica.
Ora como nem todos os leitores do blog são pessoas adicionadas do Facebook, resolvi pelo menos de quando em vez fazer uma referência a essa prática salutar que é andar de bicicleta.
Ontem foi a vez de, entre outros locais, visitarmos as obras em curso na zona do Saldanha e zonas limítrofes.
Durinho!
Mais quilómetros percorridos que a média habitual, muito vento e em certos lugares, trânsito intenso. Contudo foi bom ver "in loco" que as obras do Saldanha, Av. da República e zonas limítrofes vão de vento em popa.
Para os amantes da modalidade (cicloturismo) devo dizer que parece milagre, mas não é: não tardará que a Av. da República possa ser percorrida em ciclovia de Entrecampos ao Saldanha.
Quem diria, uns anitos atrás?
Mas, em boa verdade se diga, nós estivemos lá para ver e experimentar.
Está quase!

Nota: Os dados do percurso recolhidos e constantes das imagens acima são do "cyclometer", dispositivo da Microsoft apropriado para este tipo de eventos.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

quinta-feira, agosto 18, 2016

Milagre!


Nosso comentário:

Muito interessante esta brincadeira com os milagres. Desta feita o milagreiro é supostamente o próprio Jesus Cristo.
Como achei a brincadeira muito bem engendrada e ainda por cima ternurenta, apresto-me a divulga-la aqui no blog.
Agradeço a quem teve a amabilidade de ma enviar pois conseguiu que eu, não só me risse, como também pusesse uma expressão bem ternurenta aqui frente ao computador.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


PS. Oxalá apreciem...


Brincar é próprio de países civilizados:


https://www.youtube.com/watch?v=mRNRoVsfhzs&list=PLC3BE5D5249BBEFEB&index=218
www.youtube.com
Don't miss another Gag - Subscribe!: http://goo.gl/wJxjG Visit our store: TheGagsStore.com Social Animal? Here are a few interesting links: Twitter: http://twitter ...

terça-feira, agosto 16, 2016

Luciana salvará Portugal?


Nosso comentário:

Não vou fazer nenhuma análise exaustiva aos jogos olímpicos e aos atletas portugueses neles participantes.
Vou isso sim expor um desabafo e uma leitura pessoal muito breve, de quem vê de fora a participação dos atletas lusos.
Antes de tudo quero felicitar todos os atletas portugueses presentes nestes jogos olímpicos porque, como é sabido, para se poder participar neles é já preciso ser-se especial e ter aquilo a que creio chamar-se "mínimos olímpicos". E "mínimos olímpicos" não é para todos.
Depois as classificações, aquilo que é mais mediático, mais visível, mais triunfante, digamos assim. Refiro-ma às boas classificações em geral, às medalhas em particular.
Claro que é diferente para um país participante ter finalistas em quantidade suficiente, ou seja participantes apurados para finais, ou não ter. Isto porque o mediatismo dado pelas finais é logo uma mais valia, um cheirinho a qualidade desses países.
Portanto, parabéns aos participantes em finais, grandes heróis dos seus países.
Infelizmente para Portugal, tudo indica que apenas tenhamos uma medalha, após falhanços à boca das medalhas, um tanto inesperados, de alguns dos nossos melhores atletas.
Para os medalhados, nem que seja só um, terá que ir o meu maior louvor.
Porque os medalhados, há que dizê-lo, são mesmo os melhores entre os melhores. São o culminar do triunfo, o pódio, a bandeira, o hino. 
E não sejamos ingénuos: os Jogos Olímpicos são tudo menos uns Jogos Ingénuos.
Reparem nos países que têm mais medalhas, tirem daí as vossas conclusões.
Portugal terá apenas uma medalha, isto se não houver ainda alguma surpresa, o que equivale a dizer que apenas teve um pódio, apenas uma vez a bandeira portuguesa subiu a um dos mastros da glória.
Sabe a pouco, tendo em conta que alguns dos nossos atletas ficaram entre os dez primeiros.
E estar entre os dez primeiros, é estar mesmo entre os dez melhores do mundo...
Mas pódio é pódio, e o talento, a garra, o "qualquer coisa mais" não apareceu nesses atletas que os guindasse aos três primeiros.
Essa é a verdade mais visível de todo este grande espetáculo mundial!
E, se a verdade desportiva nos deixa felizes e orgulhosos por tão bons atletas termos, a verdade mediática, tem que dizer-se, fica a saber a pouco.
Como réstia de esperança e esta é a última a morrer, fica a notícia de que temos uma cavaleira apurada para a 3.ª ronda de saltos de obstáculos. Muito caminho a percorrer ainda mas, quem sabe?

Fiquem bem,

António Esperança Pereira




domingo, agosto 14, 2016

Diz-me quantas medalhas tens dir-te-ei quem és


Nosso comentário:


É um facto que a luta pelas medalhas nos Jogos Olímpicos foi sempre uma razão maior de as nações afirmarem o seu poderio.
Pelo menos desde que me conheço.
Ainda me lembro da eficácia como a então RDA (Alemanha de Leste) conseguia açambarcar quase tantas medalhas como os EUA ou a então poderosa União Soviética.
Note-se que estamos a falar de um Estado, a RDA (República Democrática Alemã, com cerca de 108.000 Km2, ou seja, pouco maior que o território de Portugal.
Era realmente espantosa a forma como os atletas olímpicos da então RDA se afirmavam na altura como estando entre os mais competitivos e poderosos apesar da sua pequena dimensão territorial.
Choviam medalhas como se de um país enorme se tratasse.
Isto para dizer que hoje como ontem, os Jogos Olímpicos são a montra ideal para mostrar habilidades e forças de quem pode e faz questão de se exibir ante o mundo.
É que, diga-se o que se disser, essa visibilidade patenteada na força dos atletas dava e dá ao mundo um sinal bem expressivo de quem é quem...
Diz-me quantas medalhas tens dir-te-ei quem és.
Um fenómeno mais recente que não quero deixar de referir ao assistir ao desenrolar dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, denota essa fome de brilhar. Alguns países "menos vistos e com pretensões", para que falem deles, para se mostrarem, também para gáudio dos seus líderes, têm nacionalizado atletas especialistas de algumas modalidades, uns mais à pressa que outros (jamaicanos na velocidade, etíopes e quenianos no fundo e meio fundo, etc..) tudo isto para representarem os tais países que, infelizmente, se não fossem esses jamaicanos, etíopes, quenianos, etc. ninguém os veria por não terem nacionais capazes de os mostrar.
Sinceramente não gosto disto, por isso fica o desabafo.
Desejo a todos a continuação de um excelente fim de semana.


António Esperança Pereira


quinta-feira, agosto 11, 2016

Panama Papers e o silêncio ensurdecedor


Nosso comentário:

Normalmente este blog não tem servido de forma alguma para reenviar emails, embora alguns deles mereçam algum destaque e ser publicados aqui.
É o caso do email que hoje partilho o qual, apesar da sua simplicidade, é elucidativo sobre um facto que a todos surpreendeu: "PANAMA PAPERS".
Eu próprio na altura fique assarapantado com a fartura de gente envolvida, desde logo com nomes de peso à cabeça, e cuidei que cairia o Carmo e a Trindade com semelhante escândalo.
Mas não.
Ao contrário de outros casos mais localizados e pessoalizados da nossa praça sobre os quais não escasseiam notícias atrás de notícias, inventadas ou não...ameaças de prisão ou prisão mesmo...
este caso dos "Panama Papers", qual nuvem passageira, desapareceu tal como apareceu. Rigorosamente NADA.
E nada, em bom português, é coisa nenhuma, o que é muito pouco para um suposto escândalo que prometeu tanto!
Limito-me pois a relembrar hoje, a pedido,  este escapulido caso dos "PANAMA PAPERS" bastante tempo já após o choque da sua aparição em cena.

PS. Divulgo tal como recebi...

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



100 dias depois, o Expresso continua em silêncio

Panama Papers
Temos uma Comunicação Social demasiado subserviente e servil em relação aos «Donos Disto Tudo».

QUANDO O SILÊNCIO É CONVENIENTE... ATÉ AS MOSCAS SE OUVEM!
QUE TRAMPA EM QUE VIVEMOS!...

Eu não esqueci. Reenvia

 É o tal silêncio ensurdecedor, quer do Expresso, quer da Comunicação Social em geral, quer ainda de todos os partidos políticos...

100 dias depois, o Expresso continua em silêncio

As horas passam, os dias passam, as semanas passam, os meses passam e não tarda muito começarão a passar os anos também. Era o grande escândalo do século, tudo que era cão grande estava lá metido, havia um saco azul do GES para pagar avenças a jornalistas e a grandes figuras de Estado e o colapso do sistema espreitava ao virar da esquina. O relógio, esse, não mais parou de contar.

explicações, mas do outro lado apenas silêncio. Não se ouve uma mosca na redação do Expresso. Nem com o Marques Mendes a declarar guerra às offshores.

Alguém viu por aí uns papéis do Panamá?

terça-feira, agosto 09, 2016

Telma Monteiro...Terra Portuguesa!


Nosso comentário:


Sensibilizado hoje pela bonita imagem da garra mostrada mais uma vez pela nossa grande judoca Telma Monteiro, que logrou conquistar uma medalha nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, abro lugar a um poema de minha autoria.
É um facto que Portugal está vivo, os séculos andados, as vicissitudes passadas nunca conseguiram ser mais fortes do que nós.
Resistimos e estamos aqui.
Para os que resistiram e já cá não estão prevalecerá sempre a saudade, o calor deixado pela sua presença, o legado que felizmente vemos continuado e simbolizado na força e no querer desta excelente atleta chamada Telma Monteiro. 
Parabéns para ela, longa e próspera vida para a Terra Portuguesa

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Terra portuguesa



Oeste da Europa terra portuguesa
Retângulo de casa à beira-mar
Herdámo-lo assim para morar
É de nossa gente a maior riqueza

Correu mares fez-se mostrar
Séculos de vida a resistir aqui
Intentou epopeia como nunca vi
Ir vir… viver e morrer a navegar

Assentou depois com noiva por casar
Deixou aventura amores a quem amou
Já tinha idade de séculos para assentar

Acordou com noiva Europa novo lar
Despojando-se do mundo que encontrara
Dele só guardou algumas ilhas e algum mar...


segunda-feira, agosto 08, 2016

Se for vítima de burla denuncie!

Nosso comentário:

Não resisto a divulgar a notícia que li. 
Num período de férias por excelência que é o Verão, é de todo conveniente evitar situações desagradáveis como estas burlas de que a GNR faz um alerta.
Num dia em que Portugal esteve com os olhos postos na televisão, pois, por um lado jogava-se a Supertaça de futebol Cândido dos Reis entre o Benfica e o Braga.
Por outro, havia também um jogo importante de futebol entre a seleção olímpica de Portugal  e a sua congénere das Honduras.
Por outro ainda, decidia-se o vencedor da Volta a Portugal em Bicicleta.
Todos eles, acontecimentos nacionais com particular relevância, sem dúvida. 
Acontecimentos que podem, por via do entretenimento saudável, ao invés das burlas denunciadas pela GNR, ajudar a carregar baterias para se enfrentar mais um ano de trabalho e outras responsabilidades pessoais que se seguem ao período de Verão.
Por isso, há que ter cuidado, façam o favor de ler o texto abaixo e muita atenção ao que o mesmo denuncia, ok?

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Há burlas que estragam férias. A GNR alerta: "Desconfie". E denuncie.

Em 2015, a GNR registou uma média de 12 burlas por dia. O fenómeno não é novo mas este é um tipo de crime que se adapta aos ‘sinais dos tempos’. Não é por acaso que a Internet se tornou uma plataforma preferencial.
Durante o ano de 2015, e apenas na sua área de responsabilidade, a GNR registou 3.915 ocorrências de burlas, o que perfaz a tal média de 12 por dia. Mas entre as ocorrências de burla registadas, destaca-se outro aspeto: destas 3.915, mais de metade (1.592) foram através da Internet.
Cada vez mais pessoas têm descoberto as facilidades de reservar um local para passar os dias de férias através da Internet. Nesta altura de verão, a GNR deixa também avisos, a bem da prevenção. Tudo para evitar que alguma reserva, que pareça ser um verdadeiro ‘achado’, se torne uma autêntica desilusão à chegada ao destino.
Como lembra a GNR em comunicado, muitas vezes a pessoa trata da reserva, adianta pagamento, e “só percebe que foi burlada posteriormente”. Para quem pretende alugar casas de férias, a GNR deixa as seguintes recomendações:
1.    Desconfie dos anúncios com preços abaixo do valor de mercado;
2.    Se possível, faça o contrato de aluguer da casa de forma presencial e tenha contacto com a residência;   
3.    Verifique na Internet se a casa que vai alugar não está referenciada em burlas anteriores;
4.    Ao fazer o pagamento verifique se o nome do anunciante corresponde ao titular da conta;
5.    Em caso de burla, guarde todos os registos de contactos realizados (SMS, e-mails, telefonemas, transferências)
6.    Se for vítima de burla, denuncie!

sexta-feira, agosto 05, 2016

Foram só os carros, do mal o menos!


Nosso comentário:

Fiquei no mínimo atónito com a falta de mediatização deste terrível acontecimento.
Tratou-se de um incêndio invulgar que consumiu em pouco mais de uma hora cerca de 422 viaturas.
Tudo isto se passou no decurso de um festival em Castelo de Vide, como se pode ler na notícia abaixo.
Todavia, ao ver na televisão os diretos da notícia onde nem um "ai", um "e agora?", "ai que desgraça". em suma, um grito, um choro de desespero, um "ai Jesus quem me acode"...
Não, pelo contrário. Tudo calmo, parecia que nada tinha acontecido, nem um queixume, tudo sossegado, e a gente a ver as terríficas imagens de um cemitério de carros acabadinhos de torrar num valente e monstruoso incêndio.
Bom, ou as mentalidades mudaram muito ou afinal aquilo que parece afinal não é.
O pessoal continuou com o festival, tipo "siga a dança" e afinal não há crise num cenário dantesco de fazer arrepiar o observador mais desatento e otimista.
Dito isto, a minha já decadente ideia de "jornalismo" mais ligado a fofoquices e casos do arco da velha, piorou substancialmente.

PS. Deixo notícia dos desenvolvimentos após o incêndio de Castelo de Vide

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



Andanças. Depois do fogo, as dúvidas. Irão as seguradoras pagar?



A dança continua em Castelo de Vide, mas quem irá pagar os estragos ainda não é líquido. As seguradoras esperam pelo final das investigações.
As imagens, desoladoras, falam por si e mostram que o parque de estacionamento do festival Andanças, em Castelo de Vide, se tornou num cemitério de carros. Um cemitério com 422 viaturas. O incêndio que deflagrou na quarta-feira - e que terá começado num dos veículos -, durou pouco mais de uma hora e um quarto. Tempo mais do que suficiente para deixar um rasto destrutivo e, consequentemente, muitas dúvidas dos lesados.
Preocupações legítimas. A dimensão da ocorrência é inédita no país e calcula-se que a resolução do problema não seja assim tão simples. A associação PédeXumbo, promotora do festival, garantiu que o seguro cobre a área do parque mas até serem apuradas as causas do incêndio, as seguradoras dizem que vão aguardar. E a seguradora CA, da Caixa Agrícola, chegou a admitir ontem ao “Expresso” que o seguro de responsabilidade civil contratualizado pela organização do Andanças “pode ou não ser suficiente para cobrir os danos”. Embora não tenha revelado o valor da apólice em causa, fonte da empresa referiu ainda que “o melhor será esperar sem criar alarmismos”. Mais tarde, afirmaram que iam “cumprir com as responsabilidades”.
Seguros pessoais A Associação Portuguesa de Seguradores (APS)  e também a Deco aconselharam todas as pessoas que tenham um seguro de danos próprios que inclua incêndios que façam uso do mesmo. Já os restantes lesados, e caso o contrato entre a seguradora e a organização do festival inclua mesmo parque de estacionamento, também deverão poder contar com a situação resolvida. É uma questão de perceber, portanto, o que está contratualizado.  
De qualquer dos modos, este poderá ser um processo longo. Ainda para mais se se apurar que a culpa do acidente partiu de uma pessoa ou entidade e, nesse caso, já falamos de seguros de responsabilidade. Portanto, é imperativo que cheguem os resultados conclusivos da investigação em curso a cargo da Polícia Judiciária e da GNR para que haja decisões. As primeiras indicações sugerem, segundo a GNR, que não se tratou de fogo posto. 
O primeiro veículo já foi identificado e a causa provável avançada pelas autoridades recai num problema elétrico nesse mesmo veículo. 
Organização agradece Em comunicado, a associação PédeXumbo lamentou ontem a ocorrência e os danos psicológicos e materiais resultantes, bem como todos os transtornos ainda existentes que afetaram, direta ou indiretamente, todos os participantes e a própria organização”. Mas também agradeceu aos festivaleiros a “forma cívica e consciente como as pessoas se comportaram e colaboraram no processo de evacuação”. 
Para além dos participantes, a associação também as congratulou as autoridades pelo “o esforço e a capacidade de articulação e resposta em uníssono” e ainda a população local. 
“Expressamos também o nosso agradecimento pelo apoio e solidariedade prontamente manifestada por outros parceiros, entidades, fornecedores e população local”, escreveu a direção.  
O Andanças decorre, como previsto, até domingo. Facto que PédeXumbo também reconhece ser possível “pela compreensão e colaboração conjunta de todos os artistas, voluntários e participantes que estão a permitir a continuação do festival”.
Afinal, já diz o ditado: do mal, o menos. Foram só carros. 

quarta-feira, agosto 03, 2016

Últimos palavrões da Língua Portuguesa


Nosso comentário:

Não resisto em partilhar esta preciosidade que me foi enviada via correio eletrónico.
Efetivamente o saber não ocupa lugar e sobre a elasticidade e versatilidade da Língua Portuguesa não restam dúvidas.
Dos Açores à Madeira, do Minho ao Algarve, de Maputo a Dili, de Luanda à Cidade da Praia, e por aí fora, não param de surgir vocábulos novos que tanto enriquecem a nossa língua comum. Enriquecem-na tanto, atrevo-me a dizer, que qualquer dia não há falante de português que entenda outro falante de português.
Creio que isto não é nada bom para uma das línguas mais faladas no mundo inteiro...
Mas prontos!
Dito isto à laia de introito, e sabendo nós quão difíceis vão os tempos para a ortografia da Língua Portuguesa, partilho abaixo uns "palavrões" muito gozados e que espelham bem estes tempos de confusão linguística (e não só) que se vivem.
Oxalá gostem e, como o tempo para muitos é de férias, não tenho dúvidas que os ditos "palavrões" irão no mínimo esboçar um sorriso junto dos leitores.
O que já não é mau!

PS. Deixo abaixo os "palavrões"

Fiquem bem,

António Esperança Pereira




Última atualização do dicionário de língua portuguesa - novas entradas:

Testículo
: Texto pequeno
Abismado: Sujeito que caiu de um abismo
Pressupor: Colocar preço em alguma coisa
Biscoito: Fazer sexo duas vezes
Coitado: Pessoa vítima de coito
Padrão: Padre muito alto
Estouro: Boi que sofreu operação de mudança de sexo
Democracia: Sistema de governo do inferno
Barracão: Proíbe a entrada de caninos
Homossexual: Sabão em pó para lavar as partes íntimas
Ministério: Aparelho de som de dimensões muito reduzidas
Detergente: Ato de prender seres humanos
Eficiência: Estudo das propriedades da letra F
Conversão: Conversa prolongada
Halogéneo: Forma de cumprimentar pessoas muito inteligentes
Expedidor: Mendigo que mudou de classe social
Luz solar: Sapato que emite luz por baixo
Cleptomaníaco: Mania por Eric Clapton
Tripulante: Especialista em salto triplo
Contribuir: Ir para algum lugar com vários índios
Aspirado: Carta de baralho completamente maluca
Assaltante: Um 'A' que salta
Determine: Prender a namorada do Mickey Mouse
Vidente: Aquilo que o dentista diz ao paciente
Barbicha: Bar frequentado por gays
Ortográfico: Horta feita com letras
Destilado: do lado contrário a esse
Pornográfico: O mesmo que colocar no desenho
Coordenada: Que não tem cor
Presidiário: Aquele que é preso diariamente
Ratificar: Tornar-se um rato
Violentamente: Viu com lentidão

terça-feira, agosto 02, 2016

Ponte Salazar-documentário de 1966


Nosso comentário:

Um documentário que não conhecia sobre uma das grandes obras de engenharia implementadas em Portugal.
Trata-se da Ponte sobre o rio Tejo, ex-Ponte Salazar, hoje Ponte 25 de Abril.
Agradeço a amabilidade de quem fez chegar até mim este documentário acompanhado de texto.
Goste-se ou não dos figurantes políticos daquele tempo, o que está em causa é o valor da obra não o dos políticos de então.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


A Ponte  sobre o rio Tejo em Lisboa  - 1966

Filme documentário, realizado por Leitão de Barros, sobre a construção da ponte sobre o Tejo em Lisboa e sua inauguração a 6 de Agosto de 1966.
Para a ponte suspensa, toda a monumental fabricação metálica de 22.000 toneladas das peças de aço, destinado à viga de rigidez e tabuleiro, foi executada em Portugal nas oficinas da SOREFAME. Bem assim como a grelha metálica rodoviária. Para além de outras estruturas referidas pelo narrador fabricadas nos estaleiros norte.
Tempos em que a mão-de-obra caseira tinha uma incorporação muito significativa nas grandes obras nacionais.
Reparem que muitos dos trabalhos se realizavam num plano a cerca de 70 metros acima do nível médio das águas do rio Tejo e, pelo que se vê, infelizmente nenhum trabalhador utilizava qualquer sistema de proteção e segurança, contudo veja-se o à vontade com que alguns trabalhadores se deslocavam naquelas vigas como se de um simples corredor se tratasse, para não falar em registos arrepiantemente incríveis  quando estão a martelar em posições, de equilíbrio instável.
Este filme é um registo muito singular de uma obra que marcou o país naqueles anos.
É igualmente de registar o estado da margem sul, onde se veem apenas campos de cultivo, ainda longe de se adivinhar que um amontoado habitacional iria emergir.


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A Ponte Salazar sobre o rio Tejo em Lisboa - 1966

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Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...