Nosso comentário:
Destaco hoje uma notícia que, assim à primeira vista, parece corriqueira mas não é.
Vivemos num mundo em que todos se dizem muito democratas, mas por exemplo, se ganha um partido diferente do comum, lá se vai o verniz e, por muito democrata que o cidadão se diga, na verdade aponta logo o dedo ao intruso partido ganhador. Dir-se-ia que o conceito democrático assimilado, neste caso o conceito político, é muito curto.
Em outros campos passa-se exactamente o mesmo. Tudo o que seja novo, que traga alguma diferença, acarreta quase sempre um apontar de dedo, uma condenação "a priori", "muito embora nos digamos muito tolerantes e abertos".
Tolerantes e abertos o tanas!
No fundo no fundo só toleramos o que temos programado na mente que permite um espaço de tolerância. E tem que se dizer que esse espaço mental de tolerância continua a ser muito pouco. Daí a rotina das orientações políticas, daí a rotina das relações sociais, daí a rotina das xenofobias que, infelizmente, são tantas que não têm conto.
Escrevo isto sem grandes delongas, apenas para reflexão, tendo como pano de fundo a ligação de Iva com Ângelo (duas figuras públicas de Portugal)
Afinal de contas, uma ligação como outra qualquer de duas pessoas que gostam uma da outra, que nada teria de especial, se não fosse a diferença de idades entre ambos.
Ela, Iva Domingues, tem mais 11 anos que ele, Ângelo Rodrigues, o que perturba logo o bom funcionamento dos usos e costumes.
Enfim...
Fiquem bem
Apresentadora foi vítima de preconceito por namorar com homem mais novo Apresentadora foi vítima de preconceito por namorar com homem mais novo.
A apresentadora refere mesmo alguns dos insultos de que foi alvo: "Não tens vergonha?", "Olha a mãezinha dele!", "Coitada, vais levar com um grande par de cornos" e "Andas a desmamar meninos". Durante muito tempo, Iva Domingues diz que teve de engolir e digerir "pérolas" destas, em mensagens no seu Facebook, quando começou a namorar com Ângelo Rodrigues.
"Muitos dos que, levianamente, dizem ‘Je suis Charlie’, são os mesmos que se refugiam atrás de um computador e se transformam em gangsters das teclas", escreveu, num texto intitulado: "Não tenho vergonha. Sou Feliz".
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