Este mundo está louco.
Ainda me não tinha refeito do dia a dia de transmissões do Europeu de Futebol, e zás:
Televisões mudavam radicalmente de assunto.
Desta feita mais um ataque terrorista a Nice, cidade do sul de França.
Deixávamos os craques da bola, Ronaldo e companhia, para nos hipnotizarmos de novo com mais uma transmissão trágica: o atentado de Nice.
Trágico demais para ser verdade!
Os ciclistas que participam na Volta a França (Tour de France) lá continuam etapa a etapa prosseguindo os seus objetivos desportivos intentando assim lutar pelo ganha pão no dia a dia extenuante dos caminhos de França.
Nós, cidadãos comuns, onde quer que nos encontremos, cá vamos vendo e ouvindo o que nos impingem, também atentos ao desenrolar obrigatório das nossas vidas, em que nem sempre fica fácil pagar contas, sofrer pressões, enfrentar desafios, dificuldades, e assim por diante.
União Europeia daqui União Europeia dali, mauzões de sobra, uns a ganhar tostões, outros milhões, as redes sociais o escape necessário para tantos explodirem a sua zanga perante tanta violência, tanta prepotência, tanta desigualdade, tanta desinformação oficial.
No meio disto tudo lá vinha mais um paliativo, um entretenimento para ocupar o lugar do Europeu de futebol, os Jogos Olímpicos. Para amenizar os queixumes das redes sociais.
Jogos Olímpicos a disputar no Brasil, onde ao que parece um golpe de Estado ou coisa parecida acabou por tomar um poder que era legítimo e democraticamente eleito.
Ironia do destino, hoje, neste preciso momento em que rabisco estas palavras soltas, passa já das 2.00 horas da manhã (TMG) em Lisboa e, nem a propósito, mais um golpe de Estado na Turquia, este bem longe dos jogos olímpicos do Brasil.
Televisões a transmitir em direto.
Vim ao blog dizer qualquer coisa.
Mas há tanta coisa para dizer, que às vezes apetece calar pois não há já espaço mental capaz de acompanhar tamanho desnorte, tamanho "nonsense" quanto ao que se passa num mundo estranho em que a razão vai acabando, em que nos vamos tornando espetadores de cadeira, de sofá, a ver tanta coisa construída, conquistada, desmoronar-se.
Empregados, desempregados, aposentados de aviário, sem rei nem roque, todos cúmplices de um mundo desnorteado.
Caros leitores, vou fazer horas até à próxima etapa da Volta à França, tentarei dormir um pouco e entre a realidade e o pesadelo irei espreitando mais um pouco do golpe militar na Turquia.
Um mundo louco!!!
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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