terça-feira, fevereiro 15, 2011

PEDRO ÁLVARES CABRAL: HOMENAGEM


Destaco hoje a notícia da homenagem feita a Pedro Álvares Cabral.
Primeiro, pelo grande português que foi, é e será;
Segundo, pela descoberta desse enorme Brasil tão longínquo na altura, hoje cada vez mais perto;
Terceiro, pelo contributo decisivo que teve na afirmação de Portugal no mundo através da sua maior riqueza: a Língua Portuguesa.

Numa altura de implementação do NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO à Língua Portuguesa, a cuja aplicação me tenho mantido reservado, afirmo hoje solenemente que não será por força de uma qualquer revisão ortográfica que a pujança do PORTUGUÊS deixará de se afirmar como uma língua cada vez mais moderna, mais atractiva, mais universal.

Prometo em próximos capítulos começar a encetar meus primeiros passos no PORTUGUÊS PÓS ACORDO. Para já não o faço por temer o erro, que me faz lembrar antigos castigos relacionados com palmatorias...
também o sublinhado a encarnado que tão burros fazia parecer os meninos de sua mãe.


A Notícia

Santarém, 14 fev (Lusa) - A ministra da Cultura homenageou hoje, em Santarém, o navegador Pedro Álvares Cabral, frisando que "a afirmação do seu legado" passa pela promoção da língua portuguesa no mundo.

Nesta homenagem, que aconteceu 50 anos depois dos municípios de Santarém e de Belmonte terem decidido partilhar os restos mortais de Álvares Cabral, a ministra da Cultura afirmou que "a língua portuguesa, que Cabral levou para lá do Atlântico, é inquestionavelmente o nosso primeiro e mais valioso património".

"Temos de estimá-la, preservá-la, fomentar a sua prática e difusão, de forma transversal e permanentemente", apelou Gabriela Canavilhas, dando exemplos de ações concretas que estão a ser tomadas quer em Portugal quer no Brasil para a concretização deste objetivo.

O poema

do livro PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO?

PORTUGAL MUDADO

É sempre mau
há sempre quem se encolha
quando neste país o sonho tem dimensão grande

é coisa demais logo se diz
apequenamos
criticamos receamos amaldiçoamos

ficamos tolos
maldizentes
as coisas que dizemos
de quem ousa de quem quer

enfermamos de males de mesquinhez
quando o que se quer é avançar
sair da pequenez
a que o retardar de tantos anos
nos levou

estranho povo grande
que gosta de chorar gemer
desanimar
antes mesmo de tentar

e o tempo que se perde
com os que não querem avançar
que se assustam quando surge
uma avalanche força que não pára
que não dá para travar

é por entre olhares desconfiados
palavras duras de caciques
escaramuças acesas à mudança
que a obra enfim irrompe

ainda bem que o futuro mostra sempre
que o que deslumbra mesmo
é a obra grande
o valor que temos
a ousadia de que somos capazes

e quando a obra enfim se cumpre
é vê-la admirada pelo futuro e pelo mundo

cumpra-se pois um Portugal sem medo
e que os oceanos e as vidas que ceifaram
quando os transpusemos
os feitos que trouxeram
sejam exemplo
para outros feitos á nossa medida

GRANDES

calem-se de vez os velhos do Restelo
calem-se os cínicos os provincianos
para que Portugal se cumpra
de vez.


António Esperança Pereira, Bubok Editora

2 comentários:

  1. Noticia muito importante.
    Cada vez mais se "sente"a expansão da língua Lusa.
    Poema fantástico!
    Parabéns!

    ResponderEliminar
  2. belemrouge,
    obrigado pelo comentário. Só falta mesmo sermos mais assertivos no seu ensino e divulgação pelo mundo: pelo mundo que tem como língua oficial o português...e pelo outro: o mundo inteiro.
    Depois é uma língua bonita!
    eu perguntaria, quem de bom gosto não gostaria de saber falar português?
    Um abraço

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