domingo, agosto 31, 2014

"Já que estamos com a mão na massa"...ora leiam!


Nosso comentário:

Andamos todos um bocado à nora com a aplicação do NAO (Novo Acordo Ortográfico)
Eu, tal como o signatário do texto que divulgo, que recebi via e-mail, também sou pela mudança e uma língua pode e deve evoluir e adaptar-se às novas realidades. 
Todavia há alguma tibieza nestas mudanças e até falta de "timing" para implementá-las. Se se quer mesmo mudar, então porquê um órgão de comunicação utiliza o NAO (Novo Acordo Ortográfico)  e outro não? porque é que o WORD continua a dar erro quando a gente escreve correctamente segundo o NAO?
Bom havemos de nos habituar ao NAO, temo-nos habituado a coisas bem piores. Mas, tal como sugere o signatário do texto que divulgo, poderia mexer-se muito mais na língua portuguesa e acabar de vez com muita coisa ambígua e escusada, "já que estamos com a mão na massa."

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


ACORDO ORTOGRÁFICO - JOSÉ MANUEL FERNANDES

Eu até aceito a mudança  ….mas …
 
Não deixem de ler este fabuloso texto sobre o Acordo Ortográfico. De ir às lágrimas:


 Tem-se falado muito do Acordo Ortográfico e da necessidade de a língua evoluir no sentido da simplificação, eliminando letras desnecessárias e
acompanhando a forma como as pessoas realmente falam .
Sempre combati o dito Acordo mas, pensando bem, até começo a pensar que este peca por defeito. Acho que toda a escrita deveria ser repensada, tornando-a
mais moderna, mais simples, mais fácil de aprender pelos estrangeiros .
Comecemos pelas consoantes mudas: deviam ser todas eliminadas .
É um fato que não se pronunciam .
Se não se pronunciam, porque ão-de escrever-se ?
O que estão lá a fazer ?
Aliás, o qe estão lá a fazer ?
Defendo qe todas as letras qe não se pronunciam devem ser, pura e simplesmente, eliminadas da escrita já qe não existem na oralidade .
Outra complicação decorre da leitura igual qe se faz de letras diferentes e das leituras diferentes qe pode ter a mesma letra .
Porqe é qe "assunção" se escreve com "ç" "ascensão" se escreve com "s" ?
Seria muito mais fácil para as nossas crianças atribuír um som único a cada letra até porqe, quando aprendem o alfabeto, lhes atribuem um único nome.
Além disso, os teclados portugueses deixariam de ser diferentes se eliminássemos liminarmente o "ç" .
Por isso, proponho qe o próximo acordo ortográfico elimine o "ç" e o substitua por um simples "s" o qual passaria a ter um único som .
Como consequência, também os "ss" deixariam de ser nesesários já qe um "s" se pasará a ler sempre e apenas "s" .
Esta é uma enorme simplificasão com amplas consequências económicas,designadamente ao nível da redusão do número de carateres a uzar.
Claro, "uzar", é isso mesmo, se o "s" pasar a ter sempre o som de "s" o som "z" pasará a ser sempre reprezentado por um "z" .
Simples não é? se o som é "s", escreve-se sempre com s. Se o som é "z" escreve-se sempre com "z" .
Quanto ao "c" (que se diz "cê" mas qe, na maior parte dos casos, tem valor de "q") pode, com vantagem, ser substituído pelo "q". Sou patriota e defendo a língua portugueza, não qonqordo qom a introdusão de letras estrangeiras.
Nada de "k" .Ponha um q.
Não pensem qe me esqesi do som "ch" .
O som "ch" será reprezentado pela letra "x".
Alguém dix "csix" para dezinar o "x"? Ninguém, pois não ?
O "x" xama-se "xis".
Poix é iso mexmo qe fiqa .
Qomo podem ver, já eliminámox o "c", o "h", o "p" e o "u" inúteix, a tripla leitura da letra "s" e também a tripla leitura da letra "x" .
Reparem qomo, gradualmente, a exqrita se torna menox eqívoca, maix fluida, maix qursiva, maix expontânea, maix simplex .
Não, não leiam "simpléqs", leiam simplex .
O som "qs" pasa a ser exqrito "qs" u qe é muito maix qonforme à leitura natural .
No entanto, ax mudansax na ortografia podem ainda ir maix longe, melhorar qonsideravelmente .
Vejamox o qaso do som "j" .
Umax vezex excrevemox exte som qom "j" outrax vezex qom "g"- ixtu é lójiqu?
Para qê qomplicar ? ! ?
Se uzarmox sempre o "j" para o som "j" não presizamox do "u" a segir à letra "g" poix exta terá, sempre, o som "g" e nunqa o som "j" .
Serto ?
Maix uma letra mud a qe eliminamox .
É impresionante a quantidade de ambivalênsiax e de letras inuteix qe a língua portugesa tem !
Uma língua qe tem pretensõex a ser a qinta língua maix falada do planeta, qomo pode impôr-se qom tantax qompliqasõex ?
Qomo pode expalhar-se pelo mundo, qomo póde tornar-se realmente impurtante se não aqompanha a evolusão natural da oralidade ?
Outro problema é o dox asentox.
Ox asentox só qompliqam !
Se qada vogal tiver sempre o mexmo som, ox asentox tornam-se dexnesesáriox .
A qextão a qoloqar é: á alternativa ?
Se não ouver alternativa, pasiênsia.
É o qazo da letra "a" .
Umax vezex lê-se "á", aberto, outrax vezex lê-se "â", fexado .
Nada a fazer.
Max, em outrox qazos, á alternativax .
Vejamox o "o": umax vezex lê-se "ó", outrax lê-se "u" e outrax, lê-se "ô" .
Seria tão maix fásil se aqabásemox qom isso !
qe é qe temux o "u" ?
Se u som "u" pasar a ser sempre reprezentado pela letra "u" fiqa tudo tão maix fásil !
Pur seu lado, u "o" pasa a suar sempre "ó", tornandu até dexnesesáriu u asentu.
Já nu qazu da letra "e", também pudemux fazer alguma qoiza : quandu soa "é", abertu, pudemux usar u "e" .
U mexmu para u som "ê" .
Max quandu u "e" se lê "i", deverá ser subxtituídu pelu "i" .
I naqelex qazux em qe u "e" se lê "â" deve ser subxtituidu pelu "a" .
Sempre. Simplex i sem qompliqasõex .
Pudemux ainda melhurar maix alguma qoiza: eliminamux u "til"
subxtituindu, nus ditongux, "ão" pur "aum", "ães" - ou melhor "ãix" - pur
"ainx" i "õix" pur "oinx" .
Ixtu até satixfax aqeles xatux purixtax da língua qe goxtaum tantu de
arqaíxmux.
Pensu qe ainda puderiamux prupor maix algumax melhuriax max parese-me qe exte breve ezersísiu já e sufisiente para todux perseberem qomu a
simplifiqasaum i a aprosimasaum da ortografia à oralidade so pode trazer vantajainx qompetitivax para a língua purtugeza i para a sua aixpansaum nu
mundu .
Será qe algum dia xegaremux a exta perfaisaum ?...

sexta-feira, agosto 29, 2014

Lehman Brothers ou um bom vinho?



Nosso comentário:

Partilho hoje um e-mail que me foi enviado com muita piada e algum realismo face à débil situação das economias e à fragilidade, para não chamar outros nomes, da Finança e seus derivados.
Pode considerar-se que, de uma maneira simples se chama a atenção daqueles que embarcam com a maior das facilidade nos ganhos fáceis e chorudos.
Por vezes podem enganar-se nos ganhos, nem serem fáceis nem chorudos e, assim sendo, mais vale fazer o que o texto aconselha...
Digo eu!!!

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Saber viver e saber investir...

O Nobel da Economia Prof. Dr. Wass Catar, explica como se deve pensar
na economia actual.

∙ Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções do
Royal Bank of Scotland, um dos maiores bancos do Reino Unido, teriam
hoje 29 euros!
∙ Se em Janeiro de 2010 tivessem investido 1.000 euros em acções da
Lehman Brothers teriam hoje 0 euros !!!
∙ Mas se em Janeiro de 2010 tivessem gasto 1.000 euros em bom vinho
tinto (e não em acções) e tivessem já bebido tudo, teriam em garrafas
vazias 46 euros.


Conclusão: No cenário económico actual é preferível esperar sentado e
ir bebendo um bom vinho.
Não se esqueçam que quem sabe beber vive :
-Menos triste
- Menos tenso
- Mais contente com a vida.


Pensem nisto e invistam na alegria de viver.

terça-feira, agosto 26, 2014

Em Lisboa, Uma Ponte e um Minipreço


Mais um passeio citadino de bicicleta em Lisboa. 
Venho fazendo estes passeios em boa companhia, um amigo de longa data, sendo o meio de transporte utilizado, a bicicleta, de que sempre, desde que me conheço,  fui fã incondicional.
Venho publicando na rede social Facebook uma ou outra foto destes passeios que se iniciaram recentemente, nada mais.
A partir de hoje pretendo dar uma maior visibilidade aos ditos passeios, levando-os não só às redes sociais mas também inserindo-os aqui no meu blog.
Tentarei trazer e comunicar sempre uma parte útil, além da agradável (desporto) divulgando factos, sítios, peripécias, etc. que possam surgir nestas andanças.
Hoje será o primeiro dos "escritos" que espero suscite o interesse de todos.
Aí vai:
O percurso foi breve, sobretudo motivado pelo tempo limitado de que dispúnhamos para o efeito.
A saída, como quase sempre até agora, foi feita a partir da freguesia do Lumiar, mais propriamente Telheiras , onde moram os "ciclistas".
Já montados nas bicicletas tomámos a ciclovia direitos ao Campo Grande. Estava calor, e para trás deixávamos o nosso bairro, ladeando logo a seguir e a descer, o estádio do Sporting Clube de Portugal.
Curvando à direita no sentido de quem se dirige para o Saldanha percorremos a extensa zona verde que dá pelo nome de "Campo Grande" até Entrecampos.
Aí chegados, voltámos para trás pela mesma ciclovia, até mais ou menos a meio do parque e virámos à esquerda, no sentido da Cidade Universitária.
Sempre a subir, embora nada de especial, ladeávamos algumas das referências daquela zona, Reitoria, Torre do Tombo, instalações do Hipódromo (com o respectivo cheiro a cavalo) Parque desportivo, etc etc.
Foi então que numa zona em que tentávamos passar por cima da segunda circular, zona da cidade com intenso tráfego, demos com uma rede que barrava a passagem para uma ponte sobre a dita segunda circular.
Fotografámos o impedimento (na foto acima) tendo decidido com o gesto, deixar um recado à CML (Câmara Municipal de Lisboa) designadamente ao Senhor Vereador que trata destes assuntos. Isto porque a inauguração da dita passagem se arrasta no tempo, ao que parece sem se saber porquê. Se a CML ler isto, agradecíamos uma resposta ao porquê. As fotos ficam para que conste.
Tivemos de voltar para trás quase à zona da Escola Alemã para passarmos para o outro lado da segunda circular. Aí sim existe uma passagem aérea para o lado de lá, o bairro de Telheiras.
Decidimos fotografar a saída também bloqueada (foto abaixo) da passagem que aguarda  inauguração. 
Fica o recado.
Para concluir, um pequeno episódio que contarei em modo breve. É que, sem dizer quase nada, já vai longo o texto, especialmente para quem o lê.
Um senhor vindo de um carro que estacionara, fotografava eu "a passagem fechada para a outra margem", abeirou-se de nós e de outras pessoas presentes no local, tendo perguntado: "procuro o Minipreço daqui, sabem-me dizer aonde é? dizem que é por aqui. 
Bom dos presentes só um é que arriscou umas indicações: tipo...em frente, depois à esquerda, vira à direita, la ra la la e o bom do senhor com estas indicações lá foi à descoberta do Minipreço. Pois tal como ele e como não sabíamos também onde ficava o raio do Minipreço na zona próxima de onde morávamos, fomos também em busca do "mini mercado" em causa. Fomos de bicicleta claro e lá andava já o senhor do carro em busca do escondido Minipreço. Tão escondido, que só mesmo ao pé dele se vê que lá está. Demos com ele e transmitimos isso ao senhor que já debandava entristecido por ir sem a sua areia para gato anunciada ali em promoção, ao que nos disse.
Bom, assim terminou pouco depois o nosso passeio de bicicleta. 
Para além da parte agradável (Desporto) ficam uma ponte (passagem aérea) por inaugurar pela CML e um Minipreço escondido que fica na Rua Aristides de Sousa Mendes, em Telheiras, quase Carnide, informação que deixamos para quem possa interessar.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira









segunda-feira, agosto 25, 2014

Geografia da Mulher


Partilhas e Momentos (Poemas com mensagem)Nosso comentário:

Chegaram-me via e-mail estas considerações geográficas, muito "sui generis", que divulgo abaixo com muito prazer.
Têm a sua piada e, como é tempo de final de férias para muitos dos estimados leitores, sempre ajudam a largar um sorriso ainda que seja breve.
Oxalá gostem.
Pelo que a mim diz respeito, tenho a comunicar que nasceu mais um livro de poemas de minha autoria, com o título "Partilhas e Momentos" (Poemas com mensagem)
Quem tiver um minuto do seu precioso tempo pode espreitá-lo no link que aqui deixo:
http://www.bubok.pt/livros/8579/Partilhas-e-Momentos-Poemas-com-mensagem.
O aspecto da capa do livro (frente) é o que a foto que deixo aqui ao lado apresenta.
Mas, mais vale ver para crer...
Um Obrigado a todos.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



Geografia da Mulher


Entre os 18 e os 25 anos é como o Continente Africano: metade foi descoberta, a outra metade esconde a beleza selvagem e deltas férteis.
Entre os 26 e os 35 é como a América do Norte : moderna, desenvolvida, civilizada, aberta a negociações.
Entre os 36 e os 40 é como a Índia: muito quente e consciente da sua própria beleza.
Entre os 41 e os 50 é como a França: suavemente envelhecida mas ainda desejável de se visitar.
Entre os 51 e os 60 é como a Jugoslávia : empenha-se na reconstrução.
Entre os 61 e os 70 é como a Rússia: espaçosa, com fronteiras sem patrulha. 
A camada de neve, oculta grandes tesouros.
Entre os 71 e os 80 é como a Mongólia com um passado glorioso de conquistas, mas com poucas esperanças no futuro.
Depois dos 81 é como o Afeganistão: quase todos sabem onde está, mas ninguém quer lá ir...

Geografia do Homem


Entre os 15 anos e os 80, o homem é como Cuba: governado por um só membro...

quinta-feira, agosto 21, 2014

A Dívida e...Quo vadis Portugal?

Nosso comentário:

A DÍVIDA PÚBLICA PORTUGUESA está cada vez mais elevada... 
Para que conste, ela ronda oficialmente os 134% do PIB. 
De acordo com dados do boletim estatístico divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), a dívida pública na ótica de Maastricht (a que conta para Bruxelas) alcançou os 223.270 milhões de euros em Junho deste ano.
Para ilustrar um desempenho tão negativo desta governação apesar de tantos e tais cortes e sacrifícios impostos a Portugal e aos portugueses...
Achei por bem transcrever esta notícia veiculada pela LUSA. 
Sem mais palavras.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

António, pastor urbano junto à via rápida

Lusa
Na VL9, em Gaia, os carros correm apressadamente, ao mesmo tempo que, nos seus taludes, mais de uma dezena de ovelhas e cabras se demoram, por duas ou três horas, a pastar junto a António, o pastor urbano.
António, pastor urbano junto à via rápidaAntónio Sousa tem 63 anos, 10 ovelhas e três cabras que diariamente leva a pastar junto da VL9, mesmo ao lado da estrada para onde, garante, "nunca nenhuma fugiu" e de onde os condutores, curiosos, olham e apitam.
António é de Carlão, freguesia de Alijó no distrito de Vila Real, terra que o viu, aos seis anos, subir ao monte descalço com o pai que lhe ensinou a arte de pastorear. Lá foi pastor até aos 21 anos, idade com que teve de "ir para a tropa", a que se seguiram sete meses em Angola, na guerra do Ultramar.
Voltou a Portugal e em 1974 foi trabalhar para o Hospital de Vila Nova de Gaia, onde durante 32 anos fez "serviços gerais" e até colaborou nas "urgências" depois de "tirar um curso".
Há oito anos reformou-se e foi nessa altura que, para se "entreter", voltou a comprar ovelhas e a subir ao monte, também perto do rio Douro, mas agora mais a ocidente, em Gaia.
Hoje tem 13 animais que leva a pastar todos os dias para uma das novas vias de ligação de Gaia ao Porto, com automóveis a passar a grande velocidade nas retas da Avenida D. João II, e, conta, é o único a fazê-lo.
Trocou as serras de Alijó pelos montes criados pelo homem na freguesia de Oliveira do Douro, em Gaia, declives gerados pelas escavadoras que ali rasgaram uma estrada, ladeada de erva verde e "tenrinha" para as novas ovelhas e cabras.
António pastoreia "em vez de estar no café o dia todo ou em casa a dormir" - ir para um centro de dia "nem pensar" - e, garante, "não dá lucro nenhum", embora "outro dia" tenha vendido um carneiro por 100 euros.
Todos os dias levanta-se pelas 07:00, vai trabalhar até à "hortinha" que também tem e, depois do almoço, pelas 14:00, chega a vez das ovelhas e cabras que o aguardam e seguem durante "duas a três horas", monte acima, por vezes até à Serra do Pilar.
Se se afastam mais um pouco do seu olhar, logo puxa do pão que traz num saco às costas e chama a "Pequenina", a ovelha que "quando vem, vêm logo todas atrás", desde a mais velha de quatro anos, à mais nova que "nasceu em fevereiro".
Em oito anos, só uma vez chamaram a GNR para que ele retirasse as ovelhas de um terreno junto da Real Companhia Velha; dias mais tarde acabariam por lhe pedir "desculpa", recorda.
Também nos oito anos desde que voltou a ser pastor, o número máximo de ovelhas que teve foi 25. Morreram todas depois de beberem água "com químicos" que corria a céu aberto.
"É preciso ter amor", contou o único pastor urbano de Gaia.

segunda-feira, agosto 18, 2014

Do livro inédito de Jer e Mias


UM BOM AMIGO FEZ-ME CHEGAR ESTA POÉTICA PROSA…


MUITO FELIZ E CERTEIRA, EM TEMPOS DE BANCOS "BONS E "MAUS”

Do livro inédito de Jer e Mias:

Eu, activo tóxico de mim mesmo cuja parte boa  ninguém (eu incluído) descobre, em verdade vos digo, sob este tórrido-fingido agosto, em lamentação salmodiada de bíblia nenhuma, no mais triste país que sonhava ser alegre:



 Incapaz de criar ponderações na balança (seja política, comercial ou outra) Portugal exporta moedas sem valor facial e muito menos intrínseco.



Nós por cá, a quem nem uma trindade com mais de três divinas pessoas pode valer, ficamos cada vez mais rés-BES aquém de todas as metas.



Ao ver um ilusionista tirar coelhos da cartola onde eles nem sequer jamais estiveram, pergunto-me se não haverá por aí quem tire, com ou, de preferência sem ilusionismo, coelhos de S. Bento, onde nunca deveriam ter estado.

Boa semana
A.P.B.
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira


sexta-feira, agosto 15, 2014

Homenagem de um professor a Robin Williams...


Ser professor como John Keating
JOSÉ MANUEL PUREZA
por JOSÉ MANUEL PUREZA
(No "DN Opinião" de hoje)
Para mim, Robin Williams foi John Keating. Também foi Patch Adams, Parry, Adrian Cronauer ou Peter Pan. Mas, mais do que tudo, foi como Keating, professor de Literatura da Academia de Welton, mentor da criação do Clube dos Poetas Mortos pelos seus alunos, que Williams entrou na minha vida e não mais saiu. Devo a minha paixão de ser professor a uma pequena meia dúzia de testemunhos de vidas totalmente determinadas pela vocação de formar para um conhecimento que não se cansa de interrogar o mundo. E devo a Robin Williams que Keating faça parte dessa meia dúzia. Era uma personagem de ficção? Ficção é crer que professores condenados a ser burocratas podem algum dia ser fonte de paixão pelo conhecimento.
Um professor de Literatura que manda os alunos, na sua primeira aula, rasgar a página do manual oficial em que se define tecnicamente o que é a poesia, que faz do desafio de Horácio - carpe diem - uma lição de vida dos clássicos à adolescência de todos os tempos, que mostra aos seus estudantes, adolescentes talhados para uma existência funcional e acrítica, a morte profunda que há nela, que trivializa os cânones e sacraliza o pulsar dos dias, um professor assim é um provocador. Um professor que põe a aquisição da consciência de si de cada um dos seus alunos acima do cumprimento escrupuloso do programa será inapelavelmente punido por um sistema que é suposto produzir engenheiros, gestores ou médicos muito competentes mas não homens e mulheres críticos, sensíveis e com convicções.
Aprendi com John Keating que o primado da inquietação pessoal é o tesouro de cada jovem que a cada professor é confiado administrar. E com a sua inevitável expulsão da escola aprendi que a inquietação não é coisa boa para os sistemas educativos normalizadores que são os nossos. Aprendi com John Keating que as Humanidades são fonte de um conhecimento que interpela a vida toda a partir de um saber sábio e que nenhuma tecnocracia, por mais sofisticada tecnologicamente e por mais top-of-the-ranking que consiga ser, tem condições de assumir a educação como formação de cada um para o seu diálogo pessoal com os anseios profundos da sua condição humana. Aprendi com Keating que a transmissão de conhecimentos está longe de ser a mais decisiva das missões de quem educa e que os valores - e, por isso, o relacionamento, a insatisfação e a abertura - são pilares da vida a que toda a tarefa educativa tem que dar prioridade. Tudo isto aprendi com Keating. E toda esta aprendizagem devo, por isso, a Robin Williams.
Preocupam-me os erros ortográficos dos professores na prova de avaliação a que foram sujeitos. Preocupam-me muito mais os erros que sucessivos ministérios têm cometido na formação para a fidelidade à vocação para ser professor. E preocupa-me que o ministério nunca tenha sido sujeito a uma avaliação sobre o que faz e o que não faz para identificar expressões e estimular percursos de reforço dessa vocação.
Se John Keating fosse avaliado por um zeloso comité examinador da 5 de Outubro, certamente seria excluído do sistema por não cumprir os mínimos indicadores de responsabilidade docente. Os seus alunos não estariam, por certo, preparados para os exames que o ministério faz equivaler a rigor e seriedade do sistema. E as famílias, preocupadas com o êxito social dos seus rebentos, logo se encarregariam de processar o irresponsável professor. Anima-me a certeza de que só esses alunos impreparados se poriam de pé, em cima das carteiras, e saudariam o seu professor incumpridor com um "O captain, my captain!" feito de cultura e insubmissão. É essa certeza que dá razão à minha paixão por ser professor.


Fiquem bem,

António Esperança Pereira


quarta-feira, agosto 13, 2014

Chapéus há muitos seu palerma!


Nosso comentário:

Mais um apontamento de cultura geral, cujo texto me foi amavelmente cedido via e-mail, por um contacto.
Os agradecimentos meus e do blogue para quem envia o seu contributo desta forma. Sentimos por tal facto uma gratidão sem limites.
Já agora, um obrigado também para os que contribuem para a principal razão de ser deste blogue: os leitores em geral.
Para eles, os que brindam o blogue www.minhapoesia.net com a sua presença, estejam onde estiverem, formulo votos para que continuem a seguir-nos, a participar e, porque não, a opinar sobre o que aqui se escreve e também o que se não escreve.
Fica o texto para os que não conheçam o seu conteúdo.

PS. O título colocado por mim "chapéus há muitos seu palerma", foi inspirado no texto enviado, relembrando assim uma das figuras de proa do panorama artístico português: Vasco Santana.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira



OS CHAPÉUS PANAMÁ


O chapéu Panamá, apesar do nome, é fabricado no Equador. 
Tem uma cor clara e tamanhos variados. É feito com as folhas das palmeiras depois de bem secas. Foi-lhe dado este nome porque o presidente Roosevelt usou um durante uma visita ao Panamá em 1906. 
Assim ficaram na moda...
Ainda hoje é usado no Verão tanto por homens como por mulheres. Muitas personalidades aderiram à moda do chapéu Panamá: Churchill, Getúlio Vargas, Tom Jobim, Clark Gable... Michael Jackson.
Fazendo uma breve retrospectiva histórica para melhor se entender o aparecimento destes interessantes chapéus...
Foi quando os exploradores espanhóis chegaram no século XVII à região do Equador, que repararam que os índios nativos traziam interessantes chapéus feitos de folhas de palmeiras secas.
Em 1836 , o Equador tornou-se independente de Espanha. 
Um espanhol de nome Manuel Alfaro, plantou várias palmeiras. Mais tarde essas palmeiras dão origem a plantações onde vários artesãos vão trabalhar na confecção manual de muitos chapéus. Esses chapéus irão ter como maior mercado o PANAMÁ.
Assim passaram a ser vendidos com o nome do País que os vendia Panamá, e não com o nome do país que tão habilmente os fazia: o Equador...
As exportações rapidamente se espalharam por todo o Mundo.


segunda-feira, agosto 11, 2014

Portugal sem soluções dentro da UE?


Há menos meio milhão de jovens em Portugal do que havia em 2001


Lisboa, 11 Agosto (Lusa) – O número de jovens em Portugal diminuiu cerca de meio milhão na última década, havendo municípios que perderam quase metade da sua população entre os 15 e 29 anos, revela o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os indicadores do INE que traçam o perfil dos jovens em Portugal demonstram que em 302 dos 308 municípios houve uma diminuição de jovens, entre 2001 e 2011.
Apenas seis municípios registaram um aumento: Santa Cruz, na Região Autónoma da Madeira, com um crescimento de 13,9%, Montijo, Albufeira, Mafra, Ribeira Grande e Lagos (aumentos entre os 6,5% e os 2,4%).
Em algumas regiões, em especial no interior e no sul do país, o número de jovens desceu quase para metade (menos 46%).


E lembro-me da canção “Ei-los que partem”, de Manuel Freire:

emigrar_1

Ei-los que partem
novos e velhos
buscando a sorte
noutras paragens
noutras aragens
entre outros povos
ei-los que partem
velhos e novos

Ei-los que partem
de olhos molhados
coração triste
e a saca às costas
esperança em riste
sonhos dourados
ei-los que partem
de olhos molhados

Virão um dia
ricos ou não
contando histórias
de lá de longe
onde o suor
se fez em pão
virão um dia
ou não


Fiquem bem,

António Esperança Pereira


sábado, agosto 09, 2014

No final quem ganham são os alemães...


Nosso comentário:

Via e-mail recebi este excerto de um artigo do Miguel de Sousa Tavares, escritor português, jurista, também comentador e crítico, entre outras coisas.
Goste-se ou não se goste, Miguel de Sousa Tavares é daquelas personalidades que fala com a boca aberta. Quero eu dizer que quando diz qualquer coisa, ouve-se mesmo.
Normalmente muito polémico no que afirma, há por isso quem goste e quem não goste.
Neste excerto de artigo que hoje divulgo, chegado até mim via e-mail, o tema central do autor é a Alemanha. 
Ora, quando se fala da Alemanha, por variadíssimos motivos que não vêm aqui para o caso, ficamos logo de olho e ouvido atento.
É o caso do texto abaixo que, sem concordar no que nele é dito, nem deixar de concordar, divulgo-o exactamente para fomentar o espírito crítico e polémico do que nele é afirmado.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


Excerto do artigo do Miguel Sousa Tavares...


Não é só no futebol que no fim ganham os alemães. É no futebol, no atletismo, no automobilismo, no andebol, na equitação, no ski. É no desporto, na música, na literatura, na arquitectura, na construção de carros, de electrodomésticos, de máquinas industriais, etc, etc. Podemos gostar ou não, podemos até desdenhar, mas a verdade é esta: no fim, ganham os alemães. E ganham, porquê? Porque trabalham mais, porque se focam nos objectivos, porque valorizam os resultados. Se alguém quiser entender por que razão a Alemanha está farta dos países do sul da Europa, ponha-se na pele de um alemão. E compare a selecção alemã, campeã do mundo, com, por exemplo, a portuguesa. A selecção alemã que foi ao Brasil não tinha vedetas nem pequenas, nem médias, nem grandes. Não se davam ares de vedetas, nem fora nem dentro do campo. Umas vezes, esmagaram e fascinaram com o seu futebol de carrossel demolidor, outras vezes — como na final — correram, lutaram, sofreram, sangraram e, no fim, ganharam. Nenhum jogador quis dar nas vistas por outra razão que não fosse jogar futebol. Ali não havia ninguém com tatuagens, com penteados ridículos, com figurinos tipo Raul Meireles, com brincos nas orelhas, com pose de deuses inacessíveis de auscultadores enfiados nos ouvidos, fingindo-se alheios a tudo o que os rodeava, como se fossem superiores à gente comum. Não, os alemães passaram pelo Brasil confraternizando, querendo ver e saber, curiosos e contentes por ali estarem — tão diferentes dos nossos heróis do mar, fechados para o mundo em hotéis-fortaleza, onde só entravam cabeleireiros, tatuadores e agentes. Os alemães não passaram as conferências de imprensa a debitar lugares comuns e frases feitas sem conteúdo, próprias de quem jamais foi visto com um livro, uma revista ou um jornal na mão e passa os tempos livres a debitar selfies e banalidades nas redes sociais, imaginando-se o contra do mundo. Os alemães mandaram ao Brasil uma verdadeira embaixada, para servir o futebol e honrar o seu país, enquanto nós mandámos um grupo de homens mimados e convencidos, comandados por dirigentes que não lhes souberam exigir que estivessem, em todos os aspectos, à altura da responsabilidade. Mas, como em tudo o resto que fazem, os alemães também mandaram um grupo de jogadores que se portaram como verdadeiros profissionais, que trabalharam e treinaram no duro, enquanto que nós mandámos uma excursão de rapazes que se convenceram que os penteados e as tatuagens, por si só, conseguem ganhar jogos ou então ficar na fotografia que parece bastar-lhes. Não é por acaso que o campeonato alemão tem estádios cheios e que o público dá por bem empregue o seu tempo e o seu dinheiro, enquanto que o principal do nosso campeonato é jogado em estádios vazios e vivido sobretudo nos programas televisivos dos dias seguintes, a discutir se foi bola na mão ou mão na bola ou se a entrada de uma equipa em campo 2 minutos e 45 segundos depois da hora marcada condicionou ou não decisivamente o resultado de outro jogo. Nós discutimos, eles jogam. Nós tatuamos, eles treinam. Nós penteamos, eles correm. Nós somos recebidos e pré-condecorados pelo Presidente antes de começar, eles são apoiados na bancada pela chanceler quando chegam à final. Nós somos heróis antes de partir, eles são vencedores depois de ganharem. Não é por acaso que, desde que me lembro e tanto quanto me lembro, só dois jogadores portugueses (Paulo Sousa e Petit) jogaram no campeonato alemão e só um jogador alemão jogou no campeonato português (Enke). Não perguntem o que é que os alemães têm. É toda uma sociedade fundada no trabalho, no mérito, na responsabilidade, nos resultados. Goste-se ou não, isto não tem nada a ver com o fado. É outra cultura, é outra coisa.>>

quarta-feira, agosto 06, 2014

Adolescência e o gosto pela leitura...


Nosso comentário:


Um texto resumido, uma pequena história de vida que recebi via e-mail, e que publico com imenso prazer aqui no blogue.

Um texto que vale sobretudo por nos relembrar que as pequenas ideias são muitas vezes as mais importantes a até determinantes nas nossas vidas.
Vale a pena ler este depoimento, até porque ideias destas como a descrita no texto, não se aplicam apenas e tão só ao mundo do ensino, mas sim ao todo universal de múltiplas tarefas, onde uma boa ideia pode mudar muita coisa.
Infelizmente, somos diariamente confrontados com pouca imaginação para o surgimento de boas ideias e, consequentemente, predomina a ausência de boas práticas que elas, a existirem, provocariam nas vidas.de todos nós.

Fiquem bem,

António Esperança Pereira


E...façam o favor de ler.

"O gosto pela leitura de bons livros na adolescência"


Todos nós que andámos no Liceu na década de 60 certamente que ficámos na memória com três tipologias diferentes de professores.
No que toca à minha experiência de aluna de um Liceu de Lisboa, o "Rainha D. Amélia” na Rua da Junqueira, relembro que esse mesmo estabelecimento de ensino era nem mais nem menos um Palácio, já um tanto envelhecido, mas mantendo contudo em bom estado, uma bonita escadaria principal por onde só circulavam os professores.
Regressando ao tema "tipologias de professores" vou dar a minha opinião baseada no que vivenciei enquanto aluna do então 6.º Ano de Histórico-Filosóficas.
Ora bem, havia aquelas professoras muito distantes e que lá do alto do seu estrado davam a sua aula de uma forma tão formal e séria que não dava para ter qualquer tipo de à vontade para lhes ser colocada uma simples pergunta. Isto acontecia por exemplo nas aulas de Latim e Grego...
Depois havia aquelas professoras que mais descontraidamente procuravam motivar as alunas, era o caso das aulas de Psicologia/Filosofia. E finalmente aquelas outras professoras que de certa forma inovavam, modernizavam a forma de chegar às alunas. Retenho um exemplo concreto desta tipologia de inovação na figura da professora de Literatura.
A professora chamava-se Manuela Palma Carlos e teve uma ideia muito interessante para aumentar e incentivar o gosto pela leitura de Bons Livros. Assim, anotou a data de aniversário de todas as alunas. Depois o processo era fácil. Todas contribuíam com uma pequena verba para a compra de um livro que seria a prenda de anos que , professora e alunas, ofereciam à aniversariante.

A mim coube-me um livro da Agustina Bessa Luís. Fiquei muito contente e jamais esqueci essas aulas. Recordo ainda hoje tal ideia, apenas um exemplo, de como um pequeno gesto numa sala de aula, pode tornar-se um grande gesto pelo incentivo que representa, no caso vertente, à prática saudável da Leitura...

segunda-feira, agosto 04, 2014

"Pipa de massa" e o país dos Bancos Maus!


Sem comentários:

Crise no BES faz nascer um 'banco mau' e outro 'bom'. E agora?

O BES, tal como era conhecido, acabou este fim-de-semana com o Banco de Portugal a criar o Novo Banco, que fica com os ativos bons e recebe 4.900 milhões de euros, e a colocar os tóxicos num 'bad bank'.

Economia
Crise no BES faz nascer um 'banco mau' e outro 'bom'. E agora?

As irregularidades financeiras conhecidas no Grupo Espírito Santo e no BES e os prejuízos de quase 3,6 mil milhões de euros apresentados pelo banco no primeiro semestre, já com o líder histórico Ricardo Salgado afastado da sua liderança, levaram o Governo e o Banco de Portugal a definirem este fim-de-semana um plano para a instituição.

Comissão Europeia A 'pipa de massa' gasta por Barroso em viagens

Entre 2012 e 2013, Durão Barroso gastou em viagens, enquanto presidente da Comissão Europeia, nada mais, nada menos do que 900 mil euros, segundo o site EU Observer. Este valor é três vezes superior ao da segunda pessoa da lista, a comissária para a Política Externa, Catherine Ashton.

                   Política
A 'pipa de massa' gasta por Barroso em viagens

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...