sábado, dezembro 04, 2010

A seguir a Vladimir Putin vejo com agrado que o Papa Bento XVI também visitou o meu blogue. Ainda bem! a leitura do poema abaixo já deu frutos;)


No livro de entrevistas "Luz do Mundo", publicado no final de Novembro, Bento XVI tornou-se o primeiro papa a admitir a utilização do preservativo "em certos casos", "para reduzir os riscos de contaminação" do vírus da SIDA.

À questão "A Igreja Católica não é fundamentalmente contra a utilização de preservativos?", o líder da Igreja Católica responde: "Em alguns casos, quando a intenção é de reduzir o risco de contaminação, isso poderá ser um primeiro passo para preparar o caminho para uma sexualidade mais humana".

Segundo a ONUSIDA, estima-se que em Portugal existam 42 mil pessoas infectadas, estando mais de 22 mil em tratamento. A sida já fez pelo menos 25 milhões de mortes em todo o mundo.

Já é alguma coisa, digo eu, embora não seja suficiente para tirar actualidade e verdade ao poema que escrevi aquando da sua visita a Portugal ao santuário de Fátima e que intitulei de,

PAPA IMÓVEL

As pessoas querem respostas
as vilas as cidades
os países
inventários
breves entendíveis sérios
que respondam a necessidades

hoje fica estranho
com o saber que há
não fazer nada
ou fazer apenas
o que antes se ensinava
e se fazia

guardar no bolso
a possibilidade imensa
que se tem
fiel a preconceitos
ensinamentos de hierarquias
estáticas passadistas
fora de contexto

ao muito saber acumulado
há que somar
o saber acrescentado
há que agir
dar resposta adequada

se a terra gira
a gente tem que girar
com ela
deixar-se ir
no movimento

se tudo é um todo
é mais acertado evoluir
do que parar
ou pior que isso
regredir

instituições poderosas
de outra era
somem valores modernos
aos antigos
abram os olhos
olhem à volta em olhos
de hoje
que o que virem
quando os abrirem
pouco ou nada tem a ver
com o que pregam

por mais que valorize
meu primeiro rei
e sua espada
estou lúcido para entender
que sua grandeza agora
é história
que cada nova era exige
nova espada

se o grande rei
aparecesse aqui
de armadura e flecha
montado em alazão
enfrentando armas recentes
poderosas
inteligentes
armado em valentão

ficaria no mínimo
estranho caricato

como caricata fica
a postura
dogmática desadaptada
conservadora
da figura
do Papa.
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In "PORTUGAL PERIFÉRICO OU...O CENTRO DO MUNDO", António Esperança Pereira, Bubok editora http://lusito.bubok.pt
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Obrigado pela atenção.
Saudações afectuosas para todos, do

António E. Pereira

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